Após prisões, protesto segue em Wall Street

Mais Lidos

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

03 Outubro 2011

Apesar da prisão de mais de 700 pessoas no sábado, os manifestantes do movimento Ocupe Wall Street mantiveram ontem a ocupação do parque Zuccotti, perto de Wall Street, centro financeiro de Nova York.

O protesto contra o mercado americano já dura mais de duas semanas. Embora o nome do movimento faça menção a Wall Street, não há uma lista clara de demandas.

A reportagem é de Verena Fornetti e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 03-10-2011.

Ontem à noite, segundo a Polícia de Nova York, quase todas as pessoas presas no sábado já haviam sido soltas. As prisões ocorreram quando os manifestantes tentaram cruzar a ponte do Brooklyn.

De acordo com a polícia, só foram presas as pessoas que bloquearam a passagem de veículos pela ponte.

"Prender a gente foi a melhor coisa que a polícia poderia ter feito pelo movimento. Estamos na primeira página do "New York Times" e todo mundo está falando da gente", disse o manifestante Andrew, 26, que permaneceu oito horas detido.

Andrew afirmou que a ação dos policiais no sábado não foi violenta, mas outros líderes do Ocupe Wall Street disseram que policiais prepararam uma "armadilha", escoltando-os para o meio da rua, onde foram cercados, algemados e detidos.

"Nós aprendemos com a prisão dos colegas. Vamos nos organizar cada vez melhor. E o movimento vai ficar cada vez maior e mais pacífico", afirmou Edward, 25.

Depois da ação policial, aumentou o número de fotógrafos, cinegrafistas e repórteres no parque Zuccotti.

Havia também muitos curiosos que visitavam o lugar.

Turistas com pacotes de compras nas mãos paravam para escutar os gritos de guerra dos manifestantes e tirar foto ao lado das pessoas empunhando cartazes com palavras de ordem.

O policiamento também tinha sido reforçado, mas não havia enfrentamento nem tensão entre os oficiais e os
participantes do protesto.