Cerca de 400 mil pessoas de diferentes religiões participaram da
4ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa. A manifestação ocorreu na praia de Copacabana, zona sul da cidade, a partir das 13 horas, sob o lema “Caminhando a gente se entende”.
A reportagem é de
Antonio Carlos Ribeiro e publicada pela
Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC), 19-09-2011.
O ato plurireligioso contou com a participação de fieis das mais diversas religiões presentes na capital fluminense - umbandistas, candomblecistas, muçulmanos, católicos, judeus, protestantes, kardecistas, adeptos do Santo Daime e hare krishnas - vestidos com a indumentária dos cultos e acompanhados por quatro caminhões de som entre os caminhantes.
Algumas religiões estavam representadas por sacerdotes – padres, pastores, diáconos, sheikes, babalorixás, pais e mães de santo e outros sacerdotes e sacerdotisas – além de leigos e leigas atuantes em celebrações e outras atividades. A música “
Andá por fé”, do cantor e ex-ministro da cultura,
Gilberto Gil, foi entoada diversas vezes.
Além das faixas destacando a presença dos diversos grupos religiosos, algumas traziam frases como “Perfeição não é fazer tudo certo. É haver equilíbrio em tudo!”, “Apenas o exercício da fraternidade nos ajuda a construir um mundo melhor” e “Toda religião é boa. Quem faz diferença, somos nós!” O pastor presbiteriano
Marcos Amaral disse que se alguém sofrer discriminação de evangélicos deveria reagir: “Você não é um bom evangélico. Jesus não discriminou”!
O ato religioso começou com a lembrança, orações e cânticos por Baha’is presos no Irã. Uma representante dos servidores do Poder Judiciário insistiu no combate à intolerância que, segundo ela, é filha direta da ignorância.
Rodrigo Neves, Secretário de do Estado do Rio de Janeiro, lembrou o avanço da população insistindo na liberdade, inclusive para os não-religiosos.
A manifestação transcorreu sem acidentes e nem confrontos de qualquer natureza.
Rodrigo Neves, secretário estadual de Direitos Humanos, mostrou-se surpreso com a diversidade de representantes de religiões presentes ao evento. “O Rio tem que ser exemplo de respeito e um lugar em que se encontre uma sociedade mais justa e democrática”, disse ao elogiar a caminhada.
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Povo vai às ruas no Rio pedir liberdade religiosa - Instituto Humanitas Unisinos - IHU