O presidente da Comissão Episcopal Pastoral da Juventude, dom
Eduardo Pinheiro da Silva, acompanhou de perto o processo para que o Brasil pudesse sediar uma
Jornada Mundial da Juventude (JMJ). A boa notícia veio quando o Papa
Bento XVI anunciou, neste domingo (21), que a Jornada será em 2013 e no Rio de Janeiro.
A notícia e a entrevista é reproduzida pelo
Boletim da CNBB, 22-08-2011.
Dom Eduardo conversou com a equipe do
Jovens Conectados sobre o que a Igreja do Brasil espera da JMJ no Rio, sobre a participação da juventude e sobre os primeiro passos a serem dados na organização do evento. Muito feliz com a decisão da Santa Sé, ele conclama os jovens brasileiros a acolher esse momento como um presente de Deus, capaz de dar sentido à vida de cada um deles. Para o bispo, a Jornada vai animar ainda mais a juventude em seu espírito missionário.
Eis a entrevista.
Na condição de presidente da Comissão para a Juventude, da CNBB, como o senhor acolhe a escolha do Brasil para sediar a próxima edição da Jornada Mundial da Juventude?
Esse processo de escolha foi longo, suado. A decisão da Santa Sé traz uma alegria muito grade para nós. Há muito tempo sonhávamos com isso. O Brasil foi contemplado e acreditamos que esse , além de ser um momento de animação, quando então traz aos jovens a certeza de que existe um Deus e uma Igreja que os amam muito, é um momento promotor de vida, de espirito missionário para os jovens. Os jovens sairão muito mais animados em sua vocação de discípulos missionários nesse mundo, que ainda necessita muito de sua palavra, sua presença, sua ação, que é criativa, ousada, profética, revolucionária e faz acontecer o Reino de Deus.
O que a Igreja do Brasil precisa fazer para que a Jornada se torne realidade?
Precisamos definir as equipe responsáveis por essa
Jornada Mundial da Juventude. A JMJ é uma só, mas ela se compõe de momentos específicos. Precisamos organizar muitos detalhes para a peregrinação da Cruz e do Ícone de Nossa Senhora. Esse momento de quase dois anos acaba sendo um momento muito forte de evangelização nas dioceses. Ao passar a Cruz por esses lugares, Deus já está fazendo acontecer um momento novo na vida dos jovens daquele local. As equipes vão ter que proporcionar isso, como também pensar na Pré-Jornada que são aqueles dias anteriores ao evento em si.
As diversas comissões vão ter que ser estruturadas, integradas para que cada uma não se sinta a única ou principal, para que todo mundo conheça todo mundo. E acima de tudo, que esse momento seja vivido com um sentido de muita espiritualidade. Não estamos organizando um evento qualquer, estamos contribuindo com o processo de desenvolvimento do projeto de Jesus Cristo de construção do Reino aqui na nossa terra.
A comissão da Juventude conta com o apoio dos bispos para a realização da Jornada?
A Comissão para a Juventude, da CNBB, tem esse papel de fazer com que o processo de evangelização aconteça até a Jornada. A arquidiocese do Rio de janeiro fica com o trabalho especifico nos dias da Jornada . É claro que a Comissão para a Juventude conta com todos bispos, os bispos referenciais dos 17 Regionais da CNBB, com os padres e aquelas pessoas que os bispos colocaram como responsáveis do Setor Juventude de cada diocese. Contamos com os dirigentes das novas comunidades, as congregações religiosas, as Pastorais da Juventude, os movimentos.
É um evento que só vai acontecer bem se todo mundo pusera mão na massa. Cada um no seu estilo, no seu carisma, na sua pedagogia, na sua espiritualidade pode fazer acontecer essa Jornada.
Qual a sua mensagem para os jovens brasileiros diante desse novo acontecimento que é a Jornada Mundial da Juventude no Brasil?Querida juventude, acolha esse momento como um grande presente de Deus para dar sentido à sua vida, ao seu projeto pessoal de vida, a tal ponto que você não tenha mais dúvidas de que a vida só tem sentido quando entendida e vivida a partir da convivência com o Criador.
Queridos jovens, tenham certeza de que Jesus Cristo – centro do projeto de Deus – é aquele que se faz presente pelo Espírito Santo no cotidiano de nossa vida. Esse evento quer fazer com que você se sinta mais amigo de Jesus Cristo. “Chamo-vos amigos” (Jo 15, 15). Sinta essa amizade como algo de muito especial.
Querido jovem, sinta a certeza de que você é um dom para a sociedade. A sua profissão, seus dons, suas qualidades, sua maneira de ver e enxergar, sua voz profética, tudo isso se faz necessário para que o mundo novo aconteça. Você é um cidadão, só que um cidadão cristão, que carrega a cruz de Jesus Cristo, que carrega o evangelho para transformar essa sociedade que ainda não está em nada parecido com aquele projeto de Jesus Cristo. Você é o discípulo e a discípula de Jesus Cristo, você é o missionário e a missionária que a Igreja do Brasil espera cada vez mais seja para a mudança e para a vida plena de todos os jovens do nosso Brasil.
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JMJ no Brasil vai estimular espírito missionário do jovem, diz bispo - Instituto Humanitas Unisinos - IHU