Bispos enviarão perguntas a Roma sobre bispo destituído

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22 Agosto 2011

Na Austrália, 42 bispos estão divididos sobre um abaixo-assinado referente à sua visita quinquenal ao Vaticano em outubro.

A reportagem é de Barney Zwartz, publicada no sítio The Age, 22-08-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Os bispos católicos da Austrália responderam à fúria popular em torno da demissão, por parte do papa, do bispo de Toowoomba, Bill Morris, no início deste ano, ao concordar em enviar questões sobre o assunto ao Vaticano.

Mas os 42 bispos estão divididos sobre outro abaixo-assinado, que lhes pede para apresentar questões particulares ao papa quando fizerem a sua visita quinquenal ao Vaticano em outubro. O grupo Catholics for Renewal [Católicos para renovação] enviou sua carta a todas as 1.369 paróquias australianas, mas alguns bispos, incluindo o arcebispo de Camberra, Mark Coleridge, disse aos párocos que não distribuam a carta ou seus pedidos de assinaturas.

Uma declaração sobre Dom Morris, hospedada no site da Conferência dos Bispos da Austrália na semana passada, diz que os bispos receberam o abaixo-assinado dos católicos de Toowoomba, mas eles não têm jurisdição.

Para ajudar a lidar com as questões dos signatários, os bispos vão questionar o órgão doutrinário do Vaticano, a Congregação para a Doutrina da Fé, sobre a infalibilidade do ensinamento da Igreja em proibir a ordenação de mulheres. As preocupações sobre o processo pelo qual Dom Morris foi removido serão encaminhadas à Congregação para os Bispos.

O secretário-geral da Conferência dos Bispos, Brian Lucas, disse ao The Age que mais cartas do que as que poderiam ser respondidas foram enviadas à conferência, aos bispos individuais e ao embaixador papal na Austrália, e os bispos queriam que os signatários soubessem que as suas preocupações foram ouvidas.

A carta dos Catholics for Renewal também levanta questões sobre a ordenação feminina, sobre o processo pelo qual Dom Morris foi removido, além dos problemas percebidos em torno da responsabilização, transparência e a recente introdução de um novo missal em inglês compulsório.

Com mais de 3.500 assinaturas online até agora, a carta diz que a Igreja afastou muitos católicos e não inspira mais as comunidades.

"Nossa Igreja foi manchada pela injustiça e difamada por más decisões", diz a carta.

Ela afirma que a Igreja é muito centralizada, legalista e controladora, e geralmente mais preocupada com a sua imagem do que com o espírito de Cristo, e com poucas estruturas eficazes de escuta.