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14 Julho 2011

Um ano depois de ter assumido o cargo de delegado pontifício para a Legião de Cristo, o cardeal Velasio De Paolis (foto) fez um discurso para avaliar a situação atual da congregação religiosa. Ele criticou duramente os "dissidentes" que criam tensões e divisões na ordem.

A nota é de Marco Tosatti, publicada em seu blog no portal do jornal La Stampa, 12-07-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

O purpurado emitiu um "julgamento provisório" sobre o trabalho de reconstrução da ordem, em um discurso proferido no dia 3 de julho passado no Centro da Legião. Ele explicou que a ordem já realizou "um terço" da preparação necessária em vista do capítulo geral da Legião, que poderia ser realizada em 2013. Nessa ocasião, espera-se uma votação sobre as mudanças de grande porte e a revisão das Constituições da Legião.

"Embora seja verdade que em 2010 o instituto sofreu suas perdas mais graves, também é verdade que o êxodo foi contido, com relação aos padres". Observando o abandono da ordem por parte de seus membros mais jovens, o cardeal observou "a influência negativa exercida por alguns companheiros que, no início do processo de renovação, adotaram uma atitude absolutamente crítica com relação ao caminho de renovação".

"Desde o início, um grupo de membros se reuniu e foi descrito, não sei por quem, como os dissidentes. Na realidade, não é um grande grupo, já que são poucos os que o dirigem. Enfatizando uma contaminação estrutural da congregação, manifestaram uma falta de confiança radical na continuação e na renovação da congregação. E se tornaram antagônicos de todos os modos com relação aos seus superiores legítimos, vendo-se quase como os guardiães da ortodoxia do caminho que deve ser percorrido. Usam a internet amplamente, em uma rede que abrange cerca de 200 pessoas, incluindo legionários, ex-legionários e amigos dos legionários com os quais se veem normalmente".

Agem "como os repositórios de uma missão profética em que alguns pensam ter uma vocação particular para tomar o posto dos superiores, para se atribuir o papel de mestre de vida espiritual e de doutrina sólida. Exercem uma influência negativa sobre os membros mais jovens".

"Alguns dos líderes do grupo estão inseguros com relação à sua vocação e a compartilhar suas dúvidas com outros, por motivos nada bons. Por estarem presos ao dano que sofreram por parte da congregação, parece que gostam de olhar novamente para as feridas e reabri-las continuamente, em vez de olhar para o futuro com grande esperança e profundidade, trabalhando por uma verdadeira renovação e tomando o caminho real da conversão. Realmente, reconhecemos que somos pecadores. Mas se deter nisso é a morte!".

O cardeal e seus assessores têm trabalhado para resolver alguns problemas urgentes. Entre estes, ele citou "a definição da figura do fundador e dos seus escritos na vida da congregação; legislação e jurisdição interna e externa; a relação entre o superior, o diretor espiritual e o confessor, em particular no que se refere aos religiosos. E depois uma revisão do Regnum Christi, em particular do ramo dos consagrados e do ramo feminino, incluindo uma visita apostólica que foi concluída recentemente".