Na Somália está em curso "o maior desastre humanitário do mundo", afirmou o bispo Giorgio Bertin. Em declarações à Rádio Vaticana, o bispo em Djibouti alertou sobre a demora da chegada humanitária enquanto ao menos 400 mil somalienses estão amontoados no campo de refugiados de Dadaab no Kenia.

A reportagem é do sítio Religión Digital, 14-07-2011. A tradução é do Cepat. Crédito da foto: Religión Digital

De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), 10 milhões de pessoas na Somalia precisam urgentemente de ajuda. "Milhares de homens, mulheres e crianças estão clamando por ajuda aos países próximos em busca de água e comida, enquanto o mundo continua sem piedade com as especulações que fazem com que os preços dos alimentos aumentem", lamenta Bertin.

"Além da seca que castiga a Somalia, a situação fica ainda mais grave na medida em que já se vão vinte anos em que falta autoridade, falta um Estado, sobretudo na região centro-sul do país", disse. De acordo com o religioso, a falta de autoridade agravada com a seca que está golpeando também partes de países vizinhos, faz que com aconteçam disputas entre vários grupos.

Disse ainda que a chegada de ajuda fica difícil pela falta de segurança, apesar de que a organização islamita Al Shabab – que controla grande parte da região – tenha sinalizado que qualquer organização não governamental é bem vinda desde que respeita a cultura e a religião do lugar.