Lefebvrianos desafiam Roma e ordenam quatro novos sacerdotes

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03 Julho 2011


Bernard Fellay pressiona o Vaticano depois dos últimos encontros. A Santa Sé poderia conceder um ordinariato à Fraternidade de São Pio X.

A reportagem é da agência Efe, 03-07-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

A ultraconservadora Fraternidade de São Pio X realizou hoje a ordenação de quatro novos sacerdotes na localidade alemã de Zaitzkofen, no sul do país, apesar das críticas do Vaticano, que as considera uma violação do Direito Canônico.

O bispo Bernard Fellay, líder da irmandade fundada pelo polêmico monsenhor Marcel Lefebvre, foi o encarregado de dirigir a cerimônia na pequena localidade alemã perto de Regensburg, onde o Papa Bento XVI iniciou a sua carreira religiosa.

Um porta-voz da irmandade comunicou que cerca de mil fiéis participaram da cerimônia da ordenação dos sacerdotes procedentes da Polônia, Bélgica, Suíça e Áustria, e de idades entre os 25 e 26 anos.

Embora desta vez ele ainda não tenha se pronunciado, o bispo de Regensburg, Gerhard Ludwig Müller qualificou, no ano passado, de "provocação" a ordenação de sacerdotes por parte da Irmandade de Pio, cerimônia que pode afetar seu processo de integração ao seio da Igreja Católica.

Um porta-voz da Conferência Episcopal Alemã anunciou nesta semana que ainda estão se desenvolvendo as negociações da citada irmandade com o Vaticano para se reincorporar à disciplina da Igreja Católica. De acordo com o vaticanista Andrea Tornielli nesta semana, Roma poderia conceder um ordinariato aos lefebvrianos.

A ordenação ocorre dois dias antes do início do processo de revisão do processo contra o bispo britânico da irmandade Richard Williamson, perante um tribunal de Regensburg, condenado em primeira instância a uma multa de 10.000 euros por negar o Holocausto judeu.

O polêmico religioso havia negado a existência das câmaras de gás e o extermínio sistemático dos judeus pelo nazismo em uma entrevista televisiva a uma emissora escandinavo que foi gravada no seminário Coração de Jesus de Zeithofen.

O caso levou a uma crise dentro da Igreja Católica, já que veio à luz coincidindo com a decisão do Vaticano de suspender a excomunhão contra quatro bispos da Fraternidade de São Pio, entre eles o próprio Williamson.