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As fotos nunca vistas do inferno atômico de Hiroshima

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08 Junho 2011

Por um acaso, um restaurante em uma cidade do Estado norte-americano de Massachusetts descobriu, no meio do lixo, as imagens da devastação. Jogadas fora por engano, em uma mala: eram os retratos secretos feitos pelos norte-americanos para verificar os efeitos da bomba atômica. São uma crônica do horror.

A reportagem é de Angelo Aquaro, publicada no jornal La Repubblica, 08-05-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

É apenas uma cadeira com um casaco por cima. A cadeira está intacta, a jaqueta está totalmente carbonizada. O relatório ultrassecreto, o United States Strategic Bombing Survey, de 1947, diz que "é a jaqueta parcialmente queimada de um menino que se encontrava ao ar livre, perto da Prefeitura (Edifício 28) a 3.800 pés do A.Z.". Três mil e oitocentos pés são um quilômetro e 150 metros. A. Z. é a Área Zero: aquela que, em outras páginas do documento, é chamada de Ground Zero. E essa é Hiroshima, no dia 5 de novembro de 1945: três meses depois daquele 6 de agosto que trouxe o fim do mundo sobre a terra.

O que resta daquele menino é o último cartão postal de Hiroshima. E Hiroshima: Ground Zero 1945 é a mostra que entra em cartaz na cidade que, quase 60 anos depois, conheceu a outra Ground Zero, Nova York. São as fotos jamais vistas do inferno: o primeiro relatório da Divisão de Danos Efetivos dos Estados Unidos da América. Um relatório que permaneceu em segredo até agora. Que sobreviveu a um terrível incêndio e até mesmo a um caminhão de lixo. Como se essas fotos fossem destinadas a voltar justamente para lá: para o inferno de onde haviam chegado – ou do depósito de imundícies da humanidade.

Quem as resgatou para nós foi Don Levy, dono de um restaurante. E a história é contada por um dos curadores da mostra no International Center of Photography. "É uma noite chuvosa em Watertown, Massachusetts", escreve Adam Harrison Levy, "e um homem está levando o seu cachorro para um passeio. Na calçada, choca-se com uma pilha de lixo: colchões velhos, caixas de papelão, algumas lâmpada quebradas. No monte, uma mala surrada. Dentro, um amontoado de fotografias preto e branco de edifícios devastados, pontes explodidas: imagens de uma cidade em ruínas". Enquanto chove ao redor, Dan, o dono do restaurante, percebe que está olhando para algo que ninguém jamais viu: "Está olhando para Hiroshima".

O ano é 2000, e a história está apenas começando. O dono do restaurante exibe as fotos a um amigo que o aconselha a contatar um agente cultural de Nova York. É é aqui que surge o proprietário da mala. "As fotos? De Hiroshima? Você as tem??? E eu pensei que estavam no meu porão! Devem ter acabado no lixo por engano!". Marc Levitt, o proprietário reencontrado, no entanto, anuncia outra novidade: "Acho que ainda tenho mais material". Mas como essas fotos acabaram com ele? Havia sido a sua amiga Nancy Mason que lhe pediu para livrá-la de todos esses estorvos que sobreviveram ao incêndio da casa do seu pai, Robert L. Corsbie. Isto é, o responsável por aquele relatório supersecreto sobre a cidade morta.

A exposição é exemplar como uma crônica do passado. As fotos são pequenas, formato de cartão postal, e estão organizadas geograficamente: do Edifício 1, aquele que efetivamente se encontrava no Ground Zero e era o Palácio da Cruz Vermelha, afastando-se gradualmente do epicentro. A "mais de GZ 3500", ou seja, a 3.500 pés do Ground Zero, pouco mais de um quilômetro, a legenda indica "as impressões digitais sobre o asfalto da ponte número 20 destruída": as impressões digitais são as do homem queimado pela explosão, o asfalto ao redor está todo enegrecido pelo fogo.

Esta, entretanto, é a Escola Fundamental Takeya. E esta outra é a Universidade de Literatura e Ciências. Eis "aquilo que resta de um teatro" perto da Odomasa Store. E esta é a Biblioteca Asano: "Observe a deformação da escala de aço (foto), devido ao intenso calor devido ao incêndio das pilhas de livros". Mostra-se toda a cidade que já não está sob a objetiva da equipe de Danos Efetivos: a Hiroshima Telephone Company, a Cervejaria Kirin, a Estação de Trem...

"O resultado mais surpreendente da bomba atômica", lê-se no relatório secreto, "é o grande número de vítimas. O número exato não se saberá nunca, dada a confusão depois da explosão: pessoas consideradas desaparecidas podem ter sido queimadas nos edifícios em ruínas, ou acabaram nas cremações em massa. Nunca se saberá. Mas a bomba atômica que os norte-americanos apelidaram de Little Boy, menininho, fez de 90 mil a 166 mil mortos. Little Boy: como o fantasma que, 70 anos depois, nos olha daquela cadeira vazia.


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