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25 Mai 2011

No mosteiro trapista em Campo do Tenente (PR), o abade Bernardo Bonowitz fala sobre o filme Homens e Deuses e conta como conheceu pessoalmente um dos personagens centrais, assassinado na Argélia.

A reportagem é de Yuri Al’Hanati e está publicada no jornal Gazeta do Povo, 22-05-2011.

Em cartaz desde sexta-feira nos cinemas, o filme Homens e Deuses, do diretor francês Xavier Beauvois, conta a história de um massacre de monges trapistas que ocorreu em Tibhirine, na Argélia, em 1996. Na ocasião, sete religiosos foram decapitados pelo Grupo Islâmico Armado (GIA), que os haviam sequestrado para trocar suas liberdades por autoridades do grupo encarceradas na França.

Aqui no Brasil, o filme impactou, particularmente, o padre Bernardo Bonowitz, abade do Mosteiro Trapista Nossa Senhora do Novo Mundo, em Campo do Tenente, cidade pacata situada a 90 quilômetros do centro de Curitiba. Ele foi convidado a dar uma palestra na ocasião da estreia do filme, em São Paulo, e disse admirar a fidelidade da produção ao retratar a vida monástica e o drama vivido pelos religiosos na Argélia. "É muito bonito e muito triste", diz o monge.

O termo "trapista" é, na verdade, um apelido para a Ordem dos Cistercienses Reformados de Estrita Observância (OCSO), uma congregação derivada da Ordem de Cister, fundada no século XI. No mosteiro de Campo do Tenente, o único masculino no Brasil, 25 monges vivem uma vida de solidão, meditação, orações e trabalhos manuais. Acordam cedo, às 2h45 da manhã, e se reúnem sete vezes ao longo do dia para orar na capela de pedra e madeira construída entre a clausura, a portaria e a hospedaria em que recebem hóspedes que desejam se conectar com Deus e orar junto a eles.

"Arrume um dicionário"

Além dos votos de obediência, castidade e pobreza, comuns a quase todas as ordens e congregações religiosas, os trapistas também fazem votos de estabilidade, ou seja, prometem morar no mesmo mosteiro para o resto da vida. Existem exceções, e o padre Bonowitz é uma delas. Nascido no bairro do Queens, em Nova York, Estados Unidos, sua história é um pouco mais complexa que a da maioria dos monges: veio de uma família judaica de ascendência russa. "Fiquei meditando até os 19 anos sobre o fato de Jesus também ser Deus, e queria um lugar para meditar sobre o assunto. Meus amigos me recomendaram a Abadia de São José, o mosteiro trapista de Spencer, em Massachusetts. Me apaixonei pela vida monástica e decidi me tornar um monge", conta o abade, com um carregado sotaque norte-americano.

Mudou-se para o Brasil após ser indicado pelo Capítulo Geral, que regula os mosteiros do mundo, para ser prior – autoridade de um mosteiro com menos de 13 monges com votos solenes. "Me disseram que meu nome estava sendo cogitado para ser líder de um mosteiro. Eu perguntei onde era e me negaram a informação, mas adiantaram: "Arrume um dicionário, você vai precisar’", lembra Bonowitz, que hoje fala, além de português e inglês, espanhol, alemão e francês.

Pequenas diferenças

Bonowitz explica que, mesmo com o voto de estabilidade, os monges de Tibhirine, na Argélia, poderiam deixar o país se quisessem, pois a situação era excepcional. "Eles tiveram permissão e inclusive foram encorajados pelo Capítulo Geral a deixar o país. Permaneceram por uma relação de muito amor pelo lugar e pelas pessoas de lá." O filme mostra uma votação em que eles decidiam se deixavam o mosteiro ou permaneciam, e a decisão de ficar foi unânime.

Bonowitz conta que conheceu o Irmão Christian de Chergé (vivido no filme por Lambert Wilson), prior do Mosteiro Nossa Senhora de Atlas, em um breve encontro em Massachussetts. "Ele tinha uma grande intensidade no olhar, era muito concentrado e, ao mesmo tempo, muito sorridente e brincalhão. Ele era chamado a dar muitas conferências e eu o conheci em uma delas, em 1984. Ele havia acabado de ser nomeado para ser prior em Tibhirine."

Sobre a benevolência e simpatia com que Christian tratava os islâmicos, inclusive seus algozes, Bonowitz comenta: "Ele sentia que devia sua vida a um muçulmano. Serviu no Exército francês, nas tropas responsáveis por convencer os nativos a não aderir à guerra de independência da Argélia. Certa vez, foi cercado por homens armados e um muçulmano disse para que lhe deixassem em paz, pois eram homens de bem. Christian descobriu que o homem foi morto no dia seguinte por afrontar seu superior direto nessa ocasião."

O mosteiro de Tibhirine diferia em alguns aspectos dos mosteiros trapistas tradicionais. O filme de Xavier Beauvois mostra que os monges participavam ativamente da vida da comunidade, tratando de doentes e distribuindo doações aos mais pobres. "Nosso trabalho com a comunidade se resume mais a um ministério espiritual. Conversamos com eles, recebemos suas confissões e fazemos algumas conferências", diz o abade. Entretanto, ele conta que, no Natal e na Páscoa, distribuem nas comunidades mais pobres de Campo do Tenente bolos de frutas e biscoitos que produzem no mosteiro.

O trabalho manual é a característica principal dos trapistas. "Trabalhamos de cinco a seis horas por dia. Temos uma padaria e lavouras de grãos. Nas horas vagas, os irmãos produzem velas, esculturas em madeira e pedra", conta o padre, enquanto mostra a lojinha do mosteiro que, além disso, vende geleias produzidas pelo Mosteiro Trapista Nossa Senhora da Boa Vista, de monjas trapistas, e muitos livros religiosos, dentre os quais os sete livros escritos pelo abade Bonowitz.

Profissão perigosa

Antes de nossa reportagem deixar o mosteiro de Campo do Tenente, Bonowitz conta uma última história sobre o mosteiro de Tibhirine. "Quando a Argélia se tornou independente, o Capítulo Geral decidiu fechar o mosteiro, pois os franceses estavam deixando o país e não havia muitas esperanças de difundir o catolicismo por lá. Mesmo com o arcebispo de Argel pedindo de joelhos para que não fechassem o mosteiro, o abade do Capítulo assinou o documento. No dia seguinte, pela manhã, teve um infarto e morreu. As autoridades do Capítulo resolveram repensar a decisão a partir desse fato. Ser abade é uma profissão muito perigosa", brinca o abade.


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