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"Como um superego, os rastros deixados no computador lembram quem você é"

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20 Mai 2011

Desde que o Google também foi instalado nos nossos smartphones, a sugestão de não aceitar doces de estranhos torna-se substancialmente impraticável, e não por falta de doces, mas sim de estranhos.

A análise é do filósofo italiano Maurizio Ferraris, professor da Università degli Studi di Torino, em artigo publicada no jornal La Repubblica, 19-05-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Samuel Pepys, um alto funcionário britânico, entre 1660 e 1669, taquigrafou cada detalhe da sua vida, dos cálculos renais dos quais sofria à paixão pelo canto e pelo vinho, do eventos macro-históricos da peste de Londres aos micro-históricos das suas turbulentas relações com a esposa (muitas vezes devido às suas relações extraconjugais, também registradas, recorrendo, nos pontos mais escabrosos, ao latim, ao espanhol e ao francês).

Com relação à web, ele era um diletante. Ela anota infinitamente mais, de forma automática e sem o nosso conhecimento, de modo que todos os nossos atos na rede são registrados, e se rematerializa diante de nós de modo petulante e indiscreto. Ou até mesmo inquietante como um fantasma, visto que, no Facebook, pode acontecer que recebamos uma mensagem que nos informa que, há 15 dias, não escrevemos a um nosso amigo querido, que nós sabemos que morreu, de forma que a mensagem parece vir do além, como o voz de César que assombra Brutus em Filipos.

Em tudo, como um paranoico impassível, o Google domina, espelho da sua vida e dos seus interesses fundamentais. Uma vez, de fato, podia acontecer que alguém, por exemplo um velho amigo da escola, nos lembrasse de eventos que nós havíamos sido os protagonistas e dos quais havíamos perdido qualquer memória. Também podia acontecer que esses fatos não se encaixassem minimamente com a nossa imagem que havíamos construído ao longo do tempo.

Bem, essa experiência uma vez esporádica, na web, torna-se a regra, já que ela nos dá conta de todos os nossos atos e, ao mesmo tempo, nos dá a taquigrafia do fluxo da nossa consciência. É um experimento ao alcance das mãos: consulte a cronologia das suas pesquisas no Google. Lá, você vai encontrar uma representação do seu pensamento muito mais detalhada do que as que são prometidas pelas técnicas de neuroimagem atualmente disponíveis.

Desde que o Google também foi instalado nos nossos smartphones, a sugestão de não aceitar doces de estranhos torna-se substancialmente impraticável, e não por falta de doces, mas sim de estranhos.

Realmente, não se poderia demonstrar melhor a soberania dos arquivos, o poder do registro, dos traços que são deixados e que ressurgem automaticamente. Traços que, tempos atrás,  eram raros e deliberados (assinar um contrato, um cheque, manter um diário, mas você sabe que cansa), e que agora acompanham todas as nossas ações.

Como avaliar essa explosão do registro, que constitui a característica fundamental da nossa época, sem que ninguém tivesse previsto? Insiste-se muito no fato de que se trata de uma violação da privacidade, o que, sem dúvida, pode ser verdade, mas não é o elemento decisivo.

Pelo contrário, trata-se de um inconsciente, de um grande registro que folheia diante dos nossos olhos aquilo que somos. E que, no entanto, ao contrário do inconsciente, não é um Id tolerante, confuso e inclinado à remoção. É um superego imperioso que às vezes parece nos intimar: "Você é isto, não pode continuar agindo assim. Arrependa-se, mude de  vida, é o último momento para fazer isso".


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