Sobre a missa antiga, o Papa ensina equilíbrio

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13 Mai 2011

Concordo plenamente com o que o padre Federico Lombardi escreveu hoje na nota que sintetiza a nova Instrução Universae Ecclesiae sobre a aplicação do motu proprio Summorum Pontificum.

A nota é de Paolo Rodari, jornalista italiano, especializado em assuntos do Vaticano, publicada em seu blog Palazzo Apostolico, 13-05-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto e revisada pela IHU On-Line.

Lombardi escreve: "Com uma leitura completa, permanece a impressão de um texto de grande equilíbrio, que visa a favorecer – segundo a intenção do papa – o uso sereno da liturgia anterior à reforma por parte de sacerdotes e fiéis que sintam um desejo sincero para o seu bem espiritual. Ou melhor, visa a garantir a legitimidade e a efetividade de tal uso na medida do razoavelmente possível. Ao mesmo tempo, o texto é animado pela confiança na sabedoria pastoral dos bispos e insiste muito fortemente no espírito de comunhão eclesial, que deve estar presente em todos – fiéis, sacerdotes, bispos – para que o objetivo de reconciliação, tão presente na decisão do Santo Padre, não seja obstaculizado ou frustrado, mas sim favorecido e alcançado".

O rito romano é um só. Mas esse mesmo ritual pode ser "usado" segundo duas formas diferentes, a do Missal Romano até a última edição de João XXIII, em 1962, e a do novo Missal aprovado por Paulo VI em 1970, após a reforma litúrgica do Concílio Vaticano II.

O rito romano é um assim como a Igreja é una. Portanto, diz a declaração, os fiéis que pedem a celebração na forma extraordinária não devem, de nenhum modo, apoiar ou pertencer a grupos que se manifestem contra a validade ou legitimidade da forma ordinária e/ou à autoridade do Papa como pastor supremo da Igreja universal. Isso estaria, de fato, em contradição flagrante com a finalidade de "reconciliação" do próprio motu proprio.

Muitas vezes, aqueles que defendem o rito antigo rejeitam o novo e a Igreja que, no pós-Concílio, continuou a se renovar na fidelidade a Pedro. Juntos, muitas vezes, aqueles que rejeitam o rito antigo se opõem à riqueza de uma grande tradição que de forma alguma deve ser perdida.

Por isso, Lombardi tem razão: o texto manifesta um grande equilíbrio, porque a palavra que melhor o sintetiza é "reconciliação".