29 Abril 2011
E agora, verdadeiramente, "santo já". Isso é o que dizem os muitos devotos de João Paulo II. E assim, talvez, será em breve. Porque a Igreja, embora criticada por alguns ambientes católicos que contestam os tempos curtos da decisão, está fortemente orientada a levar a causa de Karol Wojtyla até a canonização. É preciso, porém, outro milagre.
A reportagem é de Marco Ansaldo, publicada no jornal La Repubblica, 29-04-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
O povo do "santo já", que domingo irá se encontrar em massa na Praça de São Pedro para celebrar a beatificação do Papa polonês, não deverá esperar muito para voltar a festejar a definitiva consagração da santidade de Wojtyla. Para a passagem de beato a santo, falta uma última peça, a do reconhecimento de um segundo milagre ocorrido pela intercessão do pontífice.
E, a esse propósito, o cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para das Causas dos Santos, assegura que se está trabalhando com dois princípios centrais adotados até aqui: "Rapidez e rigor". E afirma também que já são "muitas" as sinalizações de supostos milagres que chegam ao Vaticano "de todas as partes do mundo".
"Bastaria mais um milagre", diz o chefe do dicastério. "Nós temos sinalizações de todo o mundo de grandes graças. Agora, cabe à postulação escolher uma, fazer uma escolha e ver, sempre claramente com a ajuda de especialistas, médicos e cientistas, qual poderia ser levada em consideração para fazer com que se possa proceder com o exame jurídico do milagre".
A bola passa, portanto, mais uma vez, para Slawonir Oder, o postulador da causa de João Paulo II. Oder trabalhará na mesma linha adotada até agora para localizar um milagre para a beatificação, encontrado posteriormente na cura de Marie Simon-Pierre, a irmã que saiu indene do mal de Parkinson. Para a beatificação, depois de uma seleção essencial, a atenção do monsenhor Oder se concentrou em três sinalizações, na Rússia, na Itália e na Argentina. Mas foi o caso da irmã francesa que foi pré-escolhido.
Quem irá colocar todo o seu peso e seu empenho para completar o processo sobre o Papa polonês será também o Opus Deus.
"A cerimônia de beatificação de Karol Wojtyla do próximo dia 1º de maio – diz o porta-voz da organização – será certamente só o primeiro passo para a sua canonização, no rastro do grito `santo já` que se elevou no dia da sua morte. Não há nenhuma dúvida. Wojtyla não era apenas um modelo de Papa, de bispo ou de sacerdote, mas também um modelo de cristão e de homem".
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Já se estuda o segundo milagre de Wojtyla, rumo à canonização - Instituto Humanitas Unisinos - IHU