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12 Abril 2011

A política de valorização do salário mínimo ainda contribui para a redução da desigualdade de renda no Brasil.
Embora o benefício tenha deixado para trás a renda dos brasileiros que compõem a base da pirâmide de distribuição de renda, tem hoje grande incidência no grupo que vai dos 20% aos 40% mais pobres do país.

"Cada vez que o mínimo tem reajuste significativo, arrasta para cima os salários dessa faixa da população, aproximando sua renda daquela dos mais bem remunerados. Com isso, reduz a desigualdade", diz Sergei Soares, pesquisador do Ipea.

A reportagem é de Érica Fraga e Natália Paiva e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 13-04-2011.

Além disso, o aumento do poder de compra da camada da população que é beneficiada por reajustes do mínimo tem um efeito positivo sobre a economia: essas pessoas passam a consumir mais bens e serviços, o que contribui para o crescimento.

O problema, dizem especialistas, é que a política de valorização do salário mínimo-que, pela regra atual, equivale a um reajuste igual à inflação anual mais o crescimento da economia de dois anos anteriores- custa caro.
Isso porque uma parcela significativa dos benefícios previdenciários é reajustada automaticamente quando o mínimo é elevado.

Segundo cálculo do economista Fabio Giambiagi, as despesas com benefícios assistenciais e previdenciários equivalentes a um salário mínimo saltaram de 1,4% para 3,3% do PIB (Produto Interno Bruto) entre 1997 e 2010.
Ao contribuir para uma deterioração das contas públicas, a política de valorização significativa do mínimo limita a capacidade do governo de direcionar recursos para investimentos.