Controvérsia em torno do número de fiéis e custos para a beatificação de João Paulo II

Mais Lidos

  • Legalidade, solidariedade: justiça. 'Uma cristologia que não é cruzada pelas cruzes da história torna-se retórica'. Discurso de Dom Domenico Battaglia

    LER MAIS
  • Carta aberta à sociedade brasileira. Em defesa do Prof. Dr. Francisco Carlos Teixeira - UFRJ

    LER MAIS
  • Governo Trump alerta que a Europa se expõe ao “desaparecimento da civilização” e coloca o seu foco na América Latina

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

02 Abril 2011

Quantos serão, na realidade, os peregrinos que chegarão a Roma no próximo dia 1º de maio para a beatificação de João Paulo II? Pouco menos de meio milhão, como assegura o Vicariato, ou cerca de 1,5 milhão previstos nas estimativas reservadas na avaliação do Campidoglio [sede da prefeitura de Roma]?

A reportagem é do jornal La Repubblica, 01-04-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

E – particularmente não de importância secundária – quem deverá assumir as despesas para a sua acolhida? O governo municipal de Roma? O Vaticano? O Vicariato? Ou todas as instituições laicas e eclesiásticas que estarão envolvidas no grande evento?

A essas interrogações, a um mês da beatificação, ainda não chegaram respostas certas e unívocas daqueles que têm a responsabilidade pelas celebrações (funcionários e monsenhores), isto é, os técnicos do Campidoglio que se somam ao prefeito Gianni Alemanno e aos prelados da diocese, organizadores – sob a régia do cardeal vigário Agostino Vallini – da beatificação, por meio da Obra Romana de Peregrinações - ORP. Ou melhor, as posições que surgiram enter o Vicariato e a prefeitura, depois de uma longa série de encontros, se racharam posteriormente, a tal ponto que, do outro lado do Tibre, teme-se que, por causa da esperada beatificação do Papa Wojtyla, o Vicariato e o Campidoglio poderão ir ao encontro de uma inevitável ruptura.

A ORP já indicou, na coletiva de imprensa de terça-feira passada, que os peregrinos previstos serão cerca de 300 mil para a vigília da noite do dia 30 de abril, mesmo número estimado para o dia 1º de maio e o dia posterior, para a Missa de Ação de Graças e a homenagem aos restos mortais de Wojtyla. Tudo isso por uma despesa prevista de cerca de 1,2 milhão de euros, "inteiramente cobertos por patrocinadores e sem agravos para as instituições", assegurou monsenhor Liberio Andreatta, vice-presidente da ORP.

Uma previsão imensamente inferior à estimada pelo Campidoglio, que apresentou às autoridades vaticanas uma nota de custos de cerca de 7,5 milhões de euros, incluindo os extras para as empresas de serviços públicos de Roma, como Ama, Vigili Urbani, Protezione Civile, Atac e Metro.

Portanto, deveriam ser "encontrados" – de acordo com os cálculos da prefeitura – outros seis milhões de euros para organizar da melhor forma possível os dois dias wojtylianos. Mas até agora, do Vicariato, não chegaram sinais de disponibilidade, a tal ponto que não se exclui que – por meio dos bons escritórios da Secretaria de Estado da Santa Sé – o governo Berlusconi seja investido para uma "ajuda" in extremis que poria todos de acordo.