"O vice-cônsul agiu de boa-fé"

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31 Março 2011

O advogado Amadeu Weinmann apresentou a versão do vice-cônsul português na Capital, Adelino Pinto, que viajou para Portugal, segundo o defensor, para ajudar a ressarcir a Igreja.

A entrevista é de José Luís Costa e publicada pelo jornal Zero Hora, 01-04-2011.

Eis a entrevista.

Por que o vice-cônsul sacou os R$ 2,5 milhões da Igreja que estavam na conta dele?

A Igreja tinha de abrir uma conta em Portugal, mas não podia mandar dinheiro para o Exterior. O padre Ledur e a Teresa dizem: "Quem sabe na conta do Consulado?" Não pode. Então, o padre Ledur e a Teresa pediram, como favor ao vice-cônsul, a conta bancária emprestada dele para mandar o dinheiro. Era uma caução. E como caução foi para a Teresa. Se o dinheiro não estivesse em Portugal, não viriam os R$ 12 milhões.

Mas ele assinou um documento em cartório, afirmando que não mexeria no dinheiro?

O vice-cônsul agiu de boa-fé. Mandou o dinheiro para agilizar a doação. Teresa diz que o dinheiro está lá. Tanto que ela diz em e-mails que o vice-cônsul a pressiona para devolver. Pelos e-mails não há indício de que a ONG vá ficar com o dinheiro. Meu cliente está em Lisboa, tentando ajudar a Igreja.

Essa ONG existe?

Só quem pode dizer se existe ou não é o padre Ledur e o bispo. Quem tem de saber se a ONG existe, se é boa, se presta, é quem foi lá investigar. O padre e o bispo é que tinham a obrigação, o dever e a responsabilidade de saber se a ONG presta ou não. Eles não conversaram com os padres de lá? Não existe em Portugal nenhum padre, bispo, arcebispo, cardeal que pudesse dizer se essa ONG presta ou não? Se a Cúria entregou a responsabilidade disso para uma pessoa ingênua, tem de trocar logo, porque é uma entidade dona do maior banco do mundo, que tem 2 mil anos de seriedade. Esse negócio não tem nada a ver com o consulado, a embaixada e o governo português. A transação surgiu de uma amizade do vice-cônsul com o padre Ledur.

Teresa escreveu que o vice-cônsul estava cobrando o dinheiro porque não tinha sido ressarcido. Ele teria alguma vantagem no negócio?

Não sei. Não faço juízo temerário. Acredito que ele não teria vantagem alguma.