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"Recebi mais apoio que críticas". Arcebispo de Porto Alegre prepara a sua aposentadoria

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13 Fevereiro 2011

Na semana em que completou 10 anos como arcebispo metropolitano de Porto Alegre, Dadeus Grings recebeu Zero Hora em seu gabinete na Cúria, junto à Praça da Matriz, para falar da aposentadoria e fazer um balanço sobre o seu legado. A entrevista foi publicada pelo jornal gaúcho no dia 13-02-2011.

Eis a entrevista.

A aposentadoria chega no momento certo?

Acho que sim. É bom ter uma data fixa. Como o bispo fica bispo sempre, a função não cessa, cessa só a responsabilidade na frente da diocese. A gente tem de trabalhar ainda. Dom Vicente Scherer assumiu a Santa Casa quando saiu. Salvou a Santa Casa e é lembrado por isso.

E o senhor, o que pretende fazer na aposentadoria?

A ideia é morar em Gravataí, no lar sacerdotal do seminário, onde estão os padres idosos. Lá temos o curso propedêutico, o período de discernimento vocacional que serve para os candidatos a padre verem se é isso mesmo que querem. Vou estar no meio deles e dos velhos sacerdotes. Como o seminário é grande e tem pouca gente, fizemos lá espaços para retiros, por isso é uma casa com movimento. Não vou ficar isolado. E as paróquias vão convidando para crismas, palestras, novenas, até ordenações.

O que o senhor avalia ser seu legado depois de uma década?

O mais importante foi a reorganização da diocese. Fizemos algo novo, os vicariatos. Criamos cinco vicariatos territoriais e um da cultura. Um desses vicariatos, o de Montenegro, virou diocese.

Por que isso é importante?

Foi uma descentralização. Eu tinha três bispos auxiliares que ficavam aqui e iam atender lá. No momento em que se criou o vicariato, o bispo foi morar no meio das comunidades. A atuação ficou mais ágil. O vicariato de Gravataí, que pega Viamão, Alvorada, Glorinha e Cachoeirinha, é maior do que a maioria das dioceses do Brasil. Abrange 900 mil habitantes.

Mais algum dos vicariatos vai se tornar diocese?

Quanto a Guaíba, não tem dúvida. Deve ser a próxima, em dois ou três anos. Os bispos do Rio Grande do Sul já aprovaram a criação. O que falta ainda é infraestrutura econômica e vocacional. Ainda é difícil eles manterem a diocese, porque é uma região pobre. Na parte da vocação, há poucos padres.

Com a transformação de Montenegro em diocese, Porto Alegre perdeu o celeiro de padres. Como isso está sendo enfrentado?

Onde tem católico, tem de ter a vocação. Guaíba nunca dava vocação, e se dizia: são açorianos, açorianos não dão vocações. Não é assim. São católicos, então tem de se trabalhar com eles. Nos obrigamos a fazer isso e tem dado resultado.

O senhor conseguiu resolver a escassez de padres?

No fim deste ano, teremos uma boa safrinha, de sete padres. É o maior número do período em que estou aqui. Nos outros anos eram quatro ou cinco. Eu sempre coloquei como ideia ter 20 por ano. Mas é difícil ter alguém para o seminário. As famílias diminuíram muito.

Uma marca do seu período foram as críticas recebidas por suas manifestações O senhor busava provocar polêmica?

A gente tem a função de pastor, de orientar o rebanho, de denunciar os males. Os profetas sempre foram assim, incompreendidos. A repercussão é boa, por um lado, porque mostra que estamos atingindo a ferida. Algum ponto nevrálgico foi atingido, porque há uma reação contra.

Em que situações a repercussão foi maior?

Houve várias. Em uma entrevista, eu comentei: "Não foram só os judeus que morreram. E os ciganos? Os homossexuais? Os deficientes físicos? Por que os judeus não falam disso?" A reação dos judeus foi veemente. Queria vir o embaixador de Israel falar comigo, dizendo que neguei o Holocausto. Mas não neguei, só estava dizendo que não eram só judeus. Foram mais cristãos do que judeus que morreram no Holocausto.

E a questão da pedofilia?

Eu disse: "Isso não é só o clero, isso é uma questão da sociedade". A pesquisa que se tem é que só 0,2% dos casos são dos padres. Há muito mais médicos e professores pedófilos. Mas isso não se noticia. A repercussão veio porque sentiram que atingimos o nó da questão.

O senhor não se arrependeu de nenhuma opinião?

Pelo contrário. Mais do que críticas, recebi apoios. Houve um caso sobre o homossexualismo, em que fizeram um protesto diante da catedral. Veio meia dúzia de gente. Quando a gente diz que não é esse o caminho, que é uma anomalia, então é homofobia. Não é assim. Tenho um pai, tenho irmãos muito queridos. Então não tenho homofobia, claro.

A acusação foi injusta?

Perguntaram se a pedofilia tinha relação com o homossexualismo. Eu disse: "Tem uma ligação, claro". Então disseram que sou homofóbico. O que significa homofobia? Quer dizer ter uma aversão a homem. Não tenho. Tenho pai, tenho irmãos.

O termo é usado no sentido de aversão aos homossexuais.

Pejorativo. Contra os homossexuais.

Em um desentendimento com o Judiciário, o senhor foi condenado a pagar uma indenização.

O Poder Judiciário não é confiável. Esse é o problema. A gente nunca sabe o que passa na cabeça de juiz. Aquela juíza de Viamão deu uma liminar obrigando o padre a casar um homem que já estava casado no civil com outra. Publiquei um artigo veemente. Ela entrou com danos morais. Mas não tinha razão nenhuma. Fui reclamar com o juiz Tedesco (José Eugênio Tedesco, ex-presidente do Tribunal de Justiça). Ele teve de defender a juíza, pelo corporativismo. Na segunda chamada, fizemos um acordo. Eu paguei.

Quanto o senhor pagou?

Não foi muito.

O senhor tem a prerrogativa de indicar três nomes para a sua sucessão. Já pensou neles?

Sim, tenho vários nomes. Estou amadurecendo. A indicação do arcebispo tem peso, mas às vezes as circunstâncias não permitem que o pedido dele seja atendido. Muitos são consultados. Na medida do possível, será alguém daqui, do clero da diocese e que virou bispo em outro lugar. Como é uma categoria de responsabilidade, dificilmente terá menos de 50. Normalmente tem de ter algum curso no Exterior, para ter visão de mundo.


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