Países árabes têm onda de autoimolações

Mais Lidos

  • “A América Latina é a região que está promovendo a agenda de gênero da maneira mais sofisticada”. Entrevista com Bibiana Aído, diretora-geral da ONU Mulheres

    LER MAIS
  • A formação seminarística forma bons padres? Artigo de Elcio A. Cordeiro

    LER MAIS
  • A COP30 confirmou o que já sabíamos: só os pobres querem e podem salvar o planeta. Artigo de Jelson Oliveira

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

17 Janeiro 2011

Estopim dos protestos que culminaram na fuga do ditador tunisiano Zine el Abidine Ben Ali na última sexta e na morte de ao menos 78 pessoas, casos de autoimolação foram relatados ontem em outros três países da região.

A notícia é do jornal Folha de S. Paulo, 18-01-2011.

Na Argélia, no Egito e na Mauritânia, foram quatro os episódios do tipo apenas ontem, gerando expectativa de que os eventos que levaram à queda de um dos regimes árabes mais estáveis se repitam nesses países.

No Cairo, um homem ateou fogo a seu próprio corpo em frente ao Parlamento, aparentemente em protesto contra política de restrição a subsídios em alimentos. Ele foi internado em um hospital com queimaduras leves.

O Egito é governado desde 1981 pelo ditador Hosni Mubarak sob um regime que é comparado ao de Ben Ali.

Na Argélia, onde manifestações similares às da Tunísia ocorreram nas últimas semanas, autoimolação foram registradas em duas cidades ontem. Desde o sábado, há relatos de outros cinco casos.

Já na Mauritânia, um homem ateou fogo a si mesmo em protesto contra os supostos maus-tratos à sua tribo.

Em dezembro, a autoimolação do tunisiano de 26 anos que teve as frutas e verduras que vendia confiscadas por falta de autorização foi o motivador da ira antigoverno.

O caso do jovem, que viria a morrer, refletiu a insatisfação de ampla parcela da população com o aumento nos custos de vida e a falta de oportunidades de trabalho.

O secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, exortou ontem os países da região a aprenderem lições do caso.

78 MORTOS

O governo interino da Tunísia estimou em mais de 78 os civis mortos desde o início dos protestos e em 94 os feridos. O prejuízo foi estimado em US$ 2 bilhões. Ontem, novos confrontos foram registrados, embora menos intensos que no fim de semana.

Também ontem, o premiê tunisiano Mohamed Channouchi anunciou a formação de um governo de unidade com três líderes opositores.

Channouchi afirmou que serão necessários 6 meses para realização de eleições.