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"Espero que o cardeal Borromeo volte". Entrevista com Arturo Paoli

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07 Janeiro 2011

Cabelos brancos, cândidos, uma aura de modéstia. Irmão Arturo, uma vez circundou o mundo, na mochila uma bússola que oscila entre o Gólgota e o sepulcro vazio, encontrou seu caminho de casa, em Lucchesia, saboreando, ressaboreando, "o privilégio da raiz." Aqui nasceu noventa anos atrás, aqui - na aldeia de San Martino em Vignale, polvilhado com ciprestes - aguarda o Natal. Revelando uma disposição juvenil, a mesma irradiada por um leigo como Franco Lucentini quando, aproximando-se do Evangelho de Lucas, admirará a capacidade de recordar "com um mínimo de palavras" um "fato simplíssimo" e, ainda assim, prodigioso, "o fato de que o Natal foi noite".

A reportagem é de Bruno Quaranta, publicada no jornal La Stampa, 23-12-2010. A tradução é de Anete Amorim Pezzini.

Irmão Arturo ampliou a tenda nas montanhas ao redor de Lucca em 2006. Em dezembro, quando se celebra o Beato Charles de Foucauld, fundador dos Irmãozinhos de Jesus, este homem tão forte, tão gentil, tornar-se-á um deles, após a temporada na Juventude da Ação Católica, a cavalo entre os anos quarenta e cinquenta. Descobrindo-se "erradicado", não "desempregado", na trilha de Carlo Carretto, como ele, testemunhou uma Igreja profética ("obedientes ao "sábado" desobedecendo" "à prática do sábado") que conflituava com a Igreja política de Luigi Gedda, com os Comitês cívicos e as vizinhanças.

Em 1953, Arturo Paoli irá para o exílio, entre as glebas da América Latina em que, após o noviciado no deserto argelino, deixará pegadas profundas entre os pobres, para os pobres, inspirando a teologia da libertação (seu Diálogo da libertação repercutirá na Teologia da Libertação de Gustavo Gutiérrez, como se recorda em Ne valeva la pena, o ensaio-biografia de Silvia Pettiti para a Edizioni San Paolo recém editado).

"Palavra de nossa libertação." Arturo Paoli, todos os domingos, fecha vigorosamente o Evangelho. Hoje, o sermão gira em torno de uma palavra grega "intraduzível", que o sacerdote "romperá", oferecendo-a em sua pujança filológica: "Cristo é aquele que reage visceralmente - misericordioso até as entranhas - à miséria do homem." Cristo que perturba a História habitando-a...

Arturo Paoli nasceu em Lucca, em 30 de novembro de 1912. Aluno de Momigliano, graduou-se com uma dissertação sobre Carducci. Sacerdote desde 1940. Justo entre as Nações. Em 2006, o presidente Ciampi concedeu-lhe a medalha de ouro de mérito civil, por mérito durante a Resistência. Ele vive em San Martino em Vignale, sobre as colinas de Lucca. As obras. Foi recém-lançado, de Silvia Pettiti, "Arturo Paoli. Valeu a pena" (São Paulo, pp. 233, 16). Entre os outros títulos: "Acordai Deus" (La Collina), "O Coração do Reino" (Dissensi), e "O Padre e a Mulher" (Marsilio).

Eis a entrevista.

Irmão Arturo, há quem se lembre do professor de grego no liceu "Maquiavel" de Lucca, o seu colégio...

Desde criança, foi clara a minha inclinação para os estudos. Filho, não por acaso, de um senhor leitor, ainda que exercesse a profissão de artesão. Em casa, os clássicos não faltavam, de Dostoiévski a Manzoni, o amadíssimo Pe. Lisander.

"Os noivos"...

Ou seja a História escrita pelos humildes, pelos humildes alegremente distorcida. O Deus que derruba e estimula, que aflige e que consola serve-se prodigiosamente deles.

Em contrapartida, no que diz respeito à sua corajosa parábola, como não se lembrar do amedrontado Pe. Abbondio?

Não é honesto falar sobre meu mundo, não é prudente. Quem sou eu para julgar? E de qualquer forma: nos Noivos há Pe. Abbondio e há o cardeal Borromeu. Como não lamentar-lhe a estatura, à luz do que acontece?

O que você pensa?

Para os cardeais italianos recém-criados. Eles fizeram escândalo. Tinham recém acabado de jurar de exaltar, de enobrecer a Igreja, e já se sentavam para almoçar com o atual presidente do Concílio, uma figura indigna, tanto na esfera privada quanto na pública.

Talvez devessem ter redescobrido a vida de Jesus. De Mauriac a Ratzinger muitos tentaram escrevê-la. Qual o senhor prefere?

Os Evangelhos.

Novo e Velho Testamento: as passagens que mais consulta, o perturbam?

No Novo, Mateus 16, 1-4, onde Cristo chicoteia os fariseus e os saduceus: Vós sabeis como interpretar o aspecto do céu, mas não sabeis discernir os sinais dos tempos?". No Antigo, Jeremias: "Vós me seduzistes, Senhor, e eu deixei-me seduzir.

Quando o senhor foi seduzido?

Em torno dos vinte anos. A reunião decisiva foi com Giorgio La Pira, foi ele que revelou-me os caminhos do misticismo.

A propósito: Lucca é a cidade de Santa Gemma Galgani...

Mas para mim, especialmente, da Beata Elena Guerra, a religiosa que está ancorada no Espírito, alma que renova a terra.

Não lhe parece tênue o Espírito conciliar? Entre as páginas obsoletas, talvez não sobressaiam os documentos do Vaticano II?

A decadência da igreja é visibilíssima. Duas constituições devem ser, entre as outras, descobertas ou redescobertas: a Lumen Gentium, ou seja a urgência de proclamar o Evangelho a toda criatura, e Gaudium et Spes, que o convida a apostar em uma "pessoa integral".

Maritain...

E então. Maritain. O humanismo integral. O cristianismo é realmente um humanismo. O Evangelho não é metafísica. Precisaria, finalmente, libertar-se de certa teologia que o contradiz. De Maritain aportando em um filósofo crucial como Levinas. Para compreender que a filosofia do ser é obsoleta, que deveria pronunciar o "tu", andar em direção ao Outro.

O seu Papa?

João XXIII. Ele colocou a autoridade papal no lugar certo. O pontífice, como presidente do episcopado mundial. Humildemente na escuta, favorecendo a colegialidade.

Montini vai convidar-lhe a rezar para jamais tornar-se Bispo...

É o Papa da Populorum Progressio, a maior encíclica da nossa época. Seu limite: confiar-se extremamente na Curia.

Padres de hoje, padres de ontem...

Sua formação. Urge uma mudança cultural em psicanalítica fundamental. Não é de hoje que Jung está entre os meus autores. Seus arquétipos, abertos a todas as experiências do espírito.

Era uma vez o catecismo...

E há mais. Mas se não se entendem bem os sinais dos tempos, nada podem as pandectas da fé ante ao homem que se mostra diariamente árido ou dramaticamente problemático.

Nos anos trinta a graduação.

Para a Igreja Católica, com uma dissertação sobre o Romantismo e a Idade Média na poesia de Carducci. Eu a tinha definido em Pisa com Attilio Momigliano, ao mesmo tempo que forçado pelas leis raciais a deixar a presidência. Ele era um agnóstico, mas um manzoniano fanático, bem como admirador dos místicos medievais, protagonistas de um curso inesquecível.

Carducci, poeta...

Não é o meu poeta. Em Carducci, o que me atraía era a vastíssima cultura europeia, a francesa e a alemã em especial, reputado como um diálogo ao mais alto nível.

Seus poetas?

Leopardi e Manzoni. A alma atormentada de Leopardi. Como não se espelhar na juventude? E o Dante do Purgatório: porque humaníssimo, nós, cada um de nós, que caminhamos pela estrada...

Lucca, a Toscana, os escritores não faltam, de Pea a Tobino...

De Tobino tenho toda a obra, livro após livro. Mas, mais vivo em mim é a literatura latino-americana. No topo, Cem Anos de Solidão de Gabriel García Márquez. Eu o conheci na Colômbia, apreciei-lhe a bondade. Sua obra-prima, detecta e desarma o olhar de rapina da Europa sobre o Novo Mundo: nós existíamos e não existíamos, sabíamos sonhar e, portanto, não seremos, finalmente, jamais humilhados.

Estava cheia, essa manhã, a igreja seiscentista de San Martino em Vignale. Como raramente se pode ver. Porque no altar havia, há um homem de palavra. Ouvindo-o, partilhando com ele o pão em uma refeição (usando um guardanapo no qual está bordado o nome, Arturo), interrogando-o, dissipa-se a profecia de Julien Green: quando o sinal deixado pelo Crucifixo na parede desbotar-se até desaparecer, a casa, a nossa casa, a casa de todos entrará em colapso. Na nave, filtra um raio de sol. O toscano Piero Calamandrei lhe reconheceria o "ouro de nós, pobres", o ouro do espírito.

 


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