19 Mai 2017
O amor de Jesus não tem limites. Além disso, não é como os amores mundanos, que apostam no poder e na vaidade. Este é o núcleo da vida de um cristão, que desta maneira pode realizar a missão que lhe foi encomendado: “Dar alegria às pessoas”. Estas são palavras do Papa Francisco e pronunciadas durante a homilia da missa matutina na Capela da Casa Santa Marta neste dia 18 de maio de 2017.
A reportagem é de Domenico Agasso Jr. e publicada por Vatican Insider, 18-05-2017. A tradução é de André Langer.
Segundo indicou a Rádio Vaticano, o Pontífice desenvolveu sua reflexão a partir da afirmação de Jesus que destaca que seu amor é infinito. E observou que Jesus nos pede para permanecer no seu amor “porque é o amor do Pai”, ao mesmo tempo que nos convida a colocar em prática os seus Mandamentos.
Certamente, disse o Bispo de Roma, os Dez Mandamentos são a base, o fundamento, mas é necessário seguir “todas as coisas que Jesus nos ensinou, os mandamentos da vida cotidiana”, que representam “um modo de viver cristão”.
O Pontífice também afirmou que a lista dos mandamentos de Jesus é muito ampla, embora tenha enfatizado “que o núcleo é um”, a saber: “o amor do Pai por Ele e o amor d’Ele por nós”.
“Existem outros amores. Também o mundo nos propõe outros amores: o amor ao dinheiro, por exemplo, o amor à vaidade, exibir-se, o amor ao orgulho, o amor ao poder, e também fazendo tantas coisas injustas para ter mais poder... São outros amores, estes não são de Jesus, nem do Pai. Ele nos pede para permanecer no seu amor, que é o amor do Pai. Pensemos também nestes outros amores que nos afastam do amor de Jesus. Além disso, há outras medidas para amar: amar pela metade, e isto não é amar. Uma coisa é querer e outra coisa é amar”.
“Amar – reafirmou o Sucessor de Pedro – é mais do que querer”. E se perguntou: “Qual é a medida do amor?”. “A medida do amor – disse Francisco – é amar sem medida”.
“E assim, realizando estes mandamentos que Jesus nos deu, permaneceremos no amor de Jesus que é o amor do Pai, é o mesmo. Sem medida. Sem este amor tímido ou interesseiro. ‘Mas, por que Senhor, tu nos recordas estas coisas?’, podemos perguntar-lhe. ‘Para que a minha alegria esteja em vocês e sua alegria seja plena’. Se o amor do Pai vai até Jesus, Jesus nos ensina o caminho do amor: o coração aberto, amar sem medida, deixando de lado outros amores”.
“O grande amor por Ele – disse o Papa ao concluir a homilia – é permanecer neste amor”, onde está “a alegria”. E acrescentou que “o amor e a alegria são um dom”. Dons que devemos pedir ao Senhor.
“Pouco tempo atrás, um sacerdote foi nomeado bispo. Foi ver seu pai, seu velho pai, para dar-lhe a notícia. Este homem idoso, já aposentado, um homem humilde, que foi operário durante toda a sua vida, que não havia ido à universidade, mas que tinha a sabedoria da vida, deu apenas dois conselhos ao seu filho: ‘Obedece e dá alegria às pessoas’. Este homem tinha compreendido isto: obedece ao amor do Pai, sem outros amores, obedece a este dom, e depois, dá alegria às pessoas. E nós, os cristãos, leigos, sacerdotes, consagrados, bispos, devemos dar alegria às pessoas. Mas, por quê? Por isso. Devemos ir pelo caminho do amor, sem qualquer interesse, apenas pelo caminho do amor. A nossa missão é dar alegria às pessoas”.
Assim como pedimos na oração – terminou dizendo Francisco –, “que o Senhor guarde este dom de permanecer no amor de Jesus para poder dar alegria às pessoas”.
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Papa Francisco: “A missão cristã é dar alegria às pessoas” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU