Presidente do Comitê de Migração dos Bispos Americanos profundamente decepcionado com a decisão do governo de encerrar o programa CAM, que dava status de refugiados a menores centro-americanos

Foto: UNMISS | Flickr CC

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22 Agosto 2017

Dom Joe S. Vásquez, de Austin, Texas, presidente do Comitê de Migração da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos, declara oposição à decisão do governo de pôr fim ao programa de imigração de refugiados de Honduras, El Salvador e Guatemala que se candidatem à entrada nos EUA através do programa Menores Centro-Americanos (Central American Minors - CAM). Dom Vasquez, que atualmente está em El Salvador, afirma que a eliminação do programa coloca a vida de crianças vulneráveis em risco de danos ainda maiores.

A informação é publicada pelo sítio da Conferência dos Bispos dos EUA – USCCB, 21-08-2017. A tradução é de Luísa Flores Somavilla.

Segue a declaração completa do bispo:

"Eu e meus irmãos bispos estamos profundamente decepcionados com a decisão do governo de encerrar a importante possibilidade de imigração de refugiados do programa CAM. Ao encerrá-lo, o governo escolheu, desnecessariamente, cortar alternativas comprovadas e seguras à migração irregular e perigosa de crianças centro-americanas, inclusive aquelas previamente aprovadas que estão em seus países de origem aguardando para viajar. O papa Francisco pediu que protegêssemos as crianças migrantes, observando que "entre os migrantes, as crianças são o grupo mais vulnerável". Nós apoiamos o programa CAM, que incluía opções de imigração como refugiados, justamente por oferecer uma forma legal e organizada para que as crianças imigrem para os Estados Unidos e se reúnam com suas famílias. Acabar com o programa não promoverá segurança para essas crianças nem ajudará o governo a regular a migração.

Em El Salvador, vimos em primeira mão os problemas reais que essas crianças enfrentam. A Igreja, com sua presença global, conhece mais sobre essa violência e perseguição a cada dia, em abrigos para imigrantes e em centros de repatriação. Sabemos que as crianças devem ser protegidas. Eles devem poder permanecer nos países de origem e encontrar oportunidades, mas também devem poder sair e imigrar com segurança para encontrar proteção quando não houver outras alternativas. O programa CAM trouxe parte dessa solução - uma maneira legal de as crianças mais vulneráveis imigrarem".

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