Afresco de Michelangelo na Capela Sistina é racista, diz pesquisadora

Foto: Wikimedia Commons

Mais Lidos

  • Alessandra Korap (1985), mais conhecida como Alessandra Munduruku, a mais influente ativista indígena do Brasil, reclama da falta de disposição do presidente brasileiro Lula da Silva em ouvir.

    “O avanço do capitalismo está nos matando”. Entrevista com Alessandra Munduruku, liderança indígena por trás dos protestos na COP30

    LER MAIS
  • Dilexi Te: a crise da autorreferencialidade da Igreja e a opção pelos pobres. Artigo de Jung Mo Sung

    LER MAIS
  • Às leitoras e aos leitores

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

27 Fevereiro 2024

A pesquisadora estadunidense de análise crítica do discurso e professora da Universidade de Washington, Robin Jeanne DiAngelo, disse que a representação de Michelangelo de Deus na criação de Adão na Capela Sistina, pintada por volta de 1512, “é a convergência perfeita da supremacia branca e do patriarcado”.

A reportagem é de Edelberto Behs.

“A única imagem que uso para capturar a supremacia branca é a Capela Sistina de Michelangelo, Deus criando o homem, onde Deus está um uma nuvem e há todos esses anjos, e Ele está estendendo a mão e tocando – não sei quem é, Davi ou algo?” – disse DiAngeli em entrevista ao podcastNot Your Ordinary Parts”.

DiAngelo cunhou, em 2011, o termo “fragilidade branca” para descrever o que ela entende por reações defensivas que os brancos experimentam quando são colocados em situações quando precisam refletir sobre a raça.

No livro White Fragility: Why It’s So Hard for White People do Talk about Racism (Fragilidade branca: por que é tão difícil para os brancos falarem sobre racismo) a autora afirma que “uma identidade branca positiva é uma meta impossível. A identidade branca é inerente e racista; os brancos não existem fora do sistema de supremacia branca”.

White Fragility: Why It’s So Hard for White People do Talk about Racism, de Robin DiAngelo. (Foto: Divulgação)

Sobre a criação de Adão, pintada na capela Sistina, DiAngelo observou que Deus e os anjos icônicos no afresco de Michelangelo são todos brancos. “Essa é a convergência perfeita da supremacia branca e do patriarcado”, disse ela.

Leia mais