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“A Igreja muda”. As farpas do Papa aos reacionários

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31 Agosto 2023

"A doutrina não é um monólito e há um contínuo seguir em frente porque a sociedade solicita a teologia e os sacerdotes; a Igreja está aberta a todos, sem exclusões; quanto a mim" diz o Papa Francisco, "encontro frequentemente pessoas transexuais e mantenho com elas um diálogo aberto e respeitoso". Essas são as passagens mais fortes da conversa do Papa com os jesuítas portugueses, que ocorreu durante a Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa, e publicada na íntegra pela La Civiltà Cattolica.

A reportagem é de Fabrizio Mastrofini, publicado por l'Unità, 29-08-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

O Papa Francisco em todas as viagens que realiza encontra-se com os jesuítas locais e as conversas (por vezes muito longas) tornam-se uma oportunidade para conhecer mais de perto o seu pensamento. Desta vez o Papa fala claramente das críticas que recebe de uma parte significativa da Igreja estadunidense. E responde de forma decisiva: “Há uma atitude reacionária muito forte, organizada, que estrutura um sentido de pertencimento afetivo. Quero lembrar a essas pessoas que uma volta ao passado é inútil e é necessário compreender que existe uma justa evolução na compreensão das questões de fé e moral, desde que se sigam os três critérios que Vincenzo de Lérins já indicava no século V: que até mesmo a doutrina progride, consolida-se com o tempo, expande-se e consolida-se e torna-se mais firme, mas sempre progredindo”.

Aqui está o exemplo: “Hoje é pecado manter bombas atômicas; a pena de morte é pecado, não pode ser praticada e antes não era assim; quanto à escravidão, alguns Pontífices antes de mim a toleraram, mas hoje a situação é diferente. Então se muda, se muda, mas com esses critérios”.

Em vez disso, quando você se fecha e “vai para trás”, observa Bergoglio, “se perde a verdadeira tradição e se recorre a ideologias em busca de suporte e apoio de todos os tipos. Em outras palavras, a ideologia substitui a fé, a pertença a um setor da Igreja substitui a pertença à Igreja”.

Considerações que o papa liga estreitamente à memória do superior geral Pedro Arrupe. E aqui há um aspecto da evocação que deverá ser mantido presente pelos historiadores da Companhia de Jesus. O Papa Francisco, de fato, enquadra os anos do pós-Concílio (e de Arrupe) de uma forma precisa, para explicar quais são os riscos quando as mentalidades se enrijecem. O Papa Francisco afirma, dirigindo-me aos jesuítas portugueses e sobretudo ao jovem coirmão que lhe dirigiu a pergunta inicial sobre os EUA: "Arrupe (foi superior geral de 1965 a 1983, ndr) encontrou uma Companhia que havia, por assim dizer, estagnado. O superior geral Ledóchowski (de 1915 a 1942, Geral dos Jesuítas, ndr) redigiu o Epítome. Vocês jovens sabem o que é o Epítome? Nem de longe, nada sobrou do Epítome! Era uma seleção das Constituições e das Regras, tudo misturado. Mas Ledóchowski, que era muito organizado, com a mentalidade da época, disse: “Vou compilá-lo para que os jesuítas tenham uma compreensão clara de tudo o que devem fazer”. E enviou o primeiro exemplar a um abade beneditino de Roma, grande amigo seu, que respondeu com um bilhete: “Você, com isso, matou a Companhia”. Ou seja, formou-se a Companhia do Epítome, a Companhia que vivenciei no noviciado, também com grandes mestres, que foram de grande ajuda, mas alguns ensinavam coisas que fossilizaram a Companhia. Essa é a espiritualidade que Arrupe recebeu, e ele teve a coragem de colocá-la em movimento. Algumas coisas escaparam de suas mãos, como é inevitável, como a questão da análise marxista da realidade. Depois teve que esclarecer algumas coisas, mas ele foi um homem soube olhar para frente. E com que instrumentos Arrupe enfrentou a realidade? Com os Exercícios Espirituais. E em 1969 fundou o Centro Inaciano de Espiritualidade”.

Conclusão: “Esses grupos estadunidenses tão fechados estão se isolando por conta própria. E em vez de viver da doutrina, da verdadeira doutrina que sempre se desenvolve e dá frutos, vivem de ideologias. Mas quando na vida você abandona a doutrina para substituí-la por uma ideologia, você perde, perde como numa guerra”.

Depois a conversa continua para outros assuntos. A quem a Igreja deve se dirigir? - pergunta outro jesuíta. “A todos”, responde o Papa. E também aqui, para não correr o risco de mal-entendidos, ele se alonga, em referência ao mundo homossexual e transexual. “Em Roma conheço um sacerdote que trabalha com jovens homossexuais. É evidente que hoje o tema da homossexualidade é muito forte, e a sensibilidade nesse sentido muda de acordo com as circunstâncias históricas. Mas o que realmente não gosto, em geral, é que se olha para o chamado “pecado da carne” com a lupa, assim como foi feito por tanto tempo em relação ao sexto mandamento. Se você explorasse os trabalhadores, se você mentisse ou trapaceasse, isso não contava mas, ao contrário, eram relevantes os pecados abaixo da cintura". Explica ainda: “Para acompanhar as pessoas espiritual e pastoralmente é preciso muita sensibilidade e criatividade. Mas todos, todos, todos são chamados a viver na Igreja: nunca se esqueçam disso”. Uma pausa e em seguida mais uma reflexão e uma confidência do papa aos seus coirmãos jesuítas, a respeito de seus contatos com pessoas transexuais, iniciados graças a uma religiosa que se dedica ao grupo. Assim, já há algum tempo, na audiência geral das quartas-feiras “sempre vêm grupos de mulheres trans. Na primeira vez que vieram, choraram. Eu perguntei a elas o porquê. Uma dessas mulheres disse-me: “Nunca imaginei que o Papa pudesse me receber!”. Então, depois da primeira surpresa, tomaram o costume de vir. Algumas me escrevem e eu respondo por e-mail. Todos são convidados! Percebi que essas pessoas se sentem rejeitadas e isso é realmente difícil."

Ao longo da conversa, o Papa Francisco não esquece que é um homem de fé e um jesuíta. E por isso ele sempre insere referências à oração, à espiritualidade, ao método de reflexão (Exercícios Espirituais) iniciado por Santo Inácio de Loyola. E não se cansa de repetir aos jesuítas que a oração é a base de qualquer obra social e de apostolado. Nesse sentido volta a falar de Arrupe e do papel que ele teve na condução da Companhia de Jesus depois do Concílio, enfrentado a incompreensão de João Paulo II. “Na Tailândia dirigiu-se aos jesuítas que cuidavam de centros de refugiados. Sobre o que falou com eles? Sobre a oração. Para aquelas pessoas que estavam empenhadas no trabalho com os refugiados, falou sobre a oração. Ele sofreu um derrame na viagem de retorno, então aquele foi o seu testamento. Com a oração o jesuíta continua em frente, não tem medo de nada, porque sabe que o Senhor lhe inspirará no devido tempo o que deve fazer. Quando um jesuíta não ora, torna-se um jesuíta ressequido. Em Portugal diríamos que se torna ‘um bacalhau’”. Toda a conversa é temperada por lembranças e anedotas. Para alertar contra o risco de buscar a superficialidade, o “mundanismo”, as armadilhas do sexo virtual, o afã de se promover e chegar em primeiro lugar, a referência é à avó. “A minha avó, que era uma velha sábia, um dia nos disse: ‘É preciso progredir na vida’, comprar um terreno, os tijolos, a casa… Palavras claras, vindas da experiência do emigrante, também meu pai era um imigrante. ‘Mas não confunda progredir”, acrescentava a avó, ‘com subir. De fato, quem sobe, sobe, sobe e, em vez de ter uma casa, montar um negócio, trabalhar ou ganhar uma posição, quando está no topo a única coisa que mostra é o traseiro’. Isso é sabedoria." E não há dúvida de que toda a conversa dará novo fôlego àqueles que acusam Bergoglio de querer desmantelar a doutrina tradicional (seja lá o que ela for!)

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