01 Março 2023
O início da sessão plenária de primavera da Conferência Episcopal Alemã (Dbk), realizada ontem em Dresden, marcou a retomada do diálogo sobre a jornada sinodal alemã e o sínodo mundial dos bispos.
A reportagem foi publicada por SIR, 28-02-2023.
O núncio apostólico na Alemanha, D. Nikola Eterovic, explicou que a sinodalidade na Igreja é mais uma questão de espírito e estilo do que de estruturas, referindo-se a uma recente carta explicativa enviada em 16 de janeiro pelo Vaticano, na qual foi enfatizado que a Igreja Católica na Alemanha não estava autorizada a estabelecer um conselho sinodal como um corpo governante conjunto de leigos e clérigos, inclusive nas dioceses. “Em vez de fundar novas instituições com o risco de aumentar ainda mais a burocracia, é imperativo que os organismos diocesanos já existentes sejam reorganizados no espírito sinodal para reanimá-lo”.
Esta manhã, o cardeal Reinhard Marx, arcebispo de Munique-Freising, apelou a corajosos movimentos de pesquisa na Igreja. “Estes são tempos turbulentos com enormes desafios pela frente na Igreja e na sociedade. A questão central para muitas pessoas é: o que vem a seguir? Às vezes estamos perdidos, nosso coração dispara e nossas cabeças giram tentando encontrar um caminho”, disse o cardeal Marx em sua homilia na catedral de Dresden; e Marx pediu mais coragem no processo de reforma da Igreja Católica.
“Por que tanto medo? Por que tanta preocupação com o que está por vir?”, disse Marx em sua homilia, destacando como “talvez os movimentos de pesquisa sinodal que estamos vivendo atualmente na Alemanha e além sejam apenas o começo de um começo”, citando o teólogo Karl Rahner que assim definiu o Concílio Vaticano II.
Como parte de suas deliberações no plenário da primavera em Dresden até quinta-feira, os bispos alemães querem tentar, entre outras coisas, encontrar uma linha comum para a última assembleia sinodal do "Caminho Sinodal" em Frankfurt am Main, de 9 a 11 de março.
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