Mais de um terço de idosos sul-americanos não tem aposentadoria

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18 Janeiro 2023

Da população latino-americana e caribenha com mais de 65 anos de idade 34,5% não têm qualquer tipo de renda ou aposentadoria, mostra relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT). A situação de vulnerabilidade e insegurança econômica agravou-se depois do impacto da pandemia na região.

A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista. 

Na região, constatou o Panorama sobre a Proteção Social na América Latina e no Caribe, 46,8% dos adultos acima de 65 anos recebem apenas a aposentadoria, 51% têm renda do trabalho e da aposentadoria, e 13,6% declararam apenas renda proveniente do trabalho.

A pandemia, frisa a OIT, evidenciou a importância dos sistemas de proteção social como um conjunto de políticas e programas que garantam uma cobertura integral contra os diferentes riscos ao longo da vida. Outros fatores são a alta informalidade, as rupturas na organização da produção e do trabalho, o envelhecimento da população, além das incidências de desastres naturais.

Os sistemas de proteção, aponta a organização, estão relacionados à uma “tríade de objetivos”: cobertura, adequação e sustentabilidade. A OIT lista dez desafios para a consolidação social da população idosa na América Latina e no Caribe, entre elas: aumento do emprego formal, atualização do valor dos benefícios, proteção contra riscos à saúde da população idosa independente de sua condição de renda.

No Brasil, pessoas com 60 anos ou mais somam 14,7% da população do país – 31,23 milhões de pessoas em números absolutos, segundo pesquisa por amostra do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada em julho passado. Em nove anos, quando teve início a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), o número de idosos residentes no Brasil registrou um aumento de 39,8%.

Dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do governo passado informaram que pessoas idosas acima de 60 anos de idade viviam, em 2020, com renda mensal de até dois salários-mínimos. Cresceu de 5,8% para 9,2% entre 2001 e 2015, o pecentual de pessoas idosas que eram referência na família.

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