Papa Francisco: ‘Da civilização do confronto... à sombra da Terceira Guerra Mundial’

Foto: liuzishan | Freepik

Mais Lidos

  • Alessandra Korap (1985), mais conhecida como Alessandra Munduruku, a mais influente ativista indígena do Brasil, reclama da falta de disposição do presidente brasileiro Lula da Silva em ouvir.

    “O avanço do capitalismo está nos matando”. Entrevista com Alessandra Munduruku, liderança indígena por trás dos protestos na COP30

    LER MAIS
  • Dilexi Te: a crise da autorreferencialidade da Igreja e a opção pelos pobres. Artigo de Jung Mo Sung

    LER MAIS
  • Às leitoras e aos leitores

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

16 Novembro 2022

"Estamos vivendo a civilização do conflito. É mais fácil dizer ‘eu sou contra isso, contra aquilo, contra aquele outro’, do que dizer ‘eu estou com’", refletiu o Papa Francisco em discurso à Federação das Organizações Cristãs para o Serviço Internacional e Voluntário – FOCSIV, 14-11-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

Confira trechos do discurso.

A sombra de uma terceira guerra mundial paira sobre o destino de nações inteiras, com consequências terríveis para as pessoas. Penso, em particular, nos idosos, nas mulheres, nas crianças. Que futuro estamos construindo para as novas gerações? É uma pergunta que deve sempre acompanhar as decisões em nível internacional. Hoje, portanto, ouvindo o grito de tantos sem voz a que as vossas Organizações estão próximos, gostaria de refletir junto com vocês sobre três objetivos que dizem respeito a todos.

(...)

Estamos vivendo uma civilização do confronto. As guerras são um grande confronto e hoje ninguém duvida que vivemos a terceira guerra mundial: em um século, um confronto após o outro, um após o outro… E nunca aprendemos, em nível mundial, mas também em nível pessoal Quantas vezes as decisões são tomadas com base no confronto: ‘Quem é você?’ – ‘Não, não sei quem sou, mas sou contra isso e contra aquilo’. A própria identidade é ser-contra, confrontar-se. Mas o caminho que vocês propõem, que vocês vivem, e que é uma verdadeira proposta cristã é o encontro para resolver, para sanar o conflito. Estamos vivendo a civilização do conflito. É mais fácil dizer ‘eu sou contra isso, contra aquilo, contra aquele outro’, do que dizer ‘eu estou com’. Isso nos custa mais esforço.

Leia mais