Na sexta-feira, 24 de junho, no Bundestag, serão discutidas em primeira leitura três moções de grupos mistos sobre a nova regulamentação legal da assistência ao suicídio. Nessa ocasião, o presidente da Comissão de Fé da Conferência Episcopal Alemã (DBK), Mons. Franz-Josef Overbeck, bispo de Essen, e presidente da Comissão de Caridade do DBK, o arcebispo de Freiburg, Mons. Stephan Burger expressaram que “por ocasião das atuais deliberações sobre demandas coletivas no Bundestag alemão, pensamos que, ao mesmo tempo, por lei, deveria ser dada prioridade às ofertas de prevenção ao suicídio, unidades de cuidado e cuidados paliativos. As pessoas em nosso país precisam saber que estão em boas mãos em nosso sistema de saúde e assistência. O suicídio não deve se tornar apenas uma opção entre outras para o final da vida”.

A reportagem é publicada por Agenzia SIR, 22-06-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

Para Overbeck e Burger “nesta decisão, o Tribunal Constitucional Federal não apenas ressaltou o direito à autodeterminação na morte, que inclui também a liberdade de tirar a própria vida e de usufruir da assistência oferecida por terceiros. Mas, ao mesmo tempo, salientou a importância da proteção da vida constitucionalmente exigida e salientou que os requisitos mínimos devem ser atendidos, a serem especificados com mais detalhes para que se possa presumir que a decisão de se suicidar seja baseada em uma forma autônoma, com livre arbítrio. E afirmou ainda que o legislador pode tomar precauções”.

A prática pastoral no trato com pessoas com tendências suicidas ou que cometeram suicídio mudou significativamente em relação aos anos anteriores, também à luz dos resultados de pesquisas recentes sobre suicídio: "O suicídio foi retirado do tabu, o desejo de morrer ou não querer continuar a viver 'assim' é levado muito a sério. Tanto na pesquisa quanto na prática, ficou demonstrado o importante papel que desempenham uma boa prevenção ao suicídio e um clima geral aberto à vida”.

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