O cardeal Gerhard Müller ataca Gates e Soros por usarem da covid para impor “controle total”

Cardeal Gerhard Müller (Foto: Presse.Nordelbien | Wikimedia Commons)

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15 Dezembro 2021

 

Um cardeal alemão causou polêmica por reclamar que a pandemia de coronavírus está sendo usada por pessoas como George Soros e Bill Gates para criar um “estado de vigilância global”.

 

A reportagem é publicada por RT, 14-12-2021. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

 

A pandemia de covid-19 tem espalho “caos” e “tumulto” não penas pela “falta de conhecimento” sobre a transmissibilidade e perigo do vírus, mas pela vontade dos bilionários em “aproveitar uma oportunidade para colocar as pessoas na linha”. Isso é o que disse o cardeal Gerhard Ludwig Müller, ex-prefeito da Doutrina da Fé, em entrevista ao Instituto São Bonifácio, da Áustria, na última semana.

As elites financeiras mundiais agora estão usando a pandemia e as medidas tomadas pelos governos para combater a propagação do vírus para submeter as pessoas ao “controle total” e estabelecer um “estado de vigilância global”, acrescentou ele. O Instituto publicou um vídeo mostrando uma pequena parte da entrevista, e o cardeal confirmou à agência de notícias alemã Deutsche Presse-Agentur - dpa que a filmagem é genuína.

“As pessoas que ocupam o trono de sua riqueza” veem uma “oportunidade de avançar com sua agenda”, disse o cardeal, nomeando o cofundador da Microsoft, Bill Gates, o bilionário George Soros e o chefe do Fórum Econômico de Davos, Klaus Schwab, entre aqueles por trás do suposto esquema de controle global.

O cardeal então acusou as elites financeiras globais de uma tentativa forjar “um novo homem” criado “à sua imagem e semelhança”, acrescentando que ele não desejaria tal destino para si mesmo. “Isso não tem nada a ver com democracia”, disse o bispo emérito de Regensburg, que já chefiou a Congregação para a Doutrina da Fé.

As declarações do cardeal, que só recentemente vieram à tona, geraram uma onda de críticas dos meios de comunicação alemães, que rapidamente rotularam suas palavras de “teorias da conspiração”.

Alguns especialistas convidados pela revista alemã Der Spiegel e outros meios de comunicação disseram que suas palavras podem ser interpretadas como uma comparação entre as ações do governo moderno e as dos nazistas, cujos crimes são assim “minimizados”. Eles também disseram que uma mera menção a Soros em tal contexto pode ser vista como anti-semita.

O Vaticano não comentou as declarações de Müller. A Conferência Episcopal Alemã inicialmente apenas apontou para o seu apelo às pessoas para serem vacinadas. Mais tarde, o porta-voz da conferência, Matthias Kopp, disse no Twitter que ficou surpreso com as palavras de Müller e acrescentou que o cardeal aparentemente fez tais declarações “como uma pessoa privada”.

O próprio Müller disse à dpa por e-mail que rejeita a lógica segundo a qual qualquer pessoa que “critique a elite financeira... está automaticamente do lado errado”. Ele também apontou mais uma vez para a “influência ilegítima” exercida pelas “elites bilionárias em vários países”.

 

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