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Paulo em Gálatas: Que tipo de fé liberta?

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16 Julho 2021


"Na Carta aos Gálatas, Paulo está em sintonia com a fina flor da experiência bíblica segundo a qual 'Deus não faz acepção de pessoas' (Gl 2,6; At 10,34), não discrimina ninguém, ama a todos/as independente de classe, etnia, gênero ou orientação sexual. Todas as pessoas são imagem e semelhança de Deus (Gn 1,26-27) e todas as criaturas – seres vivos – são 'muito boas' (Gn 1,31), ou seja, são sagradas, a luz e a força divina permeiam e perpassam toda a realidade", escreve o frei Gilvander Moreira.

Gilvander Moreira é frei e padre da Ordem dos carmelitas; doutor em Educação pela FAE/UFMG; licenciado e bacharel em Filosofia pela UFPR; bacharel em Teologia pelo ITESP/SP; mestre em Exegese Bíblica pelo Pontifício Instituto Bíblico, em Roma, Itália; agente e assessor da CPT/MG, assessor do CEBI e Ocupações Urbanas; prof. de Teologia bíblica no SAB (Serviço de Animação Bíblica), em Belo Horizonte, MG.

 

Eis o artigo.

 

Em setembro de 2021, nos 50 anos do mês da Bíblia, refletiremos a partir da Carta do apóstolo Paulo aos Gálatas, escrita em meados da década de 50 do 1º século da era cristã. Que tipo de fé Paulo defende com intrepidez? O que ele refuta como falso evangelho? Paulo é elo vivo de um movimento comunitário de resistência aos ataques de “falsos irmãos” que estão deturpando o Evangelho de Jesus Cristo, no meio das primeiras comunidades cristãs na periferia do violentador e superexplorador Império Romano. Diz Paulo: “Eu e todos os irmãos que estão comigo” (Gl 1,2) são os autores da Carta aos Gálatas. Segundo Paulo, Jesus não quis nos tirar do mundo, mas “do mundo mau” (Gl 1,4), ou seja, de um mundo com relações sociais escravocratas e alienadoras. Paulo abomina a ideia de “vários evangelhos” (Gl 1,6-7), como se fosse possível moldar o Evangelho de Jesus Cristo segundo interesses de classe e domesticá-lo para justificar posturas hipócritas e cúmplices de relações de opressão. As comunidades cristãs não podem se reduzir a um grande guarda-chuva que abriga “gregos e troianos”, opressores e oprimidos, cada um/a com o tipo de religiosidade que lhe agrada. Esse relativismo é fulminado e execrado pelo apóstolo Paulo. De forma enfática, ele afirma: ‘Não existe outro Evangelho” (Gl 1,7), além do de Jesus Cristo, revelado a ele nas entranhas das relações humanas conflituosas (Gl 1,12). “Maldito quem anunciar a vocês um evangelho diferente do que anunciamos” (Gl 1,8-9). Paulo faz perguntas inquietantes: “Busco aprovação dos homens ou de Deus? Procuro agradar aos homens?” (Gl 1,10). É claro que aqui Paulo não se refere a todo e qualquer homem, toda e qualquer pessoa humana, mas certamente não busca a aprovação dos homens de poder, dos que sustentam e reproduzem relações sociais escravocratas. Paulo também não aceita adocicar o Evangelho de Jesus Cristo para “agradar aos homens”, seja os que estão no poder, seja o povão alienado e escravizado.

Paulo não abre mão da verdade, porque sabe que a verdade dói, mas liberta. “Será que me tornei inimigo, só porque lhes disse a verdade?” (Gl 4,16). “Quem foi que colocou obstáculo para que vocês não obedeçam mais à verdade?” (Gl 5,7). Lamentavelmente, muitas pessoas para manter as amizades aparentes preferem não dizer a verdade que precisa ser dita, fazem ‘política da boa vizinhança’, se omitem e se tornam cúmplices ao não refutar mentiras/fake news, se precavendo para não melindrar relações de amizade hipócrita. Paulo não se pauta por esse caminho cômodo, mas estúpido e reprodutor de mentiras que corroem as relações sociais deixando imperar mentiras. Paulo é autêntico e exige autenticidade nas relações humanas como condição sine qua non para se colocar em prática o Evangelho de Jesus Cristo.

O apóstolo Paulo se entende como “servo de Cristo” (Gl 1,10), que é servo de Deus. Mas como Jesus Cristo se tornou servo de Deus? Diz certo tipo de senso comum que Jesus Cristo é servo de Deus, porque ‘morreu por nossos pecados para nos salvar’. Há pessoas ingênuas que exclamam: “Que bom que Jesus morreu para nos salvar!” Como compreender esta afirmação? Temos que fazer algumas perguntas interpelantes: Como é possível que Deus aceite uma vítima no lugar de outro transgressor? É justo um transgredir e outro ser punido? Como é possível que Deus possa aceitar os sacrifícios enquanto tais e justificar relações humanas que ferem a aliança com Deus? Admitir que em um rito está o poder de substituir uma relação humana real contribui para quê? Admitir isso não seria ‘dar um jeitinho’ para driblar a eventual ira de Deus? Não seria tentar barganhar com Deus para se salvar? O Deus no qual acreditamos, Deus solidário e libertador, Deus da Vida e da Liberdade de todos/as não é sádico e nem masoquista. Mas Jesus ter doado sua vida por nós não substitui a necessidade de doarmos nossa vida, como fez o mestre galileu. Pelo fato de ter morrido na cruz, Jesus não tira automaticamente nossos pecados. Jesus se faz solidário aos/às sofredores/as e injustiçados/as para nos indicar o caminho a ser trilhado rumo à humanização, vocação de todos/as. Quanto mais nos humanizarmos, mais estaremos caminhando rumo à libertação/salvação.

O apóstolo Paulo percebe que a questão de impor a circuncisão aos não-judeus e o respeito à Lei judaica não se reduz apenas à questão de observância da tradição, mas que o atrelamento às questões da tradição judaica era meio de continuar garantindo a escravização do povo, roubando-lhe as condições materiais objetivas que viabilizam a liberdade.

Na Carta aos Gálatas, Paulo está em sintonia com a fina flor da experiência bíblica segundo a qual “Deus não faz acepção de pessoas” (Gl 2,6; At 10,34), não discrimina ninguém, ama a todos/as independente de classe, etnia, gênero ou orientação sexual. Todas as pessoas são imagem e semelhança de Deus (Gn 1,26-27) e todas as criaturas – seres vivos – são “muito boas” (Gn 1,31), ou seja, são sagradas, a luz e a força divina permeiam e perpassam toda a realidade. O autor de Atos dos Apóstolos diz: “Deus não faz distinção entre as pessoas. Deus aceita quem pratica a justiça, independente do povo a que pertence” (At 10,34-35). Segundo Atos dos Apóstolos, Pedro, passando fome no meio dos impuros – Simão, em missão fora de Jerusalém, estava na casa de outro Simão, um curtidor de couro (At 10,43), profissão mais impura de todas – faz a experiência por meio de uma visão de que para Deus não há nada impuro. “Não chame de impuro o que Deus purificou” (At 10,15), isto é, tudo é sagrado: o profano, principalmente. Em algum momento da sua vida, o apóstolo Pedro deve ter vivido esta experiência que o fez se libertar das amarras do judaísmo enrijecido, tanto é que terminou martirizado, segundo a tradição da igreja, como Jesus, Paulo, Tiago, Estevão, Antipas e muitos outros cristãos da primeira hora. Entretanto, historicamente é mais provável que o apóstolo Paulo, na década de 50 do século I, tenha vivenciado esta experiência antes de Pedro.

Portanto, o apóstolo Paulo, na Carta aos Gálatas, defende com intransigência o verdadeiro e libertador Evangelho de Jesus Cristo diante dos ataques de “falsos irmãos”, que, mesmo integrando as comunidades cristãs, estão solapando o seu sentido libertador, como, aliás, fazem muitos falsos líderes religiosos atualmente ao espiritualizar a fé cristã, ao amputar a dimensão social do Evangelho de Jesus Cristo e ao reduzir a fé cristã a autoajuda, a posturas moralistas e blablá para tentar justificar posturas opressoras e discriminatórias. Logo, ter fé é importante, mas desde que não seja fé alienadora.

 

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