Terceira Semana do Advento – Meditações diárias com a Laudato Si’. Terça-feira, 17 de dezembro: Um novo diálogo

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17 Dezembro 2019

National Catholic Reporter está compartilhando as reflexões sobre o Advento inspiradas em Laudato Si’ – Sobre o Cuidado da Casa Comum, do seu ex-editor Arthur Jones. Estas reflexões foram originalmente publicadas em 2015 pela Comunidade Paroquial St. Vincent de Paul, em Baltimore, no estado americano de MarylandJones deseja reconhecer a inspiração das invocações celtas da obra Carmina Gadelica, de Alexander Carmichael.

A reflexão do dia 17 de dezembro é publicada por National Catholic Reporter, 15-12-2019. A tradução é de Isaque Gomes Correa

 

Terça-feira, 17 de dezembro: Um novo diálogo

O Papa Francisco quer a “política e economia em diálogo para a plenitude humana”. Basta olharmos para a nossa própria política nacional e para as inúmeras abordagens da nossa – confortável para os padrões mundiais – vida econômica para percebermos a dificuldade que será a criação deste diálogo.

Esse novo diálogo fica mais difícil ainda quando sabemos que a ecologia integral exige que tenhamos, em primeiro plano, não só a resposta de Jesus à pergunta “quem é o meu próximo?”, mas também a resposta de Francisco: “O que é o meu próximo?

“Pensando no bem comum”, escreve o papa, “hoje precisamos imperiosamente que a política e a economia, em diálogo, se coloquem decididamente ao serviço da vida”.

Olhando para o estado do diálogo sobre o bem comum em nosso país, algo assim soa como uma esperança piedosa. Não para Francisco: diante de sua bandeira ele segura imagens de um desastre. Ele está no topo de sua própria montanha e é isso o que aí enxerga. E continua:

“A salvação dos bancos a todo o custo, fazendo pagar o preço à população, sem a firme decisão de rever e reformar o sistema inteiro, reafirma um domínio absoluto da finança que não tem futuro e só poderá gerar novas crises depois duma longa, custosa e aparente cura. (A resposta à crise financeira de 2007 e 2008 não incluiu) uma reação que fizesse repensar os critérios obsoletos que continuam a governar o mundo. (…)

Sempre se deve recordar que ‘a proteção ambiental não pode ser assegurada somente com base no cálculo financeiro de custos e benefícios’ (referenciando o Compêndio da Doutrina Social da Igreja). Mais uma vez repito que convém evitar uma concepção mágica do mercado, que tende a pensar que os problemas se resolvem apenas com o crescimento dos lucros das empresas ou dos indivíduos”.

Devemos rejeitar as concepções mágicas dos países ocidentais, desenvolvidos. Rejeitá-las especialmente quando os que se opõem a estas concepções mágicas são acusados de se pôr “irracionalmente” no caminho do progresso. Querido Deus, isso é pedir demais, sabendo como funcionam o nosso país e o mundo. Onde encontramos uma abertura? Onde vou, o que faço para estar junto com o Papa Francisco?

Ó Deus, permita que eu cultive as virtudes ecológicas. 

 

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