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30 Setembro 2019

"Há uma novidade desse cântico também em relação aos cânticos bíblicos que louvavam e abençoavam a Deus: Francisco enfatiza a conexão cósmica da fraternidade e da sororidade".

O comentário é de Enzo Bianchi, monge italiano, fundador da Comunidade de Bose, Itália, em artigo publicado por Robinson, 28-09-2019. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Há anos gosto de repetir que há um mandamento não expresso nas tábuas das dez palavras de Moisés (cf. Ex 20,1-21; Dt 5,1- 22) mas que poderia ser deduzido de cada uma delas, constituindo uma espécie de fio condutor: "Ame a terra como a si mesmo". Em nossos dias, cada vez mais pessoas estão convencidas da urgência agora irrenunciável (aliás, já estamos atrasados!), de uma ética da terra que afirme a responsabilidade humana diante do meio ambiente, aquilo que a tradição cristã chama de criação: ética que, antes de tudo, requer uma consciência ecológica vigilante e pronta para assumir os deveres relativos aos cuidados e à cura da nossa casa comum. Não é uma questão de divinizar a natureza, mãe Gaia tornando-a um mito ou uma realidade intocável; ao contrário, trata-se de acolher e afirmar o vínculo que jamais pode ser rompido entre nós, humanos, e o cosmos.

O cristianismo tem sido frequentemente acusado de insensibilidade com os problemas ecológicos e de ter interpretado o mandamento bíblico: "enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra" (Gênesis 1, 28) - como exploração sem limites. Na realidade, na Bíblia sempre é afirmada uma harmonia, uma relação amorosa e nupcial entre a humanidade e a terra.

No Evangelho, então, nos é dada a narração de Jesus de Nazaré como "pastor da natureza", em constante relação com todas as criaturas: as espigas de trigo, as flores dos campos, os brotos dos figos, as vinhas, os pássaros ... por eles, nutre profunda atenção, respeito, assombro, tirando exemplo e ensinamento. A vida de Jesus é um testemunho de como deveria ser a nossa relação com a natureza: não uma atitude de consumo, mas de aceitação da dádiva, não uma rapina, mas um compartilhamento, não uma obra de enfeamento, mas de beleza e de transfiguração. Nenhum panteísmo, nenhuma proclamação de que tudo é Deus, mas uma visão "pan-in-teísta" que saiba ver que "Deus está presente em tudo", em toda a humanidade e em todas as coisas, como escreve o apóstolo Paulo. Doze séculos depois de Jesus, Francisco de Assis, o "muito parecido com Cristo", no final de sua vida terrena soube elevar a Deus o famoso Cântico das Criaturas (ou Cântico do Frei Sol). Um louvor dirigido a Deus, um poético tributo de agradecimento a todas as criaturas, reconhecidas por Francisco como irmãos e irmãs: o sol, a lua, as estrelas, o vento, o ar, o céu, a água, o fogo, irmã e mãe terra, até o louvor por "nossa irmã a morte corporal".

Há uma novidade desse cântico também em relação aos cânticos bíblicos que louvavam e abençoavam a Deus: Francisco enfatiza a conexão cósmica da fraternidade e da sororidade. Numa época em que o papa Inocêncio III escrevia um livro Sobre o desprezo pelo mundo, reiterando a concepção negativa do mundo e da natureza, enquanto os Cátaros pregavam que a natureza era o selo do Demiurgo Maléfico, Francisco celebra a bondade de Deus criador a partir de mundo material. Tudo o que existe é bom: se não fosse bom, Deus não o teria criado e cada criatura, animada ou inanimada, inteligente ou tola, deve ser respeitada e honrada. Gosto de me deter pelo menos em um verso desta obra-prima: "Louvado sejas, ó meu Senhor, pela nossa irmã a mãe Terra, que nos sustenta e governa, e produz variados frutos, com flores coloridas e ervas". A terra é chamada irmã e mãe, porque nós, seres humanos de acordo com a Bíblia, somos "pó da terra", tirados da terra (adam da adamah: cf. Gn 2,7), que é criatura como nós, portanto irmã. Tirados da terra, à terra voltamos (cf. Gn 3:19), acolhidos de volta em suas entranhas. Então essa terra nunca poderá ser "minha" ou "tua", mas sempre e somente nossa, de todos nós, humanos!

Francisco, fiel discípulo de Jesus, canta-a como mãe que nos dá alimento como sustento, os frutos, mas também as flores tão gratuitas que, com sua beleza, vivem ao lado ou no meio das espigas do trigo necessário para o pão. É sobre essa terra que Francisco, agonizante, desejava ser estendido nu, para morrer em contato e comunhão com ela, vivendo assim seu louvor também pela irmã morte. Em nossos dias, outro Francisco, o Papa, na encíclica chamada Laudato si' (2015) em homenagem ao Santo de Assis, nos entrega um elevado magistério ecológico, fruto da revelação bíblica, da escuta das instâncias éticas e sociais mais maduras e sua sensibilidade pessoal. Nela fala assim do autor do Cântico das Criaturas: "Francisco é o exemplo por excelência de uma ecologia integral, vivida com alegria e autenticidade (...) Toda vez que Francisco olhava para o sol, a lua, os animais menores, a sua reação era cantar, envolvendo em seu louvor todas as outras criaturas”. Ele era um homem verdadeiro, portanto, capaz de viver sobre e junto a essa terra! Da encíclica emerge o "Evangelho da criação", a boa e bela notícia que nasce da criação. Assim aparece a pergunta decisiva para cada pessoa e para a comunidade humana: nós, responsáveis ​​pela nossa mãe terra, ainda deixamos que ela se expresse? Sabemos fazer de nossas vidas um eco de sua beleza? Se é verdade que, como escreve Paulo de Tarso, "no cosmos nenhuma voz é sem sentido" (1 Cor 14,10), sabemos como nos tornar voz de cada criatura?

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