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27 Setembro 2018

Após o importante acordo assinado nos últimos dias entre a Santa Sé e a China, na manhã dessa quarta-feira, 26, o Papa Francisco, na Praça de São Pedro, na sua primeira audiência depois da viagem apostólica aos Países Bálticos e depois de ter falado na noite anterior, durante o voo de volta com os jornalistas, lançou um apelo diretamente aos católicos chineses, em que desejou “que, na China, se possa abrir uma nova fase, que ajude a sanar as feridas do passado, a restabelecer e a manter a plena comunhão de todos os católicos chineses e a assumir com um renovado compromisso o anúncio do Evangelho”.

A reportagem é de Francesco Gnagni Porpora, publicada por Formiche, 26-09-2018. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Esse chamado, depois, precedeu a mensagem que o próprio pontífice enviou aos católicos chineses e à Igreja universal. Um longo texto em que Francisco aborda inúmeras questões do histórico acordo e que se conclui com uma invocação à Virgem Maria.

Sobre isso, o sítio Formiche.net falou com o sinólogo Francesco Sisci, ensaísta, colunista, pesquisador da China’s People’s University e especialista em questões vaticanas e chinesas, que, em 2016, fez a primeira entrevista com o Papa Francisco justamente sobre a China e o povo chinês.

Eis a entrevista.

Nessa quarta-feira, o papa publicou uma longa carta aos católicos chineses. Quais são os pontos mais relevantes, na sua opinião, tanto da mensagem publicada quanto do acordo?

Essa mensagem me parece não apenas dirigida aos católicos, mas também à China em geral. Os dois aspectos são importantes, caso contrário, se falarmos apenas dos católicos chineses, parece que o governo da China é outra entidade, mas, na carta, estão presentes os dois elementos. Ele disse que os católicos chineses entenderão o acordo, que foi a reação dos primeiros dias: não houve grandes protestos nem vestes rasgadas. Fora da China, houve vozes contrárias, mas não na China.

Houve, por exemplo, esse bispo de Qiqihar, no nordeste da China, Wei Jingyin, considerado o chefe dos bispos “antigoverno” e não oficialmente reconhecido por Pequim, que concedeu uma entrevista a Gianni Valente, em que se disse favorável ao acordo. Portanto, um ponto importante. O outro ponto ainda mais significativo para a China é que ele disse estar convencido da confiança que se estabeleceu ao longo desses longos anos, que é a base da relação. Ele citou o De Amicitia, traduzido em chinês. Esse pequeno tratado foi uma coisa extremamente importante na China, porque a relação pessoal é a base de tudo. Matteo Ricci encontrava, nos clássicos ocidentais, referências de apoio para esse espírito chinês. O papa, citando-o, diz que essa é a base sobre a qual seguiremos em frente.

O papa falou de uma relação muito antiga entre cristianismo e China.

Houve um presente de Xi Jinping, em agosto de 2016, ao papa, uma cópia da Estela de Xian, do século VI d.C., testemunho da primeira chegada do cristianismo, com os nestorianos, à China. O cristianismo chegou em várias ondas. Xi Jinping queria dizer ao papa que a relação da China com o cristianismo é antiga, e o papa retomou esse tema, dizendo que não é uma coisa de hoje, mas de pelo menos 15 séculos.

O que você responde a quem defende que Pequim não respeitará a liberdade religiosa, já que, no país, quase nada é linear.

Quem viver, verá. Veremos. É um acordo, não é uma sentença do tribunal. Se as coisas derem errado, o Vaticano se retirará. Mas dizer que não podemos fazer nada porque amanhã talvez chova... É melhor sair e levar o guarda-chuva.

Se Abraão tivesse pedido condições sociais e políticas, ele nunca teria partido, escreveu Francisco.

Essa tese foi um dos motivos pelos quais se seguiu em frente durante tantos anos, dizendo que não se pode confiar. Tentemos: se algo de errado ocorrer, isso não continuará para sempre. Se ocorrer, a Igreja o denunciará, e todos saberemos disso.

O papa invoca, em nível local, um diálogo franco e uma escuta sem preconceitos que permita superar atitudes recíprocas de hostilidade. Será possível?

Existem duas ordens de problemas entre a Santa Sé, os católicos e a China. Um em nível central, e é o dos sistemas mais altos. Uma vez fixado, porém, é fácil. Mas os problemas mais candentes estão em nível local. O sacerdote que não se encontra com o funcionário local, o bispo que odeia o chefe do distrito. Todos esses problemas, que existem em centenas de dioceses e em milhares de paróquias, são uma coisa que se multiplica, e é aí que estão os verdadeiros problemas. E é aí que é preciso encontrá-los. De algum modo, os representantes do clero devem dialogar muito mais proveitosamente com os funcionários locais e vice-versa.

Na linguagem do papa, é o início de um processo em que não basta a assinatura, mas é preciso compromisso, testemunho...

Dia a dia, de milhares de católicos na China, que têm que começar a dialogar com milhares de funcionários chineses, de maneira nova uns com os outros. A verdade é que, na grande maioria dos casos, está tudo bem e não há problemas. Mas há também algumas dezenas de casos problemáticos. Mas também na Itália. Eu vi hoje na televisão um padre que fazia rituais vodus na Igreja, na Itália. Ou quem se inclinam diante dos chefes da máfia. São os problemas dos padres nas realidades locais. Eles existem na Itália, país em que pertencemos à Igreja, imagine na China.

Em relação à questão das nomeações, o papa atribuiu à pretensão do passado “de determinar também a vida interna das comunidades católicas, impondo o controle direto para além das legítimas competências do Estado”, o aparecimento “na Igreja da China do fenômeno da clandestinidade”.

O problema é que o Estado não deve interferir na Igreja. Ali, isso significa que, com esse acordo, não deveriam existir mais as condições para a clandestinidade.

As vozes críticas, por sua vez, dizem que os católicos deveriam aceitar confiadamente um acordo do qual não se sabe nada.

A verdade é que a maioria dos acordos que o Vaticano assina com os vários Estados são, parcial ou totalmente, secretos. O pacto é tudo. A Igreja nunca pediu que os católicos votem em uma decisão do papa. Você já ouviu falar de um pároco na paróquia que tenha pedido aos fiéis que votem se um certo preceito do papa está certo ou não?

Talvez, com a reforma do Sínodo ...

Olhemo-nos nos olhos. Com a reforma do Sínodo, pede-se uma maior participação dos fiéis. São todas críticas que vêm de fora da China. Na China, ninguém se lamenta ou, melhor, todos estão contentes. Mas não lhe parece estranho que as vozes de protesto vêm todas de fora da China? Isso demonstra que, talvez, fora da China, eles não conhecem bem a realidade da Igreja chinesa, que realmente não conhecem, ou não querem conhecer, a realidade da Igreja chinesa. E que, talvez, eles se opõem a esse acordo pelos seus motivos legítimos, mas que têm pouco ou nada a ver com a Igreja. Na China, pelo menos por enquanto, não existem esses protestos.

Sobre o caso da “famosa carta do ex-núncio”, o papa disse ter recebido escritos de solidariedade dos fiéis de ambas as Igrejas chinesas, assinadas pelos bispos. Ele chamou isso de sinal de Deus. De uma crise, nasceu uma oportunidade, como se diz na antiga sabedoria chinesa.

A carta dos bispos é uma coisa muito importante e muito bonita, e o primeiro signatário é esse bispo Wei Jingyin, de Qiqihar.

Em relação à carta de Ratzinger em 2007, há uma evolução? E, se sim, de que tipo?

Eu acredito que há uma profunda continuidade.

Francisco disse que o acordo foi da sua vontade. Uma bela responsabilidade que um chefe da Igreja quis assumir.

Ele fez isso porque é verdadeiramente um santo. Mas, para esse acordo, três papas, João Paulo II, Bento XVI e Francisco, tinham trabalhado com os pés no chão. Não é que o Papa Francisco tenha saído do sulco, mas certamente o impulso final veio dele. Por outro lado, é preciso estar em dois para o tango. Nós nos concentramos no papa, mas a realidade é que esse acordo foi feito ontem não porque Francisco cedeu mais em comparação com os anteriores, mas porque o presidente chinês Xi definiu a questão em termos muito diferentes e muito mais inovadores do que os seus antecessores, e deu um impulso para chegar à normalização. Esse é o ponto. Isso não significa diminuir o papa, mas sim levantar um ponto: por que hoje e não antes? Porque Xi Jinping fez mais. Se tivéssemos que dar um mérito, não deveríamos esquecer que pelo menos 50%, talvez 51% se devem a Xi Jinping.

Por que ele fez isso hoje?

Porque, ao contrário do passado, Xi se deu conta do poder suave (soft power), da enorme influência da Igreja. A China não pode deixar de ter relações com uma superpotência de influência do mundo como a Santa Sé. O que leva a uma abordagem diferente e, portanto, a uma maior concessão por parte da China. A Santa Sé tem a sua influência global, enorme. Se a China quer ser uma grande potência, não pode ignorar a Igreja. Se quiser ter uma relação com a ONU, com os Estados Unidos e com outras organizações, não pode ignorar a Igreja Católica.

Veja o vídeo em inglês, com legenda em português, realização da revista America, sobre a Igreja na China:

 

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