A linha que falta na Declaração de Bruxelas

Refugiados na Estação Ferroviária Oeste de Viena | Foto: Bwag/ Wikimedia Commons

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02 Julho 2018

Todos nós sabemos isso, "os estados não se sustentam com pai-nossos". Cosme de Médici tinha suas boas razões. O mons. Marcinkus que pensava ser muito moderno também dizia que a igreja não "se governa com aves-maria". Talvez algumas orações a mais e cartas de garantia a menos, não teriam causado mal nenhum ao IOR.

O comentário é expresso por Lucio Brunelli, diretamente do Mediterrâneo, ao largo da costa da Líbia, e publicado por Ecclesia - Inblu rádio, 29-06-2018. A tradução é de Luisa Rabolini.

Mas nós estávamos falando dos estados. E nesse âmbito - quando pensamos sobre o fenômeno migratório - realmente não bastam os pai-nossos. E nem mesmo é possível impor a bondade por decreto aos próprios cidadãos. É preciso ser concretos. E, em Bruxelas, foram concretos. Convencer algum estado fora da UE a criar prisões para os migrantes. Restringir ou bloquear completamente a ação das equipes de resgate não-governamentais. Nós entendemos, nós entendemos tudo. Mas pelo menos uma linha poderia ter sido acrescentada: um "lamentamos", uma palavra talvez não de "vergonha", mas, no mínimo, de "arrependimento" porque nós, europeus, hoje não conseguimos dizer e fazer nada mais.

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