Papa Francisco: o testemunho comum da fé pode fortalecer católicos e metodistas

Foto: Diocese de Santo André

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23 Outubro 2017

Os católicos e os metodistas podem se fortalecer mutuamente através de um testemunho compartilhado da fé, especialmente através de atos de amor aos pobres e marginalizados, afirmou o Papa Francisco.

O chamado mútuo à santidade compartilhada por ambas as comunidades "é necessariamente um chamado à comunhão com os outros", disse o papa, no dia 19 de outubro.

A reportagem é de Junno Arocho Esteves, publicada por Catholic News Service, 19-10-2017. A tradução é de Luísa Flores Somavilla.

"Quando, como católicos e metodistas, ajudamos e reconfortamos, juntos, os fracos e os marginalizados - aqueles que se sentem distantes, estrangeiros e alienados da nossa sociedade - estamos respondendo ao chamado do Senhor", declarou.

O Papa se reuniu no Vaticano com membros do Conselho Metodista Mundial, que estavam em Roma para comemorar o 50º aniversário da formação da Comissão Internacional Mista de Diálogo Metodista-Católico.

Ao receber os membros da delegação, o papa disse que, na Bíblia, o 50º aniversário é um momento significativo para o povo de Israel, no qual a liberdade é proclamada em toda a terra.

"Somos gratos a Deus porque podemos dizer que, em certo sentido, também fomos libertos da escravidão do afastamento e da falta de confiança mútua", disse.

Citando o Concílio Vaticano II, o Papa afirmou que, desde então, ambas as comunidades se esforçaram para continuar no caminho do conhecimento e da estima mútua, através do diálogo que é realizado "num espírito de honestidade e integridade" com "amor pela verdade, caridade e humildade".

Papa Francisco: "ambas as comunidades se esforçaram para continuar no caminho do conhecimento e da estima mútua através do diálogo"

"Somos irmãos e irmãs que, após muitos anos separados, ficam felizes de se encontrar mais uma vez e aprender um sobre o outro, e avançar de coração aberto", declarou.

O papa também lembrou a vida e o exemplo de John Wesley, um dos fundadores do metodismo, que dedicou sua vida a ajudar os outros a "viver uma vida santa".
Ao reconhecer os que se dedicam a ler a Bíblia e a orar, disse, os católicos "não podem deixar de se alegrar" quando a obra do

Espírito Santo é reconhecida "em outras confissões cristãs".

Assim como os discípulos que aguardam a chegada do Espírito Santo no Pentecostes, os católicos e os metodistas devem "permanecer juntos" na oração e ter esperança de que o Espírito de Deus possa "provocar o milagre da unidade reconciliada".

"Aprendemos a nos enxergar como irmãos e irmãs em Cristo", disse o papa. "Agora é hora de nos prepararmos, com uma humilde esperança e esforços concretos, para esse reconhecimento total que acontecerá, pela graça de Deus, quando, finalmente, poderemos estar juntos para dividir o pão."

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