Robô 'FlatFish' inspeciona campos de petróleo

Plataforma de Petróleo no oceano | Foto por Kristina Kasp, Pixabay

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20 Junho 2017

Uma espécie de submarino amarelo – tal qual o da icônica canção dos Beatles, mas em tamanho “petit” e com sotaque baiano. Filho de pais brasileiros e alemães, o simpático robô subaquático FlatFish, na fronteira da inovação em manufatura avançada no País, promete revolucionar a inspeção de campos submarinos de petróleo – inclusive do pré-sal.

A reportagem é de Anna Carolina Papp, publicada por O Estado de S. Paulo, 17-06-2017.

O escopo começou há três anos, mas no mês passado foi concluída a sua segunda fase, iniciada em agosto, com testes do protótipo na Baía de Todos os Santos. O projeto, no qual já foram investidos R$ 40 milhões, foi desenvolvido pelo Campus Integrado de Manufatura e Tecnologia (Cimatec), em Salvador (BA), em parceria com a BG Brasil, subsidiária da Shell, e com o apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e da ANP. O toque alemão vem da parceria com o DFKI, instituto referência em inteligência artificial.

O equipamento pode realizar, de forma autônoma, inspeções de plataformas offshore, podendo permanecer submerso por meses. Entre uma missão e outra, ele fica “estacionado” em uma garagem subaquática, onde poderá se recarregar sozinho. “O robô emite imagens de sonar, baseado em ondas acústicas, e em alta resolução”, diz Antônio Mendonça, líder técnico do Senai e responsável pelo controle da operação. “Ele pode detectar quebras e outros problemas em tubulações, transmitindo os dados.”

O principal ganho, afirma ele, é a redução drástica de custos. “O que o Flatfish tem capacidade de fazer hoje é realizado por um grupo de 200 pessoas, dentro de uma embarcação de apoio, com uma megaestrutura – que custa cerca de US$ 500 mil por dia”, diz. “O robô, debaixo d’água, vai fazer inspeções frequentes, sem a necessidade de voltar para a superfície. O custo pode cair para US$ 100 mil por mês.” + Institutos do Senai querem alavancar indústria 4.0 no País

Na segunda fase, trabalharam 30 pessoas – 17 delas fixas. Os testes foram feitos em um catamarã, de onde lançavam o protótipo. O espaço, apesar de compacto, foi totalmente adaptado, com laboratórios, refeitório e até um elevador para um membro cadeirante. “A equipe tem um francês e um alemão; de resto, todos são baianos”, diz Mendonça, com orgulho. E não só baianos, como jovens – a média de idade é de apenas 24 anos.

O FlatFish passa agora para a terceira fase, de industrialização do produto. A Shell quer colocar a solução no mercado e já negocia com uma empresa.

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