27 Março 2017
Atingido pelo corte de gastos no governo federal, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) encolheu o questionário do censo agropecuário, que começa em outubro. A pesquisa, que deveria ocorrer a cada dez anos para obter uma radiografia do campo no Brasil, seria feita em 2015, mas foi adiada.
A informação é de Mônica Bergamo, jornalista, publicada por Folha de S. Paulo,27-03-2017.
O número de recenseadores também diminuiu: dos 80 mil previstos, serão contratados 26 mil. Um documento interno sobre o censo admite que "é sensível que a redução do questionário foi drástica, [...] contudo ele atende minimamente à demanda de atualização". Questões sobre agricultura familiar, uso de agrotóxicos e raça das pessoas, por exemplo, sumiram.
"Haverá um prejuízo irrecuperável para a série histórica de alguns itens", afirma Dione Oliveira, do sindicato de servidores do instituto. O IBGE, via assessoria, diz que o censo foi "redesenhado" para ser "exequível" com o orçamento de R$ 505 milhões (50% do esperado). E que são seguidas recomendações internacionais "para preservar as informações essenciais".
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IBGE corta questões sobre agricultura familiar e agrotóxicos de censo rural - Instituto Humanitas Unisinos - IHU