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México. “Tlatelolco foi um divisor de águas”. Entrevista com Elena Poniatowska

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03 Outubro 2018

A noite de 02 de outubro de 1968 encontrou a jornalista e escritora mexicana Elena Poniatowska amamentando seu filho Felipe no momento em que duas amigas ligaram para ela e disseram que havia sangue e sapatos jogados na Praça das Três Culturas. “Na manhã seguinte, cheguei à praça e a encontrei tomada por tanques e estilhaços de vidro por toda parte. Lembro-me que vi um soldado falando a um telefone público, e gritava: ‘fica com o menino, porque não sei quantos dias temos que ficar aqui’”, recordou Poniatowska em conversa com Página/12, sobre a noite em que milhares de estudantes universitários foram reprimidos.

Cansados com as políticas autoritárias do governo de Gustavo Díaz Ordaz, os estudantes se mobilizaram para exigir a libertação dos presos políticos e a não intervenção do corpo de granadeiros nas manifestações. No dia seguinte, Elena foi à prisão de Lecumberri para colher depoimentos de presos e presentes nessa noite. Foi aí que começou o que anos mais tarde se tornou o conhecido livro: A Noite de Tlatelolco.

A entrevista é de Sofía Solari, publicada por Página/12, 02-10-2018. A tradução é de André Langer.

Eis a entrevista.

O que o massacre de Tlatelolco deixou para a sociedade mexicana e especialmente para a juventude?

O assassinato dos estudantes de 1968 foi um divisor de águas na sociedade mexicana. Aqueles jovens foram os primeiros a sentir que a cidade era deles, que o país também poderia ser e que poderiam desafiar o presidente. Graças a eles, o conceito de tomar a rua adquiriu um grande sentido. Depois desse episódio, há muito mais participação dos jovens nos movimentos políticos.

Passados 50 anos daquele massacre, como você vê o caso dos 43 estudantes normalistas que desapareceram em Ayotzinapa?

Os estudantes de hoje têm um problema muito mais sério, porque o desaparecimento dos 43 professores normalistas de Ayotzinapa foi terrível, tanto que até agora não puderam saber o que aconteceu, nem onde estão os corpos dos seus filhos. No entanto, ao contrário de 1968, o movimento de pais sai como pode de Guerrero e denuncia os acontecimentos. Pelo contrário, na noite de dois [de outubro de 1968] e nos dias seguintes, todos ficaram em silêncio. Havia um controle terrível da imprensa, tanto que o principal âncora de televisão dessa época, Jacobo Zabludovsky, no dia seguinte ao massacre, disse apenas “Hoje foi um dia ensolarado”, e não fez um único comentário sobre o que tinha acontecido na noite anterior.

Há alguns dias comemoramos os quatro anos do caso Ayotzinapa e Andrés Manuel López Obrador anunciou a criação de uma Comissão para a Verdade. Você tem alguma esperança em relação a essa comissão?

Bem, temos que esperar. Espero que a verdade seja conhecida, mas me dói ver que até agora as mortes que vivemos não tenham sido esclarecidas. Os governos optaram sistematicamente pelo esquecimento. Não foi isso que aconteceu com os pais de Ayotzinapa. Apesar disso, será difícil.

Depois de sofrer durante tantos anos violações dos direitos humanos, qual é a expectativa da esquerda para os próximos anos?

Nós temos muitas expectativas. Obrador disse muitas vezes que esse vai ser um governo para os pobres e é isso que mais me atrai nele. Este é um país com precipícios e abismos entre uma classe social e outra; vivemos em uma sociedade profundamente dividida: há uma sociedade que joga golfe, que viaja e consome e, por outro lado, há aqueles que esperam uma oportunidade. Obrador vem representar toda essa parte da sociedade que não tem possibilidades.

Como você vê o jornalismo no México hoje?

Neste momento, o México é o lugar mais difícil para exercer o jornalismo. Estar na oposição no México é colocar a vida em perigo. Mas, apesar disso, destaco o lugar que as mulheres estão assumindo nesse ofício. Nos últimos anos, as mulheres realizaram uma transformação muito grande nas redações e aí penso também na pesquisadora e jornalista mexicana Carmen Aristegui. Ela marcou esses seis anos sobretudo com a sua investigação chamada Estafa Maestra, pela qual Peña Nieto foi condenado no primeiro ano de seu mandato.

Sempre foi tão difícil fazer jornalismo no México?

Não, ficou difícil nos últimos 12 anos, justamente pela presença do narcotráfico e porque está em conluio com o poder político.

A 50 anos daquela noite, o que Tlatelolco representou para você?

Essa chacina foi uma decepção para mim, os assassinados eram jovens como eu e os mataram tendo toda uma vida pela frente. Isso me levou a me perguntar pela primeira vez: onde eu estava? Quem me protegia? Por que eu estava vivendo aí?

Como descreveria a Elena de 68, comparada com a Elena de hoje?

Eu costumava ser uma jovem muito ingênua. Nunca na minha vida tive respostas e por isso faço tantas perguntas. Eu era muito de ir para a vida e para os outros. Agora que sei que vou morrer logo e que já vivi tudo, o que mais sinto falta é não ter ido à universidade. Passei parte da minha juventude em um convento de freiras: minha família me mandou para lá para rezar justo no momento da vida em que se faz mais perguntas. Felizmente, a Elena de hoje continua a se fazer perguntas, só que agora rodeada de livros e com quem me acompanhou toda a minha vida: a minha máquina de escrever.

Leia mais

  • “A violência faz parte da desigualdade”. Entrevista com a escritora mexicana Elena Poniatowska
  • México: 50 anos depois de 1968 e a tarefa de não esquecer os herdeiros perpetradores da repressão. Entrevista especial com Larissa Jacheta Riberti
  • OEA acusa México de lentidão e interferências na investigação dos 43 desaparecidos de Ayotzinapa
  • México. “Lucra-se com o terror”. Entrevista com John Gibler

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