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16 Janeiro 2018

Novo livro do jornalista e cientista político Jorge Caldeira põe em xeque as visões dos clássicos sobre processo de acumulação de riqueza no País.

A reportagem é de José Fucs, publicada por O Estado de S. Paulo, 14-01-2018.

Ao longo de sua fértil trajetória como autor de livros históricos, o jornalista e cientista político Jorge Caldeira alcançou um feito invejável. Com uma prosa agradável e contagiante, aliada a pesquisas profundas e criteriosas e a uma abordagem quase sempre original dos temas tratados em suas obras, ele não se tornou apenas um dos maiores produtores de best-sellers do gênero no País.

Mais que isso, Caldeira ofereceu uma “contribuição milionária”, nas palavras perpetuadas pelo escritor Oswald de Andrade no Manifesto Pau Brasil, para despertar ou ampliar o interesse dos brasileiros de todas as idades, formações e posições socioeconômicas, pelos grandes acontecimentos e personagens de nossa história.

Mas, mesmo para alguém com tal retrospecto, seu novo livro – História da Riqueza no Brasil: Cinco Séculos de Pessoas, Costumes e Governos, que chegou recentemente às livrarias – representa uma empreitada ambiciosa. Num campo minado, em que brilharam nomes como os do economista Celso Furtado e do historiador Caio Prado Júnior, que construíram narrativas aceitas e respeitadas pela academia e pelo público, Caldeira se propõe a apresentar nada mais, nada menos que uma releitura profunda da história econômica do País, desde os tempos do descobrimento até os dias de hoje.

Com o uso de novas ferramentas metodológicas, como a antropologia e a econometria, para analisar milhares de documentos e dados digitalizados e realizar o cruzamento das informações, Caldeira chegou a conclusões bem diferentes das alcançadas pelos clássicos, sem prejudicar a narrativa com a inclusão de uma numeralha intransponível aos mortais.

Como no programa Myth Buster (Destruidor de Mitos), do canal de TV por assinatura Discovery, em que os apresentadores usam métodos científicos para testar a veracidade de crenças e lendas populares, ele vai desmantelando ao longo do livro, com sólida fundamentação, uma série de ideias predominantes até agora sobre a nossa história econômica. “Em raros períodos, os resultados dos números e dos estudos antropológicos coincidem com o que indicava a história tradicional”, afirma (ler quadro ao lado e entrevista abaixo).

Excedentes. Caldeira sustenta, por exemplo, que, no Brasil ao contrário do que dizem os clássicos, não havia apenas uma economia de subsistência, à margem do sistema monopolista de exportações para a metrópole, mas um mercado interno robusto, movido à base de trocas informais de gêneros básicos e produtos artesanais.

“Os levantamentos quantitativos sugerem que não há como sustentar o conceito de uma economia colonial formada por um setor interno sem dinâmica mercantil e um setor exportador que concentrava o processo acumulador de produção”, diz o autor no livro. “Quando se reconhece na economia nativa a capacidade de gerar excedentes e promover a sua circulação, tudo muda.”

Caldeira argumenta também, com base nos dados que levantou em suas pesquisas, que a chamada República Velha (1989-1930) não foi um período retrógrado, no qual o modelo agrário de exportação se manteve inalterado, como diz a versão corrente da história. De acordo com ele, foi uma fase dinâmica, de forte crescimento econômico, marcada pela aceleração do processo de urbanização e de industrialização, pela modernização da infraestrutura e dos transportes e por uma alta expressiva da renda da população.

Segundo Caldeira, os dados oficiais mostram que, em 1907, quando foi feito o primeiro censo industrial, havia 3,25 mil fábricas no País, com 151 mil operários. Em 1920, já eram 13,3 mil indústrias, com 275 mil empregados. Em 1890, as ferrovias no Brasil somavam 9,9 mil quilômetros. Em 1930, eram 32 mil quilômetros, mais que o triplo do que existia no final do Império. Já o número de objetos postados anualmente pelo correio aumentou de 50 milhões para 642 milhões de itens entre 1890 e 1920 e para 2,1 bilhões de itens em 1929.

Para além da economia, apenas 17,4% da população era alfabetizada em 1890. Em 1920, esse número chegou a 28,8%, mesmo considerando o aumento de 3,15% ao ano da população em idade escolar no período. 

Capitalista. “O padrão de crescimento da economia brasileira mudou com a República”, afirma Caldeira. “Comparada com o passado imperial, a economia deixou para trás a estagnação ao iniciar o desenvolvimento capitalista. E, comparado com o mundo, o Brasil deixou a posição de atraso crônico, mostrando uma economia não só vigorosa, mas das que mais cresceram no período.”

Embora o foco do livro seja a evolução econômica e o processo de acumulação de riqueza, ele dedica longos capítulos ao ambiente político e institucional do País e de Portugal nas diferentes épocas da história, para permitir uma compreensão mais ampla do leitor sobre os acontecimentos. Mas, talvez, nesse campo, Caldeira tenha descido a detalhes menos relevantes para desenhar o novo perfil histórico da nossa economia.

Apesar de abranger os cinco séculos da história brasileira, o livro explora principalmente o Brasil colonial, o Império e a Primeira República. Nas 600 páginas da obra, o autor dedicou apenas 27 ao período que vai de 1930 a 1964, e outras 47 ao período de 1964 a 2017. Nesses capítulos, ele realiza um relato menos ambicioso e mais convencional dos fatos. Não deixa de oferecer um panorama do processo histórico da época, mas suas interpretações não parecem tão consistentes quanto as de períodos anteriores.

Discussões apaixonadas. Não por acaso é no período de 1500 a 1930 que se concentram as grandes contribuições do livro, com novas e surpreendentes interpretações da nossa história. Em razão das visões inovadoras de Caldeira para esse longo ciclo histórico, o livro vai render, provavelmente, por anos a fio, discussões apaixonadas nas universidades e nas mesas de bar, entre estudantes e professores de história, ciência política e economia, que incorporaram como verdade absoluta as visões dos autores clássicos sobre o assunto. Desde já, porém, o que se pode afirmar, sem medo de errar, é que, daqui para a frente, o debate sobre a evolução da nossa economia nesse período jamais será o mesmo.

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