17 Outubro 2017
O comentário do prelado foi feito depois que os cristãos criticaram o governo por investir em um título de dívida vinculado à Sharia.
A reportagem é do sítio La Croix International, 16-10-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
O bispo nigeriano Emmanuel Adetoyese Badejo acredita que os muçulmanos têm o direito de islamizar o seu país, acrescentando que os cristãos fracassaram em usar a sua “vantagem”.
Dom Badejo, da diocese de Oyo, disse que concorda com o cardeal John Olorunfemi Onaiyekan, arcebispo de Abuja e Nigéria, sobre o fato de que os muçulmanos têm uma agenda de islamização na Nigéria.
“Eles têm o direito de tê-la”, disse Dom Badego, noticiou o jornal Nigerian Tribune, no dia 15 de outubro.
“Os cristãos têm uma agenda de cristianização? Sim, eu espero que sim, e nós temos o direito de tê-la. Os muçulmanos estão seguindo uma agenda. Por que nós não estamos seguindo a nossa?”
Ele estava respondendo às recentes críticas ao governo nigeriano, que, supostamente, teria adquirido um título sukuk de 100 bilhões de nairas (277 milhões de dólares). Os grupos cristãos afirmam que, por se tratar de um título de dívida vinculado à Sharia, ele viola o artigo 10 da Constituição, que proíbe que os governos federal e estadual favoreçam uma religião.
O bispo disse que, durante muitos anos, a Nigéria teve um número maior de cristãos no poder, mas fracassou nos seus próprios esforços de evangelização.
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Bispo afirma que muçulmanos têm o direito de islamizar a Nigéria - Instituto Humanitas Unisinos - IHU