22 Dezembro 2011
Neste 21 de dezembro, completam-se os 500 anos do famoso, embora quase desconhecido para os fiéis da minha geração, o "Sermão de Montesinos". Que não foi escrito pelo pobre dominicano, mas sim por toda a comunidade, e que foi a primeira ocasião em que os espanhóis que recentemente haviam chegado à Nova Terra criticavam a sua própria atuação para com os índios.
A opinião é de Jesús Bastante, publicada no seu blog, El Barón Rampante, 21-12-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Filhos da Escola de Salamanca, os dominicanos da Ilha de La Española fizeram um grandioso exercício da humanidade, de reconhecimento da igualdade de todos os seres humanos. Adiantaram-se ao seu tempo.
Cinco séculos depois, a humanidade globalizada continua se separando entre ricos e pobres, bons e maus, homens e mulheres, que, dependendo do lugar em que nasçam, têm um ou outro destino prefixado na vida. Seguimos escravizando e sendo escravizados. Algumas correntes mudaram, embora nem todas.
Cristo nasceu para todos. Ele fez isso em um pobre presépio, ele era o Rei do Mundo. As palavras de Montesinos são assumidas por Bento XVI, como símbolo da Igreja que todos queremos ser: uma comunidade de fiéis, unidos pela fé, mas sobretudo pela radical humanidade do Menino Deus que agora nasce.
Quinhentos anos depois, seguimos contemplando a injustiça, mas também a esperança. Tornemo-la possível. Eles tentaram: nós podemos conseguir.
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De Montesinos a Bento XVI: o Natal da esperança - Instituto Humanitas Unisinos - IHU