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15 Agosto 2012

"Há quase 50 anos, Guimarães Rosa procurou, sem sucesso, apontar os perigos de um debate irracional. Se dependesse dele, talvez a hidrelétrica estivesse em outro lugar. Prevaleceram falsos argumentos geopolíticos, sonhos de marquetagem, e a encrenca está aí", escreve Elio Gaspari, jornalista, em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, 15-08-2012.

Segundo ele, se a ditadura militar tivesse ouvido "o engenheiro Octávio Marcondes Ferraz (1896-1990), presidente da Eletrobras e construtor de Paulo Afonso, não teriam compartilhado a hidrelétrica com o Paraguai nem afogado as cataratas de Sete Quedas".

Eis o artigo.

As colinas de Golan envenenam as relações de Israel com a Síria e a Jordânia, mas foi o Padre Eterno quem as colocou lá. A hidrelétrica de Itaipu virou um espinho nas relações do Brasil com o Paraguai, mas foi produzida pela megalomania da ditadura militar.

A velha história de "maior do mundo", "Brasil grande", "Ame-o ou Deixe-o". Se os generais tivessem dado atenção ao embaixador Guimarães Rosa, que chefiava a divisão de fronteiras do Itamaraty, não teriam reconhecido que o Paraguai tinha soberania sobre a outra margem do rio Paraná.

Em 1966, ele sustentava que se criara uma disputa fronteiriça na qual a ditadura-irmã do general Alfredo Stroessner apresentava argumentações "desastradas, falseadas e declaradas sem pejo".

Na sua mesa do Itamaraty, com uma cumbuca cheia de lápis de cor, Guimarães Rosa era capaz de mostrar exatamente onde ficaria a tão sonhada hidrelétrica, objeto do desejo dos paraguaios.

Se tivessem ouvido o engenheiro Octávio Marcondes Ferraz (1896-1990), presidente da Eletrobras e construtor de Paulo Afonso, não teriam compartilhado a hidrelétrica com o Paraguai nem afogado as cataratas de Sete Quedas.

Ele defendia a construção de uma série de pequenas barragens dentro do território brasileiro. Partiu-se para a maior hidrelétrica do mundo. Uma metade da energia ficaria com o Brasil, e a outra, com o Paraguai. Como ele não tinha o que fazer com ela, venderia sua parte para o Brasil. Marcondes Ferraz bateu em todas as portas, nada. Brincava-se de geopolítica, acreditando-se que o tratado assinado por Stroessner seria eterno.

Em 2006, o governo paraguaio forçou uma revisão marota do acordo. No ano seguinte, o companheiro Fernando Lugo fez campanha defendendo um novo ajuste e ameaçou levar o Brasil à Corte de Haia. Acertou-se com Lula, mas o problema continuou do mesmo tamanho.

Depois da estudantada de julho da doutora Dilma, suspendendo o Paraguai do Mercosul para abraçar o companheiro Hugo Chávez, o presidente Federico Franco reabriu a questão. Fez isso em termos vagos, dizendo que não pretende "ceder" a energia de seu país. Como ele não cede coisa alguma, pouco haveria a discutir.

Em vez de tratar a questão na suavidade das negociações diplomáticas, os companheiros partiram para cima. Trataram-no como um demagogo. Era o que ele queria, a mobilização política de seu país.

Atualmente, o Paraguai só consome 8% da energia produzida por Itaipu. Cada quilowatt da hidrelétrica é essencial para a economia brasileira. Do outro lado do Equador, há duas grandes nações de olho nessa energia barata. A China, porque precisa, já andou namorando projetos no Paraguai. Os Estados Unidos, porque finalmente ganharam uma oportunidade para colocar um pé no país.

Há quase 50 anos, Guimarães Rosa procurou, sem sucesso, apontar os perigos de um debate irracional. Se dependesse dele, talvez a hidrelétrica estivesse em outro lugar. Prevaleceram falsos argumentos geopolíticos, sonhos de marquetagem, e a encrenca está aí.

Se a doutora Dilma tirar o Paraguai da agenda pública do seu governo, poderá negociar numa posição mais confortável do que aquela em que se meteram os militares.


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