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23 Junho 2015

"Do meu ventre eu crio toda a vida e do meu seio eu a conservo, mas sem a defesa das minhas criaturas, junto com elas eu estou correndo todos aqueles riscos denunciados por ti: sujeira e poluição em toda a parte, mudanças climáticas agressivas e hostis à minha natureza, aquecimento global, águas de oceanos, lagos e rios, florestas, manguesais, toda uma biodiversidade em fauna e flora tudo isso está sendo morto num desequilíbrio planetário inteiro, quase sempre pela exploração indiscriminada de mim arrancada por grupos econômicos poderosos, sem outro objetivo senão o de me transformar em dinheiro e lucro", é o comentário de Jacques Távora Alfonsin, procurador aposentado do estado do Rio Grande do Sul, membro da ONG Acesso, Cidadania e Direitos Humanos. 

Eis o artigo.

Meu querido e amado filho. Como é bom poder falar contigo com essa intimidade, tão familiar e íntima, própria de toda a mãe com o seu filho, longe daquela solene e protocolar “Santidade”, certamente muito indesejada e incômoda para ti, um filho sabidamente humilde, consciente dos seus pecados e das suas limitações.

Quando te ouvi e vi na Laudato Si, a carta escrita por ti, para todo o mundo, lembrei-me logo de Abraão e de Moisés, de tantos outros defensores meus e da minha gente, que eu procuro alimentar com fartura, abrigar com conforto, suficiência e dignidade.

Há uma virtude muito presente, meu amado Jorge Mario, em todas essas pessoas que te antecederam, me defendendo como mãe e não como mercadoria. Abraão e Moisés foram convidados por Javé para partirem, em direção a uma outra terra, de vida e da liberdade, saindo de qualquer lugar onde me escravizem, me desrespeitem, me degradem e me envenenem, do mesmo modo como eram escravizados então meus filhos e minhas filhas.

Embora os dados históricos sobre a vida de ambos sejam muito incertos, Abraão teria vivido quase vinte séculos antes de Jesus Cristo e Moisés mais de quinze. Faz tanto tempo não é? Como é possível ainda hoje eu precise com tanta urgência do carinho, do amor, do cuidado, da coragem e do apoio reclamado com tanta razão nessa tua encíclica. Como toda a mãe, eu encarno também a casa comum, como me identificas.

Do meu ventre eu crio toda a vida e do meu seio eu a conservo, mas sem a defesa das minhas criaturas, junto com elas eu estou correndo todos aqueles riscos denunciados por ti: sujeira e poluição em toda a parte, mudanças climáticas agressivas e hostis à minha natureza, aquecimento global, águas de oceanos, lagos e rios, florestas, manguesais, toda uma biodiversidade em fauna e flora tudo isso está sendo morto num desequilíbrio planetário inteiro, quase sempre pela exploração indiscriminada de mim arrancada por grupos econômicos poderosos, sem outro objetivo senão o de me transformar em dinheiro e lucro.

Fizeste muito bem em demonstrar o efeito disso refletido em degradação social inaceitável, vitimando particularmente minhas filhas e meus filhos mais pobres, exigindo a organização universal de um empoderamento decisivo de quem se dispõe a sair da sua acomodação e indiferença e partir para uma defesa do tipo dialogal. Mas sem concessões para dogmatismos econômicos, ideológicos e políticos aceitos como indiscutíveis.

Sobre um deles, impressionou-me sobremaneira, aquela parte da tua carta sob nº 109, onde apontas, talvez, a principal causa de todos os males praticados contra mim, a minha natureza e todas as minhas filhas e filhos:

“O paradigma tecnocrático tende a exercer o seu domínio também sobre a economia e a política. A economia assume todo o desenvolvimento tecnológico em função do lucro, sem prestar atenção a eventuais consequências negativas para o ser humano. A finança sufoca a economia real. Não se aprendeu a lição da crise financeira mundial e, muito lentamente, se aprende a lição do deterioramento ambiental. Em alguns círculos defende-se que a economia atual e a tecnologia resolverão todos os problemas ambientais, do mesmo modo que se afirma, com linguagens não acadêmicas, que os problemas da fome e da miséria no mundo serão resolvidos simplesmente com o crescimento do mercado. Não é uma questão de teorias econômicas, que hoje talvez ninguém se atreva a defender, mas da sua instalação no desenvolvimento concreto da economia. Aqueles que não o afirmam em palavras, defendem-no com os fatos, quando parece não preocupar-se com o justo nível da produção, uma melhor distribuição da riqueza, um cuidado responsável do meio ambiente, ou os direitos das gerações futuras. Com os seus comportamentos, afirmam que é suficiente o objetivo da maximização dos ganhos. Mas o mercado, por si mesmo, não garante o desenvolvimento humano integral nem a inclusão social. Entretanto, temos um “superdesenvolvimento dissipador e consumista que contrasta, de modo inadmissível, com perduráveis situações de miséria deshumanizadora”, mas não se criam, de forma suficientemente rápida, instituições econômicas e programas sociais que permitam aos mais pobres terem regularmente acesso aos recursos básicos.”

Tu bem sabes meu filho, que muitas outras organizações populares vêm dizendo quase a mesma coisa, há muito tempo. A Carta da Terra, os Foruns sociais mundiais e a ONU também. Como já aconteceu com elas/es, enfrentas o poder, a surdez e a mudez de grupos econômicos com extraordinária capacidade de dominação, manipulação e opressão, sob “mão invisível” e, justamente por isso, difícil de ser encontrada e responsabilizada. Ela é suficiente para fazer passar como própria de cada um/a de nós, nos ameaçando e afligindo, uma insegurança que, apesar de todo o seu poderio, é somente dela.

Avara e extraordinariamente egoísta, procura manter-se a custa de um “crescimento” ilimitado, cujo efeito maior é o de aumentar as terríveis agressões que praticam contra mim, contra todas/os as/os minhas/ meus filhas/os, criminalizando quem ousa contestar a desigualdade social por ela criada e reproduzida.

Como a historia vem provando, ela sente-se sempre mais insegura nesse círculo vicioso, ampliando um tal sentimento para todo o mundo, mantendo uma trepidação constante, nervosa, cheia de imprevistos, paranoica, a custa de Tratados, a serem ou não honrados conforme as oportunidades e conveniências, propinas, Bolsas e bolsos públicos e privados, deixando toda a gente ameaçada, assim procurando, por um medo generalizado, preservar o seu jeito perverso de conservar-se a salvo de qualquer risco.

De alguma forma, a tua carta não caiu nessa, Jorge Mario. Como demonstraste em vários segmentos do teu escrito, apontaste alternativas viáveis, exigiste conhecimento e participação de quem está sendo prejudicado por um tal estado de coisas, com seus direitos violados. Transmitiste uma saudável esperança, não esqueceste aquelas verdades que, inspirada no Criador, eu dou a toda a criatura gerada, alimentada e abrigada por mim, mãe amorosa e fiel como sou.

Eu te agradeço muito por isso meu filho, e, como toda hora repetes para todas e todos, Deus te abençoe.


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