Por: João Pedro Dias e Marilene Maia | 19 Abril 2018
O mercado formal de trabalho na Região Metropolitana de Porto Alegre - RMPA criou 3.850 postos de trabalho no mês de fevereiro. Um aumento no número de trabalhadores e trabalhadoras mais expressivo que os 2.744 postos criados em janeiro. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - Caged.
O Observatório das realidades e políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos - ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos - IHU, acompanha a questão do trabalho na Região do Vale do Sinos e Região Metropolitana de Porto Alegre e mensalmente publica notas abrangendo as movimentações do mercado formal de trabalho.
Dos 31 municípios da RMPA, apenas cinco tiveram saldo negativo na criação de postos de trabalho. São eles: Nova Santa Rita (-51), Eldorado do Sul (-26), Novo Hamburgo (-7), Parobé (-6) e Cachoeirinha (-2). Os demais municípios apresentaram saldos positivos na região, em destaque: Porto Alegre (676), Gravataí (409), Esteio (318), Montenegro (312) e Sapiranga (241).
Os setores que tiveram saldo positivo foram a indústria da transformação (2.300), o setor de serviços (1.599), construção civil (628), administração pública (53) e serviços industriais de utilidade pública (15). O setor que obteve o pior desempenho no mês de fevereiro foi o comércio (-746).
A Região Metropolitana de Porto Alegre representou 38,64% dos admitidos no mês de fevereiro no Rio Grande do Sul; o município de Porto Alegre representou 17,26%.
Sobre o grau de instrução dos trabalhadores e trabalhadoras: 0,15% são analfabetos, 1,54% têm até 5º incompleto, 1,50% têm 5º fundamental completo, 8,40% têm 6º a 9º fundamental, 12,10% têm até o fundamental completo, 12% têm ensino médio incompleto, 48,40% têm ensino médio completo, 5,42% têm superior incompleto e 10,50% têm superior completo.
A desigualdade entre os sexos no mercado de trabalho da RMPA na questão renda apresentou uma melhora para as mulheres em relação ao mês anterior. Na faixa salarial de 4,01 a 5,0 salários mínimos as mulheres são maioria das contratadas neste mês, ainda assim nas demais faixas salariais acima de 1,01 salário mínimo continuam sendo minoria perante os homens.
Os jovens representaram 49,08% dos trabalhadores e trabalhadoras admitidos no mês de fevereiro na RMPA, divididos em faixas: até 17 anos (5,29%), de 18 a 24 anos (26,73%), de 25 a 29 anos (17,06%).
Analisando os jovens e sua inserção nos setores da economia: 51,59% dos trabalhadores e trabalhadoras de até 17 anos que foram contratados em fevereiro estão no setor da indústria de transformação e 45,86% estão no comércio e serviços.
As ocupações em que há mais jovens de até 17 anos inseridos são Auxiliar de Escritório, em Geral (29,25%); Mecânico de Manutenção de Máquinas, em Geral (11,33%); Trabalhador Polivalente da Confecção de Calçados (11,24%); Assistente Administrativo (8,88%); Embalador, a Mão (8,35%).
Na faixa dos 18 aos 24 anos, 70,43% dos trabalhadores e trabalhadoras admitidos em fevereiro estão inseridos no setor do comércio e dos serviços e apenas 23,07% estão inseridos na indústria de transformação.
As ocupações em que há mais jovens de 18 a 24 anos são: Vendedor de Comércio Varejista (7,13%); Auxiliar de Escritório, em Geral (6,39%); Operador de caixa (5,25%); Alimentador de Linha de Produção (4,83%) e Trabalhador Polivalente da Confecção de Calçados (4,12%).
Dos trabalhadores e trabalhadoras de 25 a 29 anos, 71,49% foram contratados no comércio e serviços enquanto apenas 18% foram contratados no setor da indústria de transformação.
As ocupações em que há mais jovens de 25 a 29 anos são: Vendedor de Comércio Varejista (5,94%), Faxineiro (4,88%), Auxiliar de Escritório, em Geral (3,50%), Alimentador de Linha de Produção (3,29%) e Assistente Administrativo (2,14%).
No gráfico abaixo podemos notar que o trabalhador e a trabalhadora mais jovem estão se colocando na indústria enquanto o mais próximo dos 30 anos está predominantemente no setor de serviços.
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Indústria de transformação admitiu metade dos jovens até 17 anos na Região Metropolitana de Porto Alegre - Instituto Humanitas Unisinos - IHU