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Shoah é um convite a se hospedar no interior de cada vítima

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Por: Jonas Jorge da Silva | 02 Abril 2019

“Hier ist kein Warum (“Aqui não existe por quê”): Primo Levi relembra que um guarda da SS ensinou-lhe a regra de Auschwitz no exato momento de sua chegada. ‘Não existe por quê’: essa lei também vale para todo aquele que assume a responsabilidade de tal transmissão. Pois só o ato de transmissão importa, e nenhuma inteligibilidade, isto é, nenhum conhecimento, existe antes da transmissão. A transmissão é o conhecimento em si.”, refletiu Claude Lanzmann, em nota escrita em 1986 para o lançamento de Shoah (1985), fundamental obra cinematográfica sobre o Holocausto, possivelmente o maior e mais impactante registro das narrativas sobre essa chaga histórica do século XX.

Foi com esse espírito, desejando manter viva a memória, que ao longo do mês de março, durante quatro sessões, o Centro de Promoção de Agentes de Transformação - CEPAT, em parceria com o Studium Theologicum (Claretiano – Rede de Educação) e o Instituto Humanitas Unisinos – IHU, exibiu as mais de nove horas de documentário, seguidas de uma manhã de aprofundamento, que ocorreu no último dia 30 de março. Para este último momento, contamos com as análises do teólogo Marcio Luiz Fernandes (Studium Theologicum/PUCPR) e do psicanalista Robson de Freitas Pereira (Associação Psicanalítica de Porto Alegre).

Na chamada para a atividade, intitulada Um mergulho na Shoah, de Claude Lanzmann, pedia-se: “Silêncio, interiorização e abertura ao indizível”, destacando-se que “deparar-se com a barbárie do Holocausto e as mazelas humanas do século XX é crucial para que os crimes contra a dignidade humana jamais sejam legitimados ou relativizados no contexto atual”.

De fato, mergulhar na obra Shoah é uma experiência ímpar de encontro com os monstros que habitam em cada um de nós. Trata-se de uma dialética entre a assombrosa extremidade do mal e a nossa própria barbárie interior. Sem imagens de arquivo, centrando-se principalmente no semblante e olhar das testemunhas, no cenário tardio dos campos de extermínio, com destaque para Auschwitz-Birkenau e Treblinka, bem como nos guetos, com destaque para Varsóvia, Lanzmann obriga o espectador a visitar as profundezas desse momento histórico. As narrativas são desenvolvidas em um movimento descritivo que aos poucos vai tornando a experiência de encontro com o documentário algo avassalador, que exige do espectador um comprometimento com tudo aquilo que vai sendo revelado, não sem dor e dificuldades. Não é possível assistir o documentário sem se deixar marcar.

Para Robson de Freitas Pereira, a iniciativa dessa exibição e debate é uma homenagem a todas as vítimas. É fundamental continuar o processo de transmissão dessa barbárie, para que jamais seja esquecida. Não se pode esquecer!

Com a perspicácia de Lanzmann, pequenos detalhes, relatos tidos equivocadamente como menores, quando entrelaçados, dão a dimensão de como se formou e concretizou, com tecnologias e inventividades, uma máquina de destruição em massa de milhares de pessoas. Daí a importância de todo o enredo, com os depoimentos de judeus, poloneses e alemães, considerando também como foco a própria dificuldade de se contar essa história, quase indizível para a maioria das vítimas dessa violência brutal. Nesse sentido, Pereira salientou que não se deve fazer um juízo moral dos sobreviventes dessa trama, já que enfrentaram condições extremamente adversas e injustificáveis.

Marcio Luiz Fernandes destacou que o documentário é um convite à responsabilidade para com as diversas vítimas do sistema de um modo geral. O espectador é chamado a seguir os rostos dos sobreviventes, a se colocar a caminho, continuando um processo de ampliação da sensibilidade e percepção das barbaridades que se sucedem na história e em nosso presente. O documentário é um convite a se hospedar no interior de cada pessoa, de cada história relatada.

Não se trata de apenas dar conta das estatísticas, do número de mortos, mas, ao contrário, de se aproximar das vítimas, tendo como foco os mais frágeis, o que Fernandes interpreta como um olhar sobre “a pequena morte das grandes massas”.

Fernandes provocou os participantes a aprofundar o olhar sobre as pequenas resistências presentes hoje, a romper com um mundo mudo e a não aceitar o silêncio que seja conivente com um sistema de morte.

O compromisso ético que nasce da insatisfação com a “aparente normalidade” do mundo dos homens é a defesa incansável da fragilidade das coisas. Como advertiu Fernandes, as pessoas mais lúcidas são as que mais sofrem e é preciso estar ao lado delas na história. Para que a esperança não morra, é preciso continuar apostando na força da mudança que se faz presente no cotidiano persistente de quem insiste em apostar na vida acima de qualquer ideologia, crença ou modelo econômico.

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