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Estiagem no Rio Grande do Sul: um problema recorrente no estado. Entrevista especial com Amanda Junges e Loana Cardoso

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25 Janeiro 2012

“Nesta safra, o poder público tem demonstrado uma preocupação com impactos da estiagem na economia do estado, embora seja uma preocupação imediatista, no sentido de tentar ‘salvar’ o que for possível e dar a assistência necessária aos que já estão sofrendo com a estiagem”, dizem as doutoras em Agrometeorologia.

Confira a entrevista.


As estiagens que deixam marcas lastimáveis na agricultura gaúcha durante o verão “são uma condição climática”, determinadas pelos fenômenos El Niño e La Niña, que “atuam predominantemente no período da primavera e do verão”, explicam as doutoras em Agrometeorologia da Fepagro, Amanda Junges e Loana Cardoso à IHU On-Line. Segundo elas, embora as chuvas no Rio Grande do Sul sejam bem distribuídas durante as quatro estações do ano, “a precipitação pluvial no estado caracteriza-se pela elevada variabilidade interanual (entre anos) e espacial (entre regiões)”, o que contribui para acentuar a estiagem em determinadas regiões.

De acordo com as especialistas, apesar de a estiagem ser um problema recorrente no estado, isso não significa que as secas “sejam todas iguais em magnitude de perdas (agrícolas) ou de regiões atingidas”. Neste ano, o Centro, o Oeste e o Noroeste gaúcho foram os mais prejudicados com a falta de chuva.

Em entrevista concedida por e-mail para a IHU On-Line, elas afirmam que a partir dos dados meteorológicos e do planejamento agrícola, é “possível adotar medidas que minimizem o impacto das estiagens na produção agrícola”.  Entretanto, ressaltam, deve haver “uma preocupação com as políticas e ações para minimizar os efeitos com ações antecipadas”. E disparam: “Não basta pensar na estiagem e nos impactos na economia somente quando ela já está ocorrendo”.

Amanda Junges é Engenheira Agrônoma graduada pela Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS e doutora em Fitotecnia com ênfase em Agrometeorologia pela mesma universidade. Atualmente é pesquisadora da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária – Fepagro.

Laoma Cardoso é graduada em Agronomia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, mestre em Fitotecnia e doutora em Fitotecnia na área de Agrometeorologia pela mesma universidade. Atualmente é pesquisadora em agrometeorologia do Centro Estadual de Meteorologia – CEMETRS, e Fepagro.

Confira a entrevista.

IHU On-Line – Como caracteriza climaticamente o Rio Grande do Sul e a que atribui as constantes secas no estado? O desmatamento contribui para a persistência desse problema? Foto Roberto Witter

Amanda Junges e Loana Cardoso -
Considerando dados de mais de 30 anos de observações meteorológicas, a precipitação pluvial anual média é de 1.590mm, assim distribuídos: 27% deste total na primavera, 25% no verão, 23% no outono e 25% no inverno. Ou seja, climaticamente, as precipitações são bem distribuídas ao longo do ano. Na metade Norte do estado, as precipitações pluviais anuais médias são superiores a 1.550 mm e na metade Sul é inferior a 1.550mm. Apesar de bem distribuída ao longo do ano, a precipitação pluvial no estado caracteriza-se pela elevada variabilidade interanual (entre anos) e espacial (entre regiões). Essa elevada variabilidade está possivelmente relacionada ao efeito dos fenômenos El Niño e La Niña, os quais atuam predominantemente no período de primavera e início de verão. Os eventos La Niña são caracterizados por precipitações pluviais abaixo da média no estado enquanto em eventos El Niño geralmente provocam precipitações acima da média.

A variabilidade interanual da precipitação pluvial é a principal causa da variabilidade dos rendimentos de grãos das principais culturas de primavera-verão (milho e soja) no estado. A probabilidade de a precipitação pluvial ser superior à demanda evapotranspirativa da atmosfera é inferior a 60% em praticamente todo Estado, nos meses de dezembro a fevereiro. Este fato está relacionado à elevada frequência de ocorrência de deficiência hídrica especialmente nas culturas de primavera-verão.

Desmatamento

O desmatamento não está ligado às ocorrências de estiagens no estado. As estiagens são uma condição climática. O clima do Rio Grande do Sul é determinado e influenciado pela circulação atmosférica global. O desmatamento pode agravar a situação de manutenção dos córregos de água, pela retirada da proteção das matas ciliares, aumento dos riscos de erosão do solo, etc, mas não é a causa primária das condições climáticas no Rio Grande do Sul.

IHU On-Line - Que regiões do estado foram mais afetadas? Já é possível contabilizar os prejuízos da seca?

Amanda Junges e Loana Cardoso -
As regiões mais afetadas pela estiagem na safra agrícola 2011/2012 são as regiões Centro, Oeste e Noroeste gaúcho. Segundo levantamento realizado pela Emater/RS, até 12 de janeiro havia uma estimativa de 37% de redução no rendimento de milho, 15% na de soja, 6% no rendimento de arroz. Esses dados foram divulgados pela Emater em uma coletiva de imprensa na semana passada.

IHU On-Line - A seca é um problema prolongado no Rio Grande do Sul. Quais são as maneiras de minimizar os efeitos da estiagem? É possível antecipar e prever, quais serão as condições do clima para determinados meses e como os efeitos climáticos causarão impacto na agricultura?

Amanda Junges e Loana Cardoso -
A estiagem é um problema recorrente no estado, ou seja, um evento que se repete, e embora seja recorrente, não significa que sejam todas iguais em magnitude de perdas (agrícolas) ou de regiões atingidas.

É possível adotar medidas que minimizem o impacto das estiagens na produção agrícola, uma vez que combater, acabar com a ocorrência de um fenômeno meteorológico desta magnitude é impossível. Dentre as medidas para minimizar os impactos da estiagem deve estar sempre o planejamento. O produtor deve estar atento aos prognósticos climáticos e tomar as medidas necessárias no planejamento da safra. Algumas questões devem sempre ser consideradas: respeitar o zoneamento agrícola da cultura, escalonar a semeadura (não semear toda área em uma única data), adotar práticas conservacionistas de solo (para aumentar a capacidade de infiltração de água no solo) e, se possível, investir em armazenamento de água e sistemas de irrigação.

Assim como existem previsões de tempo, existem previsões (prognósticos) de longo prazo, chamados de prognósticos climáticos (de até três meses). Nestes prognósticos, é possível, sim, termos uma ideia do fenômeno de macroescala que estará atuando sobre o estado (exemplo, se La Niña ou El Niño). Obviamente, estas previsões, feitas com tamanha antecedência e para grandes áreas são um indicativo do que pode ocorrer. A médio e a curto prazo também existem previsões de tempo que vão complementando, afinando o prognóstico climático. A precipitação pluvial (chuva) é muito importante, pois a distribuição das chuvas, muitas vezes, é irregular (chove em uma área e não na outra, pode chover em parte do município). Existem informações e indicações técnicas para as culturas divulgadas por diversos órgãos, como por exemplo, o boletim divulgado a cada trimestre pelo Conselho Permanente de Agrometeorologia do Estado do Rio Grande do Sul (COPAAERGS).

IHU On-Line - Como o poder público reage diante dessas previsões?

Amanda Junges e Loana Cardoso -
Nesta safra, o poder público tem demonstrado uma preocupação com impactos da estiagem na economia do estado, embora seja uma preocupação imediatista, no sentido de tentar “salvar” o que for possível e dar a assistência necessária aos que já estão sofrendo com a estiagem. O que deve haver, voltando à questão do planejamento, é uma preocupação com as políticas (e ações) para minimizar os efeitos com ações antecipadas. Não basta pensar na estiagem e nos impactos na economia somente quando ela já está ocorrendo.

IHU On-Line – Já é possível vislumbrar os impactos das mudanças climáticas no Rio Grande do Sul e, especialmente, na agricultura?

Amanda Junges e Loana Cardoso -
Mudanças climáticas é um assunto complexo e, na maior parte das vezes, polêmico. As mudanças climáticas não estão diretamente relacionadas à ocorrência de estiagens no estado. Seria imprudente de nossa parte realizar uma associação direta destes dois assuntos.


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