12 Outubro 2015
"Pessoalmente, a proposta de Deleuze me aparece muito como um desafio à boa vida, a viver relações abertas e construtivas não só com os conceitos, mas com a gente mesmo e com as outras pessoas", destaca o filósofo.
Imagem: noticias.gospelmais.com.br |
Deleuze era, sobretudo, um crítico à dominância da lógica capitalista que buscava permear todos os aspectos da vida e que propunha como resistência às forças de dominação, justamente, a esquizofrenia. “O termo esquizo me aparece como aquilo que busca experimentar o que foge da regra, que resiste à representação e aos modelos padrão de comportamento (ao ajuste...)”, propõe. Na esteira de novas subjetividades, surge uma profunda crise da esquerda, que está implicada no alçamento dessas forças às instâncias de poder. “O que Deleuze coloca é que ‘ser de esquerda’ é ter como visão o horizonte mundo e não a sua casa e a obsessão por não perder seus privilégios para outros. Ele afirma que é uma questão de percepção a gente não se conformar com a fome e com a miséria. A outra ideia dele é que ‘ser de esquerda’ é experimentar um devir minoritário, ou seja, não se filiar a padrões, à maioria e, em especial, resistir ao padrão homem, adulto, macho, cidadão”, esclarece.
Laércio Pilz é graduado em Filosofia pela Faculdade de Filosofia Nossa Senhora da Imaculada Conceição – Fafimc, em Viamão, especialista em Educação pela Federação de Estabelecimento de Ensino Superior, em Novo Hamburgo, mestre e doutor em Educação pela Unisinos com a tese A afirmação de uma pedagogia da afirmação: Desconstruindo morais racionalistas a partir do encontro com o desejo, a multiplicidade e o devir. Leciona na Unisinos, no departamento de Ciências Humanas, e atua como professor autor de diversas disciplinas nos cursos EAD da instituição. É autor de Antropologia filosófica e ética (São Leopoldo: Unisinos, 2010) e Ética e negócios (São Leopoldo: Unisinos, 2012).
Confira a entrevista.
IHU On-Line – Do que vai se tratar a apresentação do senhor no IHU ideias? Quais os temas e autores centrais que serão debatidos?
Laércio durante evento no IHU
Foto: João Vitor Santos / IHU
Laércio Pilz - Como o próprio título da fala indica — Diferença, multiplicidade e complexidade: encontros e experimentações como potência —, a proposta é trazer para o diálogo conceitos como os de diferença, multiplicidade e complexidade e como estes dão margem à experimentação e alimentam a potência do pensamento e da existência humana. A proposta da apresentação é trazer de volta alguns elementos que trabalhei em minha tese de doutorado, Pedagogia da Experimentação, que teve como principal autor lido e pesquisado Gilles Deleuze, [1] mas onde também busquei compor alianças com outros autores, entre os quais destaco Félix Guattari, [2] Nietzsche, [3] Foucault, [4] Michel Serres, [5] Pierre Lévy [6] e Edgar Morin. [7]
IHU On-Line – Qual o grande legado do pensamento de Deleuze?
Laércio Pilz - Primeiro quero destacar aqui um comentário feito por Deleuze em Diálogos (Gilles Deleuze e Claire Parnet. São Paulo: Escuta, 1998) sobre sua época de estudante de Filosofia: ‘Era história demais quando chegávamos lá, método demais, imitação, comentário e interpretação, a não ser por Sartre (...) Felizmente, havia Sartre. Sartre era nosso Fora, era realmente a corrente de ar fresco (...) E Sartre nunca deixou de ser isso, não um modelo, um método ou um exemplo, mas um pouco de ar puro, uma corrente de ar (...); um intelectual que mudava singularmente a situação do intelectual (...)’.
Penso que o grande legado de Deleuze é ter avançado no que diz respeito a uma poética do pensamento, ou seja, um pensamento que não buscava uma definição, a verdade ou até um modelo de esclarecimento, mas um pensamento livre, experimentando criativamente sua relação com os devires do corpo, dos afetos, das relações com o de fora e com o de dentro. Conceitos como o de rizoma e o de ritornelo dão pulsão a uma geografia esquizo, a um pensar que não está enquadrado e nem precisa de ajustes e explicações, mas que busca experimentar linhas de fuga, que foge de um Eu e de um Nós pesado e instituído. Pensar entre as coisas, para além dos registros postos.
Experimentações
Fui professor de História durante um bom tempo em escolas de educação básica e ensino médio e quando li Deleuze eu percebi que, mesmo não tendo ainda visitado e roubado vários de seus conceitos, já estava tentando experimentar, com os estudantes, outras maneiras de encontro com os fatos e os personagens. Perguntávamos sobre como podíamos nos transportar para aquele tempo, como seria possível recompor a história, como em nosso tempo e contexto poderíamos experimentar outras histórias. Num primeiro momento, ainda filhos da representação, compúnhamos mundos ideais, porém aos poucos fomos percebendo que estes modelos nos reduzem e capturam e, diante desse sentimento, inventávamos, eu e os estudantes, outras histórias singulares, locais, não mais reduzidas a cópias de modelos superiores. Essa memória mais leve e criativa, que Deleuze vai experimentar em seus encontros com Espinosa, [8] Nietzsche e Bergson, [9] entre outros, penso que é o grande legado não só dele, mas de um bando de filósofos que fogem do mundo da representação e das cópias. Afinal, me pergunto sempre: o que de fato criamos em nossos encontros com os estudantes na própria universidade?
“Penso que o grande legado de Deleuze é ter avançado no que diz respeito a uma poética do pensamento” |
IHU On-Line – O que são, para Deleuze, os conceitos de “Diferença” e “Multiplicidade”?
Laércio Pilz - Não me sinto muito à vontade para responder a este estilo de pergunta. Talvez me sentisse melhor respondendo a uma questão do tipo ‘os conceitos de Diferença e de Multiplicidade, apresentados por Deleuze’, despertam que sintomas em teu pensamento? Em primeiro lugar, me lembraria da densidade com que o conceito de Diferença é trabalhado por ele em sua Tese Diferença e Repetição. O que se repete sempre é a diferença, ao menos na potência do eterno retorno da singularidade vivida em cada momento. Amor fati, que ele ‘recupera’ de Nietzsche. A Diferença não como o que difere de outro ou de outra coisa, como se estivéssemos compondo um quadro comparativo, mas a diferença como um substantivo que dá vida ao tempo e ao movimento, através da experimentação criativa e viva dos conceitos (e me arriscaria a afirmar, dos afetos para com o acaso do que nos acontece).
De uma forma simples, podemos dizer que uma sensibilidade aberta pode experimentar a eterna novidade na relação com o belo que emerge da natureza ou até da cultura, como um corpo selvagem e intensivo — este sim, se afeta com as coisas que aparecem. Porém, se tomarmos a nós como seres de cultura, com capacidade de desenvolver outras linguagens e dar carga explosiva ao pensamento através do universo das palavras, dos sons, dos gestos, etc., podemos propor que um ‘atacado’ de leituras e de saberes pode nos potencializar para a dinâmica da criação das diferenças, porém, sempre a partir de uma relação aberta e dinâmica com o mundo da vida.
Multiplicidade
Aqui estabeleço um paralelo com o conceito de Multiplicidade, ou seja, o que se diz do múltiplo não é tanto que ele apresenta ou representa diversas formas, mas que ele está em devir, em processo permanente de criação e de relação com os outros, entre o de dentro e o de fora, compondo um encontro criativo com o tempo. Os devires é que dão corpo à multiplicidade, permitem que nos façamos desde sempre outros, a partir da radical extensão para outras possibilidades/maneiras de experimentar conceitos e afetos.
IHU On-Line – Qual a potência do pensamento de Deleuze para enfrentarmos os desafios contemporâneos?
Laércio Pilz - Desafios contemporâneos (hummm). O que nos acontece agora é contemporâneo, mas temo dividir demais o tempo em um passado que foi de um jeito e o presente que é de outro jeito. É representar demais o tempo. Além disso, o universo de questões contemporâneas é amplo demais para compor uma resposta única aos ditos desafios contemporâneos. Porém, podemos falar a partir de certos contextos, certas realidades que emergem nessa época, como a linguagem em rede e um mundo global, não nos furtando, ao mesmo tempo, em perguntar sobre o que os povos indígenas (ou outras tradições...), por exemplo, tem a ensinar às populações urbanas e conectadas.
Diferença e Multiplicidade
Mas vejamos: é possível propor que a linguagem em rede, aberta e criativa (livre!), deve partir da capacidade das pessoas em experimentar a diferença e a multiplicidade (já que foram os conceitos dos quais falamos há pouco). Porém, essa experimentação não depende só da ‘boa vontade’, mas de uma mudança radical no modo de pensar a si mesmo e sobre a relação com os outros e, em especial, com o pensamento. Num mundo global, da dita multiplicidade cultural, se não houver uma revolução de pensamento, ou seja, uma generosidade que se abra para os outros, como coloca muito bem Edgar Morin, não saberemos compor partilhas e aprendizagens. Isto em qualquer área de formação ou atuação.
Relações abertas
Pessoalmente, a proposta de Deleuze me aparece muito como um desafio à boa vida, a viver relações abertas e construtivas não só com os conceitos, mas com a gente mesmo e com as outras pessoas. Penso que algo que aproxima ele tanto de Félix Guattari, quando vão produzir juntos, é o desejo em desfazer certa representação ‘papai-mamãe’, ou seja, juízos que determinam registros e acabam limitando e empobrecendo as relações. Talvez em âmbito global seja querer demais buscar este desarmamento, porém acredito muito que, se experimentarmos esta relação criativa, mundos mais belos hão de vir.
“O que Deleuze coloca é que ‘ser de esquerda’ é ter como visão o horizonte mundo e não a sua casa e a obsessão por não perder seus privilégios para outros” |
IHU On-Line – A esquizofrenia ainda é o melhor caminho para fugir dos processos do capitalismo?
Laércio Pilz - O termo esquizo me aparece como aquilo que busca experimentar o que foge da regra, que resiste à representação e aos modelos padrão de comportamento (ao ajuste...). É lógico que o Capitalismo produz as suas amarras e capturas. E de forma muito sutil. Porém, como não acredito que um sistema consiga ser totalmente puro, ou seja, não consiga controlar tudo, proponho que ‘por dentro do capitalismo’ podemos compor resistências e linhas de fuga. Essas linhas de fuga podem ser denominadas de movimentos esquizo? Pode ser, mas não seria, na minha concepção, um movimento absoluto — até porque o próprio Deleuze diria que isso é delirante... O nosso ‘lado esquizo’ seria aquele que não se entrega ao modelo, que resiste. Porém, pessoalmente, penso que as resistências não se compõem fora da cultura e do contexto. Insisto, não significa isto que elas se submetam ao contexto, porém, seriam maneiras de fazer água no que está aí. Afetos generosos, que não estabelecem a lógica do abuso ou do parasitismo podem ser linhas de resistência, assim como, economicamente, algumas formas de negociação que não se reduzem à lógica do lucro insano.
IHU On-Line – Como Deleuze, que não acreditava em governo de esquerda, pode contribuir para pensarmos a crise de esquerda que vivemos no Brasil?
Laércio Pilz - Deleuze afirmava que a ideia de esquerda não fecha com a lógica de ‘Governo’, pois este está instituído predominantemente por relações de controle. Poderíamos até estender essa discussão, ou seja, se seria possível falar em esquerda dentro da lógica de Estado e de governo (...).
O que Deleuze coloca é que ‘ser de esquerda’ é ter como visão o horizonte mundo e não a sua casa e a obsessão por não perder seus privilégios para outros. Ele afirma que é uma questão de percepção a gente não se conformar com a fome e com a miséria. A outra ideia dele é que ‘ser de esquerda’ é experimentar um devir minoritário, ou seja, não se filiar a padrões, à maioria e, em especial, resistir ao padrão homem, adulto, macho, cidadão.
Esquerda no Brasil
Tenho minhas dúvidas sobre que esquerda no Brasil pensa por devires minoritários, mesmo que muitos defendam as ‘minorias’. Assim como também colocaria em questão se os políticos, em geral, têm percepção sobre o horizonte das questões e não estão presos a interesses imediatos.
Outra política
Pessoalmente, proponho que precisamos de outra maneira de fazer política para que possamos falar de resistências. Um estado mais propositivo! Será que a lógica de Estado cabe nisso? Podemos pensar em um estado mais ético e que consiga compor alianças com a sociedade? Acredito que ultrapassar a crise política passa também pelo enfrentamento dessas questões, apesar de eu não ser nenhum estudioso de ciência política.
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“A outra ideia dele é que ‘ser de esquerda’ é experimentar um devir minoritário, ou seja, não se filiar a padrões” |
IHU On-Line – Deseja acrescentar algo?
Laércio Pilz - Deleuze era um ‘filósofo da vida’, ou seja, ler suas obras fez um ‘bem danado’ às maneiras como continuei a compor minhas relações. Talvez um dos grandes desafios contemporâneos seja aliviar o peso com que muitos ‘carregam suas vidas’. O próprio estar na Universidade, participar das atividades e realizar um TCC, não pode ser um ritual tão prosaico e cansativo. Isso não significa ignorar a excelência acadêmica e a consistência de nossos fazeres, porém, como podemos compor qualidade com um pouco mais de toque poético? Essa é uma chamada muito interessante que faz Edgar Morin: como podemos realizar uma contraofensiva poética num mundo de atividades tão prosaicas? Pessoalmente, as leituras de Deleuze me auxiliaram nisso. Se pudesse sugerir a quem nunca leu uma obra de Deleuze para começar a pensar coisas a partir dele, sugiro a obra Diálogos (São Paulo: Escuta, 1998), que me parece ser uma boa ‘introdução ao seu pensamento’.
Por Ricardo Machado
*Entrevista publicada originalmente na Revista IHU On-Line, Nº. 474, de 05-10-2015.
Notas:
[1] Gilles Deleuze (1925-1995): filósofo francês. Assim como Foucault, foi um dos estudiosos de Kant, mas tem em Bérgson, Nietzsche e Espinosa, poderosas interseções. Professor da Universidade de Paris VIII, Vincennes, Deleuze atualizou ideias como as de devir, acontecimentos, singularidades, conceitos que nos impelem a transformar a nós mesmos, incitando-nos a produzir espaços de criação e de produção de acontecimentos-outros. (Nota da IHU On-Line)
[2] Pierre-Félix Guattari (1930-1992): filósofo e militante revolucionário francês. Colaborou durante muitos anos com Gilles Deleuze, escrevendo com este, entre outros, os livros Anti-Édipo, Capitalismo e Esquizofrenia e O que é Filosofia?. Félix Guattari, dotado de um estilo literário incomparável, é, de longe, um dos maiores inventores conceituais do final do século XX. Esquizoanálise, transversalidade, ecosofia, caosmose, entre outros, são alguns dos conceitos criados e desenvolvidos pelo autor. (Nota da IHU On-Line)
[3] Friedrich Nietzsche (1844-1900): filósofo alemão, conhecido por seus conceitos além-do-homem, transvaloração dos valores, niilismo, vontade de poder e eterno retorno. Entre suas obras figuram como as mais importantes Assim falou Zaratustra (9. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998), O anticristo (Lisboa: Guimarães, 1916) e A genealogia da moral (5. ed. São Paulo: Centauro, 2004). Escreveu até 1888, quando foi acometido por um colapso nervoso que nunca o abandonou até o dia de sua morte. A Nietzsche foi dedicado o tema de capa da edição número 127 da IHU On-Line, de 13-12-2004, intitulado Nietzsche: filósofo do martelo e do crepúsculo, disponível para download em http://bit.ly/Hl7xwP. A edição 15 dos Cadernos IHU em formação é intitulada O pensamento de Friedrich Nietzsche, e pode ser acessada em http://bit.ly/HdcqOB. Confira, também, a entrevista concedida por Ernildo Stein à edição 328 da revista IHU On-Line, de 10-05-2010, disponível em http://bit.ly/162F4rH, intitulada O biologismo radical de Nietzsche não pode ser minimizado, na qual discute ideias de sua conferência A crítica de Heidegger ao biologismo de Nietzsche e a questão da biopolítica, parte integrante do Ciclo de Estudos Filosofias da diferença — Pré-evento do XI Simpósio Internacional IHU: O (des)governo biopolítico da vida humana. Na edição 330 da Revista IHU On-Line, de 24-05-2010, leia a entrevista Nietzsche, o pensamento trágico e a afirmação da totalidade da existência, concedida pelo Prof. Dr. Oswaldo Giacoia e disponível para download em http://bit.ly/nqUxGO. Na edição 388, de 09-04-2012, leia a entrevista O amor fati como resposta à tirania do sentido, com Danilo Bilate, disponível em http://bit.ly/HzaJpJ. (Nota da IHU On-Line)
[4] Michel Foucault (1926-1984): filósofo francês. Suas obras, desde a História da Loucura até a História da sexualidade (a qual não pôde completar devido a sua morte) situam-se dentro de uma filosofia do conhecimento. Foucault trata principalmente do tema do poder, rompendo com as concepções clássicas do termo. Em várias edições, a IHU On-Line dedicou matéria de capa a Foucault: edição 119, de 18-10-2004, disponível em http://bit.ly/ihuon119; edição 203, de 06-11-2006, disponível em http://bit.ly/ihuon203; edição 364, de 06-06-2011, intitulada 'História da loucura' e o discurso racional em debate, disponível em http://bit.ly/ihuon364; edição 343, O (des)governo biopolítico da vida humana, de 13-09-2010, disponível em http://bit.ly/ihuon343, e edição 344, Biopolitica, estado de exceção e vida nua. Um debate, disponível em http://bit.ly/ihuon344. Confira ainda a edição nº 13 dos Cadernos IHU em Formação, disponível em http://bit.ly/ihuem13, Michel Foucault. (Nota da IHU On-Line)
[5] Michel Serres (1930): filósofo francês. Escreveu entre outras obras "O terceiro instruído" e "O contrato natural". Atuou como professor visitante na USP. Desde 1990 ele ocupa a poltrona 18 da Academia francesa. (Nota da IHU On-Line)
[6] Pierre Lévy: filósofo da informação que estuda as interações entre a Internet e a sociedade. Mestre em História da Ciência e doutor em Sociologia e Ciência da Informação e Comunicação, pela Universidade de Sorbonne, França, Lévy é titular da cadeira de pesquisa em inteligencia coletiva na Universidade de Ottawa, Canadá. Entre outras obras, escreveu A ideografia dinâmica:rumo a uma imaginação artificial?. São Paulo: Loyola, 1998. e O que é o virtual? São Paulo: Editora 34, 1996. (Nota da IHU On-Line)
[7] Edgar Morin (1921): sociólogo francês, autor da célebre obra O Método. Os seis livros da série foram tema do Ciclo de Estudos sobre “O Método”, promovido pelo IHU em parceria com a Livraria Cultura de Porto Alegre em 2004. Embora seja estudioso da complexidade crescente do conhecimento científico e suas interações com as questões humanas, sociais e políticas, se recusa a ser enquadrado na sociologia e prefere abarcar um campo de conhecimentos mais vasto: filosofia, economia, política, ecologia e até biologia, pois, para ele, não há pensamento que corresponda à nova era planetária. Além de O Método, é autor de, entre outros, A religação dos saberes. O desafio do século XXI (Bertrand do Brasil, 2001). Confira a edição especial sobre esse pensador, intitulada Edgar Morin e o pensamento complexo, de 10-09-2012, disponível em http://bit.ly/ihuon402. (Nota da IHU On-Line)
[8] Baruch Spinoza (ou Espinosa, 1632–1677): filósofo holandês. Sua filosofia é considerada uma resposta ao dualismo da filosofia de Descartes. Foi considerado um dos grandes racionalistas do século XVII dentro da Filosofia Moderna e o fundador do criticismo bíblico moderno. Confira a edição 397 da IHU On-Line, de 06-08-2012, intitulada Baruch Spinoza. Um convite à alegria do pensamento, disponível em http://bit.ly/ihuon397. (Nota da IHU On-Line)
[9] Henri Bergson (1859-1941): filósofo e escritor francês. Conhecido principalmente por Matière et mémoire e L'Évolution créatrice, sua obra é de grande atualidade e tem sido estudada em diferentes disciplinas, como cinema, literatura, neuropsicologia. Sobre esse autor, confira a edição 237 da IHU On-Line, de 24-09-2007, A evolução criadora, de Henri Bergson. Sua atualidade cem anos depois, disponível para downoload em http://bit.ly/109AdXn. (Nota da IHU On-Line)
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Viver para além dos padrões. Entrevista especial com Laércio Pilz - Instituto Humanitas Unisinos - IHU