Novo astrônomo do Papa: fé e ciência podem coexistir

Foto: Unsplash

Mais Lidos

  • Celular esquecido, votos mal contados. O que aconteceu no Conclave. Artigo de Mario Trifunovic

    LER MAIS
  • O ato de cuidado e proteção a padre Júlio Lancellotti. Carta de Toninho Kalunga

    LER MAIS
  • ‘Não basta reeleger Lula, tem que estimular luta de massas’: Stedile aponta desafios para 2026

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

21 Agosto 2025

Recentemente, ele foi nomeado pelo Papa Leão XIV como o novo diretor do Observatório Vaticano – o religioso e astrônomo Richard D'Souza. Agora, ele explica por que a coexistência entre fé e ciência encontra ressonância na astronomia.

A informação é publicada por katolish.de, 20-08-2025.

Para o novo diretor do Observatório Vaticano, um dos objetivos mais fundamentais é a promoção do diálogo entre Igreja e ciência. “Por meio de nossa pesquisa astronômica consistente, mostramos que fé e ciência podem coexistir. Essa mensagem encontra grande ressonância na astronomia”, explicou recentemente Richard D'Souza em entrevista à agência de notícias Imedia. O astrônomo e religioso indiano, nascido em 1978, foi nomeado há pouco tempo pelo Papa Leão XIV como sucessor do jesuíta norte-americano Guy Consolmagno. Seu foco de pesquisa está na origem e no desenvolvimento das galáxias.

As pessoas são fascinadas pelo céu por um profundo sentimento de anseio diante dos mistérios do cosmos. “Vivemos isso quando olhamos para o céu noturno. Seja uma criança no Saara, um adolescente na Índia ou um professor em Harvard – todos se maravilham com a imagem de uma galáxia próxima ou de uma nebulosa espetacular”, afirmou o religioso. Esse sentimento desperta no ser humano “uma sede de transcendência, um anseio pelo além”.

Chamado ao transcendente

Como comparação, D'Souza cita o afresco de Michelangelo na Capela Sistina, no qual Adão estende sua mão em direção ao divino. “Em cada um de nós existe uma tensão interior, um chamado incessante ao transcendente, a Deus. E o que poderia ser mais transcendente – e ao mesmo tempo físico – do que o cosmos? Por isso, para mim, a astronomia é a mais transcendental de todas as ciências”, disse D'Souza.

O Observatório, hoje localizado no parque da residência de verão papal de Castel Gandolfo, nos Montes Albanos, está entre as instituições mais antigas de seu tipo no mundo. O Papa Gregório XIII (1572–1585) encarregou, em 1582, jesuítas de realizar pesquisas celestes. Oficialmente, o observatório foi fundado em 1891 por Leão XIII (1878–1903). Quanto às suas funções, segundo D'Souza, a pesquisa astronômica é a principal tarefa, mas há também abertura para disciplinas relacionadas. Recentemente, um jesuíta juntou-se à equipe para se dedicar aos aspectos tecnológicos e sociológicos da vida humana no espaço. (mtr)

Leia mais