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De Gaza, os mísseis iranianos contra Israel foram vistos passar, mas essa guerra terminou e parece que a nossa nunca terminará. Artigo de Hasan Abo Qamar

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03 Julho 2025

"Tudo o que queremos é o que qualquer pessoa quer: que este pesadelo termine. Que os aviões de guerra se vão. Que as barracas dos acampamentos voltem a ser lares seguros e quentes. Que a suave brisa costeira leve o cheiro de sangue."

O artigo é de Hassan Abo Qamar, escritor e jornalista palestino residente em Gaza, publicado por El Salto, 02-07-2025.

Eis o artigo. 

Durante mais de 600 dias, vimos o mesmo padrão se repetir: destruição, morte, negociações, cessar-fogo, "avanços" e mais mortes.

Na noite da última terça-feira, Donald Trump anunciou nas redes sociais que Irã e Israel haviam concordado com um cessar-fogo, encerrando o que ele chamou de "guerra de 12 dias". Esta é a segunda guerra este ano que começa e termina sob a presidência de Trump, após o conflito de quatro dias entre Índia e Paquistão. Segue-se outro conflito entre o Líbano e Israel que começou durante o mandato do presidente Joe Biden.

Em Gaza, todos os olhos estavam voltados para o conflito entre Irã e Israel. Mesmo sem conexão à internet, a população encontrou maneiras de acompanhar as notícias: pelo rádio, captando sinais de telefone fracos subindo em telhados altos ou caminhando perto do mar, ou simplesmente ficando acordada a noite toda observando o céu, onde alguns dos mísseis lançados do Irã podiam ser vistos de Gaza. Muitos se perguntavam se Trump, o homem que uma vez prometeu acabar com as "guerras intermináveis", aproveitaria o momento para deter não apenas a guerra contra o Irã, mas também o genocídio em Gaza.

Durante 12 dias, finalmente testemunhamos uma potência real no mundo entrar em guerra contra Israel, o mesmo país que nos tem matado de fome, nos bombardeado e assassinado. Mas isso faz alguma diferença para nós que vivemos em Gaza? Mesmo que Israel fosse bombardeado pelo Irã até o último dia de nossas vidas, nada nos devolveria nossos entes queridos, nossos lares, nossa cidade acolhedora.

Os últimos dois anos de nossas vidas passaram como se fossem décadas. No entanto, em apenas 12 dias, a guerra entre Irã e Israel terminou. Trump declarou que os ataques foram um sucesso total contra uma "ameaça nuclear", mesmo quando os inspetores internacionais (da Agência Internacional de Energia Atômica) discordaram. O assalto ao Irã terminou. O assalto a Gaza, a minúscula faixa costeira sem exército nem força aérea, não.

Trump não mudou nossa situação. Nenhum alívio. Apenas escalada. Em apenas seis meses, ele fracassou — ou melhor, nem tentou — em seu esforço para acabar com a guerra em Gaza. Pelo contrário, ele se tornou um de seus principais facilitadores, enviando a Israel todas as armas de que precisa para mantê-la. E ainda assim, oferece declarações de otimismo, afirmando: "Acredito que grandes progressos estão sendo feitos em Gaza". O presidente salienta que seu enviado especial Steve Witkoff lhe disse que um progresso "Gaza está muito perto". Um otimismo semelhante foi expresso há um mês, quando Witkoff falou em ter "ótimos sentimentos" sobre as possibilidades de alcançar um cessar-fogo temporário. Um cessar-fogo que nunca se materializou.

Lembro-me dos primeiros meses da guerra, quando minha irmãzinha perguntava: "Por que as guerras deles terminam tão rápido? Por que Gaza é a exceção?" Essas perguntas ecoam em todas as casas de Gaza. Então, acreditávamos que era questão de tempo, que o direito internacional interviria. Mas por mais de 600 dias, vimos o mesmo padrão se repetir: destruição, morte, depois negociações, cessar-fogo, "avanços" e mais mortes.

As delegações voam para Doha e voltam de mãos vazias. Isso não ocorre porque a paz é impossível. É porque o genocídio em Gaza não impõe custos políticos ou econômicos reais àqueles no poder. Ao contrário do Irã, Gaza não representa uma ameaça estratégica; não pode bloquear rotas comerciais como o Estreito de Ormuz, nem dispõe de meios para infligir danos significativos a Israel. A pressão internacional é fraca, limitando-se principalmente a declarações, mas não impondo sanções, tornando-a fácil de ignorar.

Para os líderes israelenses, a paz em Gaza simplesmente não é lucrativa. De fato, o ataque continuado serve aos interesses políticos, especialmente os do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, que está fazendo todo o possível para evitar eleições antecipadas enquanto enfrenta acusações de corrupção, que ele nega.

Chegamos a compreender a amarga verdade: nossas vidas são condicionadas. Nossos sonhos, nosso futuro, tudo isso não tem valor a menos que sirva aos interesses geopolíticos. Nosso sofrimento é tolerado. Nosso direito à justiça é adiado indefinidamente.

A fome e a desnutrição se generalizaram. A eletricidade está cortada há quase dois anos. Gerações de estudantes perderam o acesso à educação. Os municípios estão colapsados. O sistema de saúde está sobrecarregado. A vida cotidiana se desintegrou. As ruas de Gaza, antes tranquilas, estão agora assombradas pelo medo. Os bombardeios não são mais a única ameaça: à noite, as pessoas enfrentam roubos, assaltos ou até assassinatos. A anarquia cresce. As gangues agem abertamente. Israel não mostra nenhum interesse em restabelecer a ordem. O caos o serve melhor.

Olhe nos olhos das pessoas. Em todos, desde a criança mais nova até o avô mais velho, você verá olhares vazios, olhares ocos. Olhos desprovidos de luz. Esperando. Não necessariamente a morte, mas que algo termine.

Gaza anseia pelo que todo mundo anseia: respirar, viver, a paz. Mas a verdadeira paz não pode ser declarada de pódios enquanto as bombas caem dos aviões. Não pode ser prometida em discursos enquanto as passagens de fronteira permanecem fechadas. Não pode existir sem um cessar-fogo imediato e ininterrupto.

Um cessar-fogo que permita que o céu de Gaza ao entardecer seja pontilhado de pipas de crianças flutuando suavemente sobre os escombros. Por um momento, elas as veriam voar e pensariam: talvez nem tudo lá em cima signifique morte. Talvez, apenas talvez, também haja um anjo.

Tudo o que queremos é o que qualquer pessoa quer: que este pesadelo termine. Que os aviões de guerra se vão. Que as barracas dos acampamentos voltem a ser lares seguros e quentes. Que a suave brisa costeira leve o cheiro de sangue.

E talvez a justiça não esteja na agenda de hoje. Mas continuo acreditando que um dia a veremos.

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