“Gerir o declínio ou reinventar-se?” O teólogo austríaco que apela a uma “virada” eclesiástica

Foto: Katholish.de

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15 Outubro 2024

  • A Igreja deve reinventar-se e não limitar-se a “gerir o declínio”. É o veredito de Paul Zulehner, que vê a Igreja no meio de um “ponto de viragem”: de uma Igreja para sacerdotes para uma Igreja para vocações batismais.

  • Ele refere-se a um estudo que será publicado em breve, "Tempo de mudança Tarefas e oportunidades das reformas estruturais da Igreja".

A reportagem é de José Lorenzo, publicada por Religión Digital, 13-10-2024. 

A Igreja deve reinventar-se ativamente e não limitar-se a “gerir o declínio”. É o veredito do teólogo austríaco Paul Zulehner, que, neste momento da história, vê a Igreja Católica no meio de um “ponto de viragem” de uma Igreja para sacerdotes para uma Igreja para vocações batismais.

O teólogo austríaco (Viena, 84 anos) refere-se a um estudo realizado no primeiro trimestre de 2024 e começado pela Iniciativa Pastores Austríaca, que é o ponto de partida do seu novo livro, a ser publicado em breve, intitulado "Tempo de mudança: tarefas e oportunidades de reformas estruturais da Igreja".

Segundo informações do Kathpress, coletadas por Katholisch, “Zulehner apresentou os primeiros resultados do estudo em congressos em Viena e Salzburgo. Segundo o teólogo, na ‘Igreja sacerdotal’ a paróquia é pensada em termos do sacerdote, na ‘Igreja com vocação batismal’, em termos do povo de Deus. Aqueles que representam os primeiros revelam-se muito mais resistentes às reformas estruturais”.

Mas Zulehner, segundo as mesmas fontes, apela a mais honestidade na Igreja: “É melhor admitir que a principal razão para as reformas estruturais é a falta de dinheiro do que esconder a escassez de recursos e apresentar razões religiosas”. Se este não fosse o caso, afirmou o teólogo religioso e sociólogo vienense, “então poderemos lutar mais honestamente sobre quem decide e que prioridades influenciam as decisões”.

Por esta razão, Zulehner destacou que a Igreja não deve “gerir a queda”, mas “gerir a transição” e afirmou que “muitos membros da Igreja apelam a um compromisso 'político' decisivo com a paz, a justiça e a preservação da criação e “eles se opõem à 'preocupação trágica da Igreja consigo mesma'”.

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