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É Tudo Verdade: Antonio Candido – Anotações Finais. Artigo de Paulo Lima

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28 Setembro 2024

"Apesar de dizer-se um passadista, a ponto de considerar que podia ter nascido no século XIX, Antonio Candido mostra em suas anotações uma verve indignada de alguém totalmente imerso no tempo presente, mesmo sabendo que se despedia da vida. No balanço final, se reconhece pacificado, privilegiado sobretudo por sua condição de classe", escreve Paulo Lima em artigo reproduzido por Faustino Teixeira em sua página no Facebook, 08-04-2024.

Eis o artigo.

Como sociólogo e crítico literário, Antonio Candido pertence à estirpe dos grandes intérpretes do Brasil ao lado de nomes como Sérgio Buarque de Holanda, Raymundo Faoro, Florestan Fernandes, Caio Prado Júnior e Celso Furtado. A vida extensa – Candido morreu em 2017, perto de completar 100 anos – e intelectualmente intensa ganha agora um documentário com estreia no Festival É Tudo Verdade 2024.

Antonio Candido – Anotações Finais tem como base as notas que o próprio Candido tomou entre o período de 2015 e 2017, correspondendo portanto aos seus anos finais de vida, mantendo um hábito que vinha da infância. É uma espécie de testamento de sua visão de mundo marcada por um infatigável humanismo dedicado a pensar as razões dos nossos fracassos como nação. As anotações mesclam revelações de sua intimidade com reflexões sobre os rumos que o país estava tomando naquele momento, coincidindo com o outono do homem e intelectual.

Com um recurso machadiano, o documentário dirigido por seu genro Eduardo Escorel abre com uma fala póstuma do personagem, à moda de Brás Cubas. A partir daí, entram em cena as anotações de Antonio Candido, dispostas na forma de um quase diário, narradas pelo ator Matheus Nachtergaele. Os tópicos selecionados constituem a estrutura do longa-metragem. Nelas revela-se o amplo espectro de assuntos que percorriam as preocupações do crítico, englobando a decrepitude crescente do corpo e a consciência aguda do difícil processo pelo qual o Brasil passava com o impeachment de Dilma Roussef.

A caligrafia ainda firme denota igualmente firmeza de convicção no humanismo calcado nos ideais socialistas devotados à criação de um país mais igualitário. O clima de nostalgia não embotava a lucidez com que ele encarava o circo de horrores que se avizinhava na política e no perigoso viver. A melancolia não o impedia de manter-se antenado com o mundo ao redor. Cada notícia que o assaltava representava uma oportunidade para refletir sobre a natureza da nossa formação histórica e sobre os mistérios da vida, amparado por suas vastas referências culturais, fossem clássicas ou contemporâneas, muitas vezes expressas em suas línguas originais, como o francês, o alemão e o italiano.

O passado familiar se torna uma presença constante. A proximidade da morte, da qual dizia não ter medo, é uma realidade incontornável. “Ao acordar me veio a ideia que talvez eu já tenha ultrapassado a hora certa de morrer.” Sente-se extemporâneo diante das notícias medonhas que captura diariamente da imprensa, comparando-se com suas posições de ativismo político no passado como um dos membros históricos do PT. Tem então a impressão de “vir do outro mundo”.

Sua escrita é volumosa e se equilibra entre o analítico, o lírico e o poético. A memória da esposa Gilda de Mello e Souza, com quem foi casado por quase 60 anos, se destaca e refulge como um poema de amor: “Ter casado com ela foi com certeza o fato mais importante de toda a minha vida. Tudo o mais é secundário, por essencial que possa ter sido.”

Apesar de dizer-se um passadista, a ponto de considerar que podia ter nascido no século XIX, Antonio Candido mostra em suas anotações uma verve indignada de alguém totalmente imerso no tempo presente, mesmo sabendo que se despedia da vida. No balanço final, se reconhece pacificado, privilegiado sobretudo por sua condição de classe. “Recebi mais do que dei.”

Antonio Candido – Anotações Finais mostra o retrato de um homem profundamente lúcido em sua cerimônia do adeus, mesmo quando o corpo já lhe impunha a velhice. Uma das anotações diz: “Uma das coisas boas da vida é reduzir a vida a palavras. Elas podem ser uma espécie de sobrevida.” É esta sobrevida posta nas belas palavras de Antonio Candido que temos agora a oportunidade de conhecer.

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