17 Setembro 2024
Na Nigéria, estado de Borno foi duramente atingido, com a água cortando o acesso a hospitais e mercados e destruindo pontes na cidade de Maiduguri.
A reportagem é publicada por ClimaInfo, 17-09-2024.
Inundações causadas por chuvas intensas devastaram cidades e vilarejos em toda a África Ocidental e Central nos últimos dias, deixando mais de 1.000 mortos e centenas de milhares de casas destruídas. Até 4 milhões de pessoas foram afetadas pelas enchentes, e quase 1 milhão foram forçadas a abandonar suas casas, de acordo com agências humanitárias.
O número exato de mortes é difícil de contabilizar, dada a escala do desastre, e os números oficialmente reportados não estão atualizados, explica o New York Times. Na Nigéria, as autoridades disseram que pelo menos 200 pessoas morreram, mas isso foi antes das inundações atingirem a cidade de Maiduguri, no estado de Borno, o que acrescentou pelo menos 30 mortes a esse total. No Níger, mais de 265 mortes foram relatadas. No Chade, 487 pessoas perderam a vida até semana passada. E no Mali, que enfrenta suas piores inundações desde a década de 1960, 55 pessoas morreram. E mais chuvas são esperadas para esta semana, lembra a Bloomberg.
Em Camarões, chuvas intensas e incessantes atingiram Mayo Danay, no extremo norte do país, com a cidade de Yagoua sofrendo o maior impacto do temporal sem precedentes. Os danos são extensos, informa a Africa News, com relatos indicando pelo menos 10 mortes, bairros inteiros submersos, 185 escolas primárias e 13 escolas secundárias inundadas, além da perda de mais de 1.100 animais de criação.
O colapso da Barragem de Alau, no norte da Nigéria, intensificou as enchentes em andamento na África Ocidental e Central. A barragem, localizada a 20 km de Maiduguri, se rompeu após semanas de chuvas intensas, destaca a Africa News. Com as inundações, cerca de 300 prisioneiros fugiram de um presídio na cidade, relatam BBC, CNN e Reuters. E os habitantes do estado de Borno, o mais atingido pelas enchentes, têm dificuldade de obter assistência médica, informa a Reuters.
Chuvas extremas também provocaram mortes e destruição na Europa Central e do Leste, informam BBC, Bloomberg, Guardian, AP, Reuters, DW e Al Jazeera. A tempestade Boris provocou enchentes que causaram pelo menos seis mortes na Romênia, além de uma morte na Áustria e outra na Polônia, detalha a DW. Autoridades na República Tcheca disseram que 4 pessoas estão desaparecidas. Milhares de pessoas foram forçadas a fugir com a elevação dos níveis de água, que destruíram casas e propriedades.
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Clima extremo: tempestades matam mais de 1.000 no oeste e no centro da África - Instituto Humanitas Unisinos - IHU